COMÉRCIO - A LOJA «ANA GRALHEIRO»
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Esta loja, sita no edifício do Mercado Municipal, mantém o aspecto tradicional, seja nos artigos que vende, seja na sua disposição em prateleiras e escaparates.
CASTRO DAIRE - COMÉRCIO TRADICIONAL - 2
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Mas seria injusto esquecer mais três lojas do género que, vindo do antigamente, mantêm porta aberta, funcionando segundo os moldes tradicionais, ainda que uma delas tenha aderido aos produtos, «miudezas» e quinquilharias dos tempos que correm.
CASTRO DAIRE - COMÉRCIO TRADICIONAL
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Arreigado ao princípio de que «todo o povo sem memória é um povo sem história» de há uns anos a esta parte que dou por mim a recolher e a preservar livros e jornais antigos, esfarrapados, ratados, manuscritos legíveis e ilegíveis, fotos debotadas, artefactos ferrugentos e manetas que no passado eram escorreitos e sãos, cheios de vida e que vida da comunidade concelhia não dispensava. Atavismo meu que parece não tingir a sensibilidade dos responsáveis pelo nosso Museu Municipal, ao ponto do Prof. Hermano Saraiva dizer o que disse no seu programa televisivo sobre Castro Daire: «pobre, muito pobre»!
» História
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CASTRO DAIRE - COMÉRCIO TRADICIONAL NA VILA - 1
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Refiro-me às lojas comerciais sitas na vila de Castro Daire que vêm de tempos idos e cujos comerciantes, autênticos heróis que, neste tempo de globalização, resistem à lógica comercial das «grandes superfícies», continuam a manter com os seus clientes uma relação de afecto e de atendimento personalizado.
JOGO ETERNO
Tenho filmado e divulgado no mundo, mais do que uma vez, através do You Tube, o meu gado alado, neste meu trato camponês e rude. Sãos os melros e os pardais que, livres da minha fisga, no meu quintal, no meu telhado e beirais da casa, se acoita e se abriga. Mas esse gado alado, tão paciente e poeticamente cantado, ingrato tem sido para comigo, pois, fazendo poleiro dos peitoris das janelas e portadas resolveram deixá-las pintadas com pintura de que não gosto. E pensei: “não me passais a perna”. Pode ser pintura moderna, digna de exigente galeria urbana, exposta noite e dia, em Belém, mas não é qualquer pássarão sacana que, por bem, faz tela do peitoril da minha janela e das grades do meu portão. Ai pois não! E se tal bicharada não se pisga, se continua assim, outro remédio não resta a mim, senão ativar novamente a fisga.
A VIDA
Recentemente fiz eco, em vídeo alojado no Youtube e Facebook, da visita inesperada de um gafanhoto que se passeava sobre um dicionário e outros suportes de saber pousados num móvel doméstico.
Peguei na câmara de filmar (repórter é assim mesmo) e pus a mão a jeito, por forma a que ele, nestas suas deambulações domésticas, subisse para os meus dedos. E assim aconteceu. Mas, dispondo-se ele a mordiscar um deles, sacudi instintivamente a mão e ele perdeu-se, invisível, num qualquer canto do compartimento. E em vão foram as diligências que seguidamente fiz para encontrá-lo. Desisti.
O ÚLTIMO MOICANO
No dia 16 de junho p.p., a propósito da última viatura histórica que restou da frota que foi da EMPRESA GUEDES, de Castro Daire, escrevi uma extensa crónica que publiquei no meu site “Trilhos Serranos”,e, bem assim, um elucidativo vídeo alojado no Youtuve, a que dei o título “O ÚLTIMO DOS MOICANOS”. Eis um excerto:
RISCOS COM AFECTOS
Quando fui para Moçambique, em 1960, viajei no paquete “Pátria” e tive o cuidado de comprar um postal com a imagem do navio que remeti para os meus pais logo que cheguei à cidade de Lourenço Marques, naquela costa do Índico, lá do outro lado do mundo.
A SERRA, EU E OS OUTROS
Ali, ao lado da nova estrada que liga Mós a Faifa (e vice-versa), com traçado próximo do antigo “caminho carreteiro” que vemos nas cartas militares, não menos antigas, encontrei, no ano de 2017, um CRUZEIRO granítico assinalado nessas cartas, tão curioso quão enigmático, pelos símbolos que lhe dão corpo. Um cruzeiro seguramente singular.
VIDA MADRASTA
Folhear o "LIVRO DE REGISTO DOS PRESOS QUE DERAM ENTRADA NA CADEIA CIVIL DE CASTRO DAIRE" que engloba os anos de 1929 a 1937, é ler uma narrativa sociológica manuscrita, cujos protagonistas (à falta de fotografia) deixam o RETRATO completamente descrito no "BOLETIM ANTROPOMÉTRICO" (nome dado a cada folha do livro) acompanhado da característica mancha das impressões digitais.
XV ENCONTRO DE VESPAS
Da mochila que carrego aos ombros, recheada da bagagem que fui adquirindo ao longo de OITENTA ANOS, retiro hoje alguns artefactos para início desta crónica. O primeiro remonta ao ano de 1965. Viajei de Milange para Quelimane, em terras de Moçambique, num camião de longo curso, guiado por um amigo que conheci na tropa, quando ambos tirámos a carta de condutor-auto, na Figueira da Foz, na qualidade de soldados rasos que éramos no R.I. 14 em Viseu.
Foram 300 quilómetros de martírio esporádico para mim. Mas de vida quotidiana para ele. Sim. Ele ganhava a vida ao volante desse “monstro” a transportar para as grandes e médias cidades os produtos agrícolas granjeados fora delas em terras distantes.
O FACEBOOK É UMA LIÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
Como que antecipando-me ao dia atribuído à LÍNGUA PORTUGUESA (hoje mesmo) no dia 25, pelas 13h00, publiquei no meu site "trilhos serranos.pt", com porta aberta aqui, no Facebook os topónimos QUIJO (CUJÓ) e CRASTO (CASTRO) dizendo que era assim que o POVO pronunciava na minha juventude e também assim escrevia, algumas vezes, em documentos, como demonstrei.
TRANSUMÂNCIA
Esta coisa de escrever e fazer vídeos sobre “TERRA, ANIMAIS E GENTE” não foi maleita que me deu recentemente, só porque, nos tempos que correm, anda por aí muita gente a “BERRAR” em defesa dos quadrúpedes, sejam eles domésticos ou selvagens. Pelo andar da carruagem não tarda estarei sentado com um deles à mesa da refeição, sem tugir nem mugir, sob pena de, aos olhos da comunidade, ser considerado um “australopitecos”.
DEVER DO HISTORIADOR
Em 2009, ainda ninguém, velho ou novo, andava por aí a “arrotar postas de pescada” sobre ROTAS TRANSUMANTES, nem os EXECUTIVOS MUNICIPAIS pensavam em meter-se nas aventuras de RECRIAR (com ares folclóricos) uma actividade económica ligada aos rebanhos que, vindos das bandas da serra da ESTRELA, desaguavam na serra do MONTEMURO, com PASSAGEM histórica pela vila de Castro Daire...em 2009, dizia eu, fiz o VÍDEO que alojei no YOUTUBE, cujo link anexo no rodapé deste texto para a devida e exigida reflexão de quem se dedica ao estudo da nossa TERRA.
TRÉNS, CARRETAS E DILIGÊNCIAS
Tendo estado a falar dos TRANSPORTES RODOVIÁRIOS, em Castro Daire e como já falei da EMPRESA GUEDES e da «GARAGE CLEMENTE» que antecedeu aquela na fita do tempo, neste meu andar «ócêtrás», isto é, relatar a história no sentido inverso da ocorrència dos factos que lhe dão corpo, mal andaria se, falando dos transportes MOTORIZADOS, apagasse aqueles que os precederam durante séculos e séculos. Aqueles onde os animais, nomeadamente, bois, vacas, cavalos, machos, mulas e jericos tiveram um papel relevante, enquanto companheiros do homem no trabalho e no entretenimento.
Vou socorrer-me, também aqui, do que já deixei escrito no meu livro «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura», editado em 1995. E aqui se aplica também a letra da canção: “eu vim de longe, de muito longe...e o queceu andei para aqui chegar”.
Eis, pois, o que deixei escrito nesse livro, sem as ilustrações que hoje aqui trago, todas elas registadas poeteriormente. É que, nesse tempo (1995, ontem mesmo) não se manipulava a IMAGEM com a facilidade que fazem hoje as crianças e os adultos através da tecnologia dedilhada, polegares incluídos. Assim:
OS MEUS «TRILHOS SERRANOS»
Foi no longínquo ano de 2004 que subi ao espaço etéreo da INTERNET, ao comando da nave “TRILHOS-SERRANOS”, um site pessoal com o “LAYOUT” e conteúdos que se mantêm disponíveis - espaço histórico - pois, entretanto, por razões a que fui alheio, tive de mudar de nave à qual dei o mesmo nome, só diferenciado na sua extensão terminal..
O DEVER DO HISTORIADOR
Em 1958, com 18 anos de idade, saí de Castro Daire a caminho de Viseu, viajando na EMPRESA GUEDES. Nela viajei várias vezes, ida e volta, mesmo quando, malas feitas, só ida, fui apanhar o comboio a Viseu com destino a Lisboa e dali, metido no “Pátria”, rumei a Moçambique.
O “Pátria” levou da Pátria um castrense solteiro, mas ele à Pátria regressou em 1976, “casado e professor” Professor que desempenhou até se aposentar, conciliando a docência dom a investigação da HISTÓRIA LOCAL. Retornado de Moçambique fui colocado em Castro Verde e, alguns anos depois, retornei a Castro Daire, o meu concelho de origem. Foi no ano letivo de 1983/84.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
A vida não anda a correr muito bem para certos “reinóis de taifas” desta nossa «República, católica, apostólica, romana». Eu comecei a falar deles no meu livro “Julgamento”, editado em 2000. Já decorreram, portanto, DEZANOVE anos. E a atestar isso mesmo, aqui deixo o «fac simile» de uma página integral (p.135) desse meu livro, início do capítulo com o título “SONHO”. Era mesmo um sonho...
BATER EM FERRO FRIO
O povo costuma dizer, referindo-se, certamente, ao viandante e/ou romeiro, que “quem muito andou” já “pouco tem para andar”. É uma expressão de alento e de incentivo à caminhada, uma expressão solidária para com o caminheiro, como que a dar-lhe força e anunciar-lhe que se aproxima o “fim da jornada”. Uma expressão de alento, expressão amiga, de não desistência...e ...em frente marche.
UM CAMINHO - MUSEU A CÉU ABERTO
O senhor ILÍDIO BONIFÁCIO MAGUEIJA interessado em colocar o nome da sua terra natal - RELVA – na barra cronológica da História, resolveu fazer ali um MUSEU ETNOGRÁFICO onde figurassem as peças que, zelosamente e ao longo do tempo, foi recolhendo, ligadas à vida camponesa.
Na altura (decorria o ano de 2015) solicitou a minha colaboração por ter conhecimento das investigações que tenho levado a efeito no concelho de Castro Daire, relacionadas com a HISTÓRIA LOCAL.
10 DE JUNHO DE 2019
Atento às cerimónias, aos discursos e aos comentários jornalisticos relativos a este dia de PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES, aqui deixo o apontamento deste meu dia. Sim. Este dia também é meu. Que mais não seja, este meu apontamento vale ALGUM SABER DE MUITA EXPERIÊNCIA FEITO, nestes OITENTA ANOS DE VIDA. Um desassossego.
CAÇA E PESCA
Figura castiça, com os seus bigodes sem igual, é frequente vê-lo no Café Central, em dias de pesca, artilhado à maneira, da cabeça aos pés. Comunicativo, conhecedor de rios, ribeiros e regatos do concelho, por subi-los e descê-los de cacifo a tiracolo, rolete empunhado com linha enrolada pronta a receber o anzol e o respetivo isco, ele é o PESCADOR que ninguém ignora.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BENEMÉRITO & BENEMÉRITO
Na saga que tenho percorrido nesta página no sentido de denunciar os factos e as atitudes que, em letra redonda, passada e presente, desenham os perfis das pessoas que têm gerido as nossas instituições locais - políticas, culturais e associativas - eis mais um texto que, embora com sabor a requentado, não perdeu oportunidade. Aliás, na BARRA CRONOLÓGICA DA HISTÓRIA nenhum evento perde oportunidade. Pode haver é pessoas que protagonizando alguns deles, com o decorrer do tempo, com eles se não identifiquem. É lá com elas e isso é o menos. Pior é quando, sem vergonha na cara, os negam ou procuram ocultar, por conveniência pessoal (oposto de institucional), usando todos os meios ao seu alcance.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
HISTÓRIA VIVA
Dizem as pessoas de bom senso que “OS HOMENS PASSAM E AS INSTITUIÇÕES FICAM”.
Apesar desta afirmação não ser exclusiva das pessoas cultas e bem informadas, há quem, na busca de protagonismo, pisando toda a folha e de qualquer jeito, usa todos os meios ao seu alcance, para sobressair na multidão (naturalmente, por despeito e/ou incompetência) procurando assim APAGAR o que a HISTÓRIA regista de INCONVENIENTE aos seus propósitos. Foi isso o que se passou com o meu livro “Castro Daire, os Nossos Bombeiros, a Nossa Música”.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - CRONOLOGIA DOS FACTOS E ATITUDES
O imbróglio ligado ao meu livro “Castro Daire, os Nossos Bombeiros, a Nossa Música” criado pelos responsáveis da DIRECÇÃO da Associação com a conivência da AUTARQUIA MUNICIPAL, (ao longo do tempo) quer pelo significado em si, quer pelos montantes financeiros envolvidos, deixou de ser um caso PESSOAL, para se tornar um caso INSTITUCIONAL.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - CRONOLOGIA DOS FACTOS E DAS ATITUDES
Decorria o ANNO DOMINI de 2006, dia 24 de abril, quando eu deixei nas colunas da Imprensa Local/regional, numa das crónicas relativas ao IMBRÓGLIO que envolvia o meu livro “Castro Daire, os Nossos Bombeiros, a Nossa Música”, o texto que transcrevo em itálico e negrito, para melhor e impressiva leitura:
“O «Notícias de Castro Daire» e os seus leitores merecem outro nível, outra elevação de comportamento, de pensamento e de argumento. Aqui ficam, para o presente e para o futuro, registadas a postura e as preocupações de quem está empenhado no progresso do concelho, no desenvolvimento das suas gentes e instituições e daqueles que, pespegados aos parâmetros culturais de que dão fé em tudo quanto fazem, dizem e escrevem, apostam no contrário. A comunidade e os tempos ajuizarão da postura, dos factos, das ideias, da forma, do conteúdo, da palavra e do caracter dos protagonistas de toda esta história. Neste jornal estão a escrever-se páginas de HISTÓRIA que serão a honra ou a vergonha de quem as escreve. Basta, para tanto, que haja HONRA que haja VERGONHA”.
O DESEJADO MILAGRE
Há dias desloquei-me a uma aldeia do concelho, numa daquelas costumeiras pesquisas a tentar descobrir coisas e gentes.
Entrei no povoado e, julgando ter chegado à moradia da pessoa procurada, subi umas escadinhas e vi que a chave estava na porta. Era um bom sinal. A pessoa estava em casa e a minha viagem não seria em vão.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - CARTA ABERTA AOS INTERVENIENTES DOS «PRÓS E CONTRAS»
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«Distante, espacialmente, do epicentro do terramoto «prós e contras» que vem ocupando significativo espaço de «Notícias de Castro Daire» não me posso alhear, humanamente falando, dos atropelos e impropérios a que estão sujeitas pessoas que à causa comum dedicam, desinteressadamente, o seu tempo, labor e saber.
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A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - POR OUTRO «PRÓS E CONTRAS»
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«Como cidadão castrense, defensor de valores sociais e culturais, que constituem a nobreza do nosso concelho, venho seguindo, com atenção, a polémica que, sob este título, se tem instalado nas colunas do nosso jornal.
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MEMÓRIAS MINHAS SOBRE O RIO PAIVA
Rio, ora manso, ora bravio, mas sempre rio, a deslizar entre montanhas desde a nascente à foz, ele irriga terras, gira azenhas, gira mós e leva consigo, noite e dia, até terras estranhas, a vida do lavrador, do moleiro, do lagareiro, do pastor que nasceram, viveram e morreram entre vales e montanhas.
A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - BOA OU MÁ GESTÃO?
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A Direcção da «Associação dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire», eleita para o triénio 2006-2009, decidiu desperdiçar cerca de €40.000,00 (8.000 contos, em moeda antiga) resultantes dos «direitos de autor» que eu lhe tinha cedido, correspondentes ao produto da venda do meu livro «Castro Daire, Os Nossos Bombeiros, A Nossa Música», editado pela Câmara Municipal, no ano de 2005.
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A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - Prós e Contras - 6
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O respeito pela CULTURA, pelo jornal, pelos leitores, por todos os meus discípulos a quem ensinei História e Português; por todos os Mestres que contribuíram para a minha ascensão profissional e de cidadania.
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1 - «A fogueira era o sítio certo para o livro. Quando o Presidente da Direcção fala, este tem sempre o apoio de mais seis ilustres companheiros da Direcção. Mais nada».
(A Direcção, in «NCD», de 10-05-2006)
2 - «(...) Será legítimo queimar livros (...) por motivo das opções políticas pessoais do seuautor, ou seja por que outro motivo for?(...) Deveremos reescrever toda a História da Cultura? A ser assim, quem escaparia, o que nos restaria?»
(M. A. Pina , in «J.N.» de 15-05-2006.
«A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA»
BOMBEIROS - Prós e Contras - 5
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Para que este jornal mantenha alguma dignidade e seja um espaço de informação lúcida e de esclarecimento formativo, não vou descer ao nível da verborreia publicada na última página do número anterior, lamentavelmente assinada pela «Direcção dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire».
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«Reconheça-se que é mais fácil repetir do que criar, concordar do que contrariar, ir no molho do que caminhar sozinho (...) Quem ouse pensar de forma diferente ou se silencia voluntariamente e sufoca ou aceita o açoite em praça pública com os mais vexantes apodos. É certo que não vivemos em ditadura nem há inquisição. Mas as acusações e denúncias que se vão lendo emparelham em crueldade com os mais impiedosos autos-de-fé».Zé de Bragança, «As verdades reveladas» in «NM de 16-04-2006
“A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
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BOMBEIROS - Prós e Contras - 4
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24-11-2006 13:26:08
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Novembro. Dezembro. Janeiro. Fevereiro. Março. Tanto tempo! Por isso, embora desse o caso como encerrado na minha última crónica, mais por consideração aos meus leitores do que aos meus opositores, não posso deixar de esclarecer, em linguagem sã, linear e escorreita, o arrazoado que, em defesa do indefensável, eles trouxeram às colunas deste jornal. Depois, deixo ao público e aos sócios que ajuízem da seriedade (ou falta dela) com que foi tratado um assunto que envolvia cerca de 8.000 contos a favor da Associação dos Bombeiros e que os dirigentes, supostamente defensores dos seus interesses, fizeram o contrário, como é público e notório.
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“A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA”
BOMBEIROS - Prós e Contras - 3
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Enfim! O livro «Castro Daire, Os Nossos Bombeiros, A Nossa Música», editado pela Câmara Municipal e de que me orgulho de ser autor, saído da «Tipografia Castrense» em 08-11-2005, seguidamente publicitado em diversos órgãos de comunicação social escrita e falada v.g. «Rádio Lafões» foi, finalmente, posto à venda.
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OS HOMENS PASSAM, AS INSTITUIÇÕES E A INFORMAÇÃO FICAM
«A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA»
BOMBEIROS - Prós e Contras - 2
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Pela minha última crónica o atento leitor a residir no concelho, no país ou no estrangeiro, afastado do parlamento das «quatro esquinas», ali ao lado do jardim municipal, ficou a saber o juízo crítico e fundamentado que o Dr. Aurélio Loureiro, fez no «prefácio» ao meu mais recente livro, editado pela Câmara Municipal, a quem cabe «colocar no mercado dos exemplares produzidos».
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«A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA»
O amigo Fernando Costa, a quem agradeço as palavras abonatórias sobre a minha minha obra publicada, palavras deixadas num comentário a um “post” meu no Facebook, disse ignorar a POLÉMICA à qual aludi, metendo a conivência dos BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS e do EXECUTIVO MUNICIPAL. Informei-o que tal polémica se tinha desenrolado no jornal “Notícias de Castro Daire”, no ano de 2005 e seguintes. Que tinha subido aos microfones da Rádio Lafões e que permanecia, em parte, nos textos que publiquei no meu velho site “trilhos serranos.com”. Daí me apressar a remetê-lo para aquele meu espaço “histórico”, convidando-o a navegar nele e, por essa via, se inteirar das razões que me levaram a evocar o velho adágio popular.
Ora, porque tenho Fernando Costa como pessoa bem informada, e interveniente nas REDES SOCIAIS cá do burgo, estranhei que ele ignorasse as razões que me levaram a evocar esse adágio, mas de seguida logo me lembrei que ele seria ainda muito jovem ao tempo dos factos, tempo esse em que não havia por cá o Facebook, este nóvel espaço social onde actualmente desaguam todos os rios e ribeiros dos afectos, da informação e do conhecimento.
Mas valeu a pena pergunta. Ela fez-me voltar a esse tempo, a esse meu espaço, e, como não sou dado a “deixar os meus créditos por mãos alheias” decidi carrear para este meu novo espaço os textos então escritos, possibilitando a cada um dos meus amigos facebookianos ajuizar das razões que, falando eu de azenhas e de livros, me foquei no oleado e saboroso adágio, ligado à oliva. Vamos ao primeiro texto “ipsis verbis”, publicado em 2005. O PRIMEIRO desse LIVRO ABERTO E ILUSTRADO que alguns bem gostariam de ver FECHADO, LACRADO...sei lá...QUEIMADO.
«A VERDADE VEM SEMPRE AO DECIMA, COMO O AZEITE»
Por despeito, mediocridade ou incompetência, não falta por aí quem tente amesquinhar o meu trabalho de investigação, senão mesmo desacreditar-me enquanto HISTORIADOR. Houve até uma polémica pública que envolveu e envolve, coniventemente, os BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS e o EXECUTIVO MUNICIPAL., sobre um livro meu.
JÁ DITO
Desta vez, resolvi transladar para este espaço três “textos” que deixei no Facebook, em 2018. Lá colocados separadamente aqui os deixo sequenciados. Reli-os e continuo a rever-me neles.
SABER ESCREVER E CONTAR
27-05-2012 23:16:26
O meu colega, Dr. Arménio da Fonseca Sobral, teve a amabilidade de me oferecer, recentemente, o seu livro «Contos Simples»,apondo nele a gentil dedicatória «para o Abílio, meu colega de muitos anos, com estima e amizade»o que muito me sensibilizou.
EU FALO A SÉRIO
Recentemente, nos meus “TRILHOS SERRANOS”, a propósito da linguagem e atitudes das nossas gentes, quando tratei do trabalho do “CANTÉS”, esse profissional que, de aldeia em aldeia, cosia “louça, guarda-sois e penicos, zic-zac” escrevi o seguinte texto:
In “PICADAS DE TETE” em 13-04-2015
Que me lembre, todos os anos uma CANHONEIRA movida por uma máquina a vapor, força motriz transmitida à rodas munidas de palas a servir de hélices, metade dessas rodas mergulhada na água e outra metade fora dela (numas embarcações, colocadas lateralmente, noutras à ré) semelhantemente aquelas que se vêem nos filmes americanos a subir ou a descer o Mississipi, que me lembre, dizia eu, a cidade de TETE descia anualmente junto ao rio Zambeze a ver passar ou atracar a CANHONEIRA.
PROFISSÕES E FERRAMENTAS
Neste meu afã de estudar o passado e trazer à luz dos tempos atuais algumas profissões antigas, certas delas já extintas, bem como as ferramentas usadas por esses mestres de ofício, sempre no sentido de enaltecer a imaginação e criatividade usadas pelo homem na luta pela sobrevivência, depois da crónica que deixei neste meu espaço sobre a profissão de AMOLADOR DE TESOURAS e outras FERRAMENTAS DE CORTE e da ARTE da fazer uma SEBE de carro de vacas, com vimes entrançados, em Cotelo, chegou a vez de fazer um vídeo e, através do YOUTUBE mostrar ao mundo uma ferramenta, o “ZIC-ZAC”, cujo nome lhe advém da função exercida nas mãos daqueles profissionais que, de aldeia em aldeia, ofereciam os seus préstimos e saberes, no conserto de louça rachada ou partida - pratos, malgas e penicos - bem como “guarda-sóis” e outros utensílios domésticos.
O GOSTO DE COMUNICAR
Este gosto de comunicar por escrito (ou oralmente) sem ser jornalista encartado, nem ser usurpador de funções, nasce com a pessoa. Não é um simples documento passado pela mais prestigiada instituição que leva ao exercício da cidadania e nos empurra para a “notícia” ou para o evento digno dela. Algumas pessoas ligadas à imprensa conheço eu (coitados) que, à falta desse instinto natural, não veem, nem noticiam o que de importante ou insólito lhes passa à frente do nariz. Têm «carteira», mas não têm “faro”.
NARRATIVA VIVIDA
Hoje, num encontro inesperado, o meu amigo de liceu, em Lourenço Marques, Juiz Desembargador, Pedro dos Santos Gonçalves Antunes, natural de Figueiró dos Vinhos, fez questão de me apresentar pessoalmente um ancião com 91 anos de idade, de seu nome António Marques Boavida, mecânico de profissão, que passou a vida dentro de um fato macaco com as mãos pintalgadas de óleo e de ferrugem.
FUNERAL DE JOÃO DE VASCONCELHOS, NO GAFANHÃO
Foi esta expressão de Virgílio Ferreira, escrita no seu livro “APARIÇÃO”, que me ocorreu para título e começo deste registo escrito e audiovisual, alojado aqui, neste espaço e também no Youtube.
ROUBO DESCARADO
Quando descobri (quase seis anos depois do alojamento original, em 2010) que o meu vídeo relativo à LENDA DA SENHORA DA LAPA (aquela do “salabardo” ter sido engasgado com os novelos de uma tecedeira), contada diretamente para a minha câmara de filmar, em Cujó, pelo meu cunhado João Duarte Bernardo, corria no Youtube sem a minha ficha técnica original, substituída que foi por outra, da autoria de tão criativo investigador, denunciei o caso à Equipa do Youtube e fiz eco disso mesmo na página do Facebook «AMIGOS DE CUJÓ». O assunto deu polémica e ali aportaram atitudes proclamatórias muito virtuosas, a coberto dos senhores ZELADORES DO CULTO, apesar de se revelarem muito pouco ZELADORES DA VERDADE.
CICLONE
VINTE DE MARÇO DE 2019. Os meios de comunicação social fazem eco da SOLIDARIEDADE MUNDIAL com MOÇAMBIQUE, devido à tragégia que vive em resultado do ciclone Idai. Ali, na costa oriental da África. Ali, o território que levou Pereirinha Balala, no Facebook (PICADAS DE TETE) a perguntar a João Pedro Garcia Moneiro “como durou tantos anos a presença de Portugal (1505 a 1975) na Costa Oriental de África?”, pergunta que teria, seguramente, resposta diferente se fosse assim reformulada: “que povos viviam na costa oriental de África, quando os portugueses lá chegaram?”
“TRÊS, A CONTA QUE DEUS FEZ”
Ouvi esta frase quando ainda era pequeno. E, fosse pela rima, fosse pelo significado oculto que continha (e contém) ficou-me na memória para sempre. Claro que para isso contribuíram todos os “apegos” que a comunidade onde cresci tinha pelo número “três” e seus múltiplos, o que me conduziu, quando pude e soube, ao estudo do valor simbólico que alguns números imprimem na mentalidade humana, ao ponto de orientarem e condicionarem os comportamentos individuais e sociais.
MUNDO PORTUGUÊS
No último “post” que aqui deixei com o título em epígrafe, transferido do meu site “trilhos-serranos” pelo facilitismo que isso me dá de poder incorporar no texto algumas imagens mais, reportei-me a uma peça fundida em bronze ligada, seguramente, à “ ESPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS” que teve lugar em Lisboa, em 1940.
ESCULTURAS DE FUMO
Na sequência dos meus “posts” no Facebook, resultantes da queima de incenso no víveo com o título “NINFA DE SIÃO”, recebi, de um amigo espanhol, o texto que se segue, com o respectivo intróito e conclusão:
O FACEBOOK É UMA LIÇÃO
Já perdi a conta aos textos que escrevi com o título em epígrafe, neste meu espaço web (pago por mim) ou no espaço (grátis) do Facebook, cantando loas ao seu papel democrático e justificando a minha opção naquilo que ali vou aprendendo sobre o ser humano, desde a mais simples futilidade, à mais sofisticada e elaborada congeminação intelectual e artística, senão mesmo montagem enganadora, levando a crer ser verdadeiro, o que é rotundamente falso. Mas nem por isso deixo de aproveitar este espaço para lançar aos meus amigos facebookianos alguns desafios, como, por exemplo o que se segue, em texto e imagem:
ELES ANDAM ATRASADOS
Acabei de ouvir, na Póvoa, agora mesmo, o Professor MARCELO, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, nas “correntes d’ escritas”, dizer que é necessário um “combate pelos livros” e levá-los aos “territórios desiguais de que se fazem diversos portugais”.
RETALHOS DE VIDA
Em 19-03-2013 publiquei no meu velho site o texto que se segue. Por ser um espaço online que deixou de estar no ativo por razões a que sou alheio, ainda que se mantenha aberto como repositório do que lá escrevei, graças à gentileza do servidor, para facilitar a vida aos meus seguidores, aqueles que ainda tem alguma dificuldade em navegar neste espaço sideral, cheio de luz, mas também de buracos negros, procedi, hoje mesmo, à sua migração para este meu novo espaço. Assim:
SOALHEIRO CITADINO
Em 23-03-2013 publiquei no meu velho site, hoje repositório histórico do muito que ali escrevi e se mantém online, o texto que se segue, hoje mesmo migrado para este meu novo e ativo espaço. Assim:
Em 03-03-2016, neste meu site, discorri sobre o OITAVO livro dado à estampa pelo Dr. Lima Bastos, relativo a Aquilino Ribeiro. E, a partir do seu confessado hábito bizarro (literário, claro está!) de dar «nove voltas em redor do lume, antes de adormecer», rebusquei algumas reflexões que eu já tinha feito no Facebook sobre o valor simbólico atribuído pelos sábios ao número NOVE, para terminar, dizendo: “venha lá o NONO, ó Dr. Lima Bastos”.
A GOVERNANÇA QUE TEMOS
Quem tem gastado as botas nos caminhos e aldeias da serra, quem, durante anos, no intervalo das caçadas, entrou, esporadicamente, nos cafés das aldeias e neles viu mesas rodeadas de idosos a jogarem as cartas, as damas e o dominó, apercebeu-se que aqueles espaços não eram apenas locais de comércio, mas também de convívio comunitário. Longe dos "Centros de Dia" mais próximos, estes nunca existentes, por regra, em pequenos lugarejos, eles desempenhavam, aos olhos do caçador atento e em trânsito, uma função social indiscutível e ajudavam os naturais da terra a gastarem ali os últimos cartuxos na sua vida. Eles, os proprietários e fregueses, que mantiveram as aldeias de pé e, desse modo, continuaram a fazer parte da Geografia Humana deste Portugal provinciano.
RETORNADOS (COM MUITA HONRA)
A revista “SÁBADO”, de 31 de janeiro de 2019, publicou uma crónica sobre os “RETORNADOS” com o título “A REVOLUÇÃO QUE VEIO DE ÁFRICA”.
Semelhantemente à extensa reportagem que, há anos, foi publicada em “O Jornal”, assinada por Fernando Dacosta, li, com agrado e avidamente o que, passados todos estes anos, esta “SÁBADO” escreveu.
CAMPAS ANTROPOFÓRFICAS E LAGARETAS
É assim que aparecem designadas em textos diversos assinados por académicos, estudiosos e/ou curiosos que opinam sobre essas aberturas escavadas em penedos de raiz, em rochas de afloramento natural, em grupo ou isoladas, algumas das quais, existentes no concelho de Castro Daire, que já fotografei e filmei.
O REINO DA ESTUPIDEZ (século XVIII)
Em 1986 encontrei na Biblioteca Municipal de Castro Daire um manuscrito que me prendeu a atenção e não descansei enquanto não soube se o mesmo já tinha sido estudado e publicado por algum erudito. Tinha por título "O Reino da Estupidez". Apressei-me a tirar fotocópias dele e a remeter um exemplar para um SENHOR Professor da Universidade de Coimbra, a fim de ele me tirar as dúvidas. Ele agradeceu-me o exemplar e disse-me que o manuscrito já tinha sido estudado e publicado pelo PROFESSOR LUIS ALBUQUERQUE.
RITUAIS E PRAXES O FACEBOOK É UMA LIÇÃO
No dia 10 do corrente coloquei no meu site "trilhos-serranos.pt" algumas reflexões sobre o topónimo "Castro Daire" e ali refiro que, os Lusitanos, segundo Estrabão, comiam essencialmente «cabritos e sacrificam a ARES um bode" e bode ou porco parece ser o quadrúpede esculpido na ARA votiva encontrada na antiga ponte Pedrinha, quando, em1877/78, foi demolida para dar lugar à que actualmente existe.
EMIGREM
O meu mestre de Português e de Latim, Dr. Francisco Cristóvão Ricardo, a residir no Algarve, invernoso de anos, mas primaveril de raciocínio, continua a prendar-me com pérolas escritas, “críticas” eivadas de cidadania atenta e humana, tal qual se segue. Texto a remeter para o tempo que o inspirou, eis uma verdade incontroversa, vivida em todo o tempo, por isso aqui a publico:
CUJÓ - LASTIMÁVEL “RÉQUIEM” (10-05-2011)
Foi em1993 que a Junta de Freguesia de Cujó, então presidida por Secundino de Carvalho, editou o feu livro “Cujó, Uma Terra de Riba-Paiva”.
O MAR E A SERRA
Não precisei de ler “O Malhadinhas” de Aquilino Ribeiro, para, menino ainda, associar as relações comerciais entre o mar e a serra. À aldeia de Cujó, concelho de Castro Daire, desde que tive olhos na cara e aprendi a olhar o mundo (nasci em 1939) vi chegar os burricos dos sardinheiros de cangalhas sobre as albardas, a trocarem sardinhas por ovos e outros produtos da terra v.g. milho, feijões e centeio. As malgas de louça grosseira serviam como medida e, combinada a troca, os géneros passavam dos sacos dos residentes para os sacos dos sardinheiros. À falta de dinheiro, desse “metal sonante” que eu, nas minhas investigações académicas posteriores, viria a ler nos manuscritos de aforamento e testamentos de fim de vida, a lei do comércio era a “troca directa” e eu sou do tempo, desse tempo, em que, na serra, uma sardinha era dividida por três bocas.
FIAT LUX
Três dias depois do Natal, neste ano de 2018, acompanhado do meu filho Valter, da sua companheira Sandra e filhos, a minha neta Mafalda e o irmão Guilherme, estive em Viseu. À noite.
CAÇA - O VALOR DA FISGA
Nos meus trilhos da investigação, mira posta nas fontes de conhecimento, manuscritas e impressas, quando lecionava na Escola Preparatória de Castro Verde, assestei pontaria num documento existente no arquivos da Câmara Municipal (um livro de atas) relativo ao ano de 1680.
A folhas tantas surgiu-me o registo de uma Postura Municipal reportada ao “ROL DOS PARDAIS”. Claro que, ávido de conhecimento, tal como o caçador disposto a saborear a peça em que põe a mira, não larguei o gatilho até chegar ao fim da leitura.
LEBRE É SEMPRE LEBRE.
Um «par do reino» (leia-se do território deste Clube) onde me considero enfiteuta isento de foros, esse «par do reino», dizia, dedicado a estas coisas da caça (quer coleccionando bibliografia, apetrechos atinentes a este desporto e informações que enriqueçam o seu espólio, olhando aos meus cabelos brancos, tem a gentileza de me perguntar, de quando em vez, algo sobre a minha experiência nestas andanças de «corta léguas» através de montes, serras e vales, nomeadamente, naquelas que dão corpo orográfico, cor e forma, ao relevo que rodeia o Montemuro e a Nave (na Beira Alta), às quais se soma a peneplanície alentejana, na zona de Castro Verde e Mértola.
LEBRE É SEMPRE LEBRE (2)
Num apontamento anterior com o título em epígrafe referi o episódio que me sugeriu o encontro que, nos anos 90, tive com duas lebres, ali, na serra da Nave, arredores de Carapito, Moimenta da Beira, aquelas que se me furtaram à pontaria, decidindo que eu prosseguisse a caçada sem o trabalho de as carregar à cinta ou dobradas no alforje que o meu colete tinha a toda a largura no fundo das costas.
VINHO E PRESUNTO
Serra da Nave. Arredores de Carapito, Moimenta da Beira. Anos 90 do século XX. Carro estacionado à beira do caminho, no acesso inclinado para um lameiro, abancámos no muro de vedação fronteiro. Mesa posta, farnel exposto pela parede adiante, parou junto de nós um Mercedes vermelho e o condutor, também caçador, cumprimentou-nos e fez a costumeira pergunta: “como vai isso? A manhã, correu bem?”.
OS· TRÊS VINTÉNS
Os meus filhos sabem do meu gosto pelos filmes te cawboys e, de quando em vez, prendam-me com alguns dos clássicos passados a DVD. Eles sabem que a minha leitura ultrapassa a "fita" do saque dos revólveres, tau, tau, tau e já está. O mais rápido fica vivo, sopra na ponta do cano e arruma a arma.O outro fica a cargo cangalheiro city.
MEMÓRIAS
A lanterna “OLHO DE BOI”, que recentemente recuperei e restaurei, suscitou-me a recolha e comentários sobre mais alguns utensílios ligados à iluminação doméstica, nomeadamente a vela, a pinha, as candeias de espaços interiores e a lanternas de exteriores, necessariamente usadas nas idas aos moinhos e nas regas noturnas dos milheirais.
HISTÓRIA COM GENTE DENTRO
Em 2011, a propósito de um envelope recebido na Pensão Avenida, proveniente de Montalegre, com o nome de vários destinatários, escrevi uma crónica com o título «Consílio dos Semideuses». Essa crónica está disponível neste meu site «.pt» migrada que foi hoje mesmo do antigo «.com». Dela extraio o seguinte excerto:
CONSÍLIO DOS SEMIDEUSES
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01-11-2011 16:11:07
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Recuar aos anos sessenta do século passado e ter acesso a documentos que nos elucidam não só sobre da História Local, mas também sobre o quotidiano, que é como quem diz, «estória» com gente dentro, é um verdadeiro privilégio. O Dr. Eduardo Pinto de Carvalho, médico a exercer, actualmente, clínica nas Canárias, concedeu-me recentemente acesso e posse ao espólio do seu pai, Eduardo Pinto de Carvalho, comerciante muito conhecido em C. Daire, já falecido.
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PRIMEIRA PARTE
A oliveira (ou o que resta dela), cuja foto ilustra estas linhas, existe num recanto da vila de CASTRO DAIRE. Velhinha, de muitos anos, com tufos de folhas verdes a mostrarem-se, a esmo, nos seus ramos (ora reparem...) bem andou o cidadão que resolveu prolongar-lhe a vida, ali, naquele recipiente, à frente da montra, em pleno espaço urbano. Ele, ou ela, desse modo, escreveu um HINO HÁ NATUREZA VIVA.
POLÍTICA E POLITIQUICE
a) Passei anos a calcorrear as serras da Nave e do Montemuro, à caça. Atravessei veredas, carreiros e caminhos que, de ano para ano, os matos, em primeira linha as giestas, me impediam de prosseguir.
Neste ano de 2012, mês de outubro, domingo, o dia da caçada chegou ao fim. Calcorreados os montes, os cerros e vales da serra da Nave, perdizes, nem vê-las. Mas valeu o passeio, o companheirismo ao ar livre, o usufruto da paisagem serrana e a recordação de fartas caçadas feitas em anos não muito distantes. E também o facto inolvidável daquele dia de nevoeiro cerrado, chuva intensa e frio de rachar penedos, dia em que eu e o meu primo Manuel Carvalho Soares nos perdemos em plena serra, mal abandonámos o carro.
CUJÓ - GENTE, TERRA E BICHOS
Quem conheceu a vida aldeã tradicional, de economia ligada à agricultura, à pastorícia e ofícios afins, numa luta constante e sofrida pela sobrevivência, antes da acentuada desertificação atualmente tão propagada por interesses políticos em tudo quanto é jornal e televisão, sabe, de fonte limpa, que tais tarefas (quase sempre de produção insuficiente) assentava na trindade GENTE, TERRA E BICHOS.
FADO MENOR
Este é o título do pequeno/grande texto que me entrou, há dias , inesperadamente, mas com agrado, na minha caixa do correio. remetido pelo meu ex-professor Dr. Francisco Cristóvão Ricardo, a residir, atualmente, no Algarve. Meu professor que foi de Português, Literatura Portuguesa e Latim, é uma pessoa da minha estima e consideração. Grato lhe estou por tudo o que me ensinou.
O seu saber subiu até às páginas do jornal «Notícias de Castro Daire», em crónicas várias, mas, sobretudo, naquelas em que, de forma resumida, deixou a biografia de algumas figuras proeminentes da História Universal, com o título «De Viris Illustribus».
Respeitando o título que ele deu ao texto produzido - «FADO MENOR» - eu chamar-lhe-ia «FADO MAIOR», mesmo que ele pretenda, claramente, trazer aos tempos de hoje a «memória de infância», a sua ligação à escola, à alfarroba e educação doméstica da época. Assim:
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