A ECONOMIA, OS AFECTOS, AS PESSOAS E OS POVOS
Para este NONO APONTAMENTO sobre a ESTRADA NACIONAL Nº 2 (a futura ROTA TURÍSTICA NACIONAL, ou como lhe queiram chamar) escolhi a minha ida para Viseu, em 1958, com 18 anos de idade. Já aludi à minha ida a Lamego, dois anos antes, na companhia de um burro com umas cangalhas em cima, ESTRADA NACIONAL N. 2, abaixo eacima, buscar 40 litros de TRATOL para alimentar o motor LISTER que fazia girar a moagem do meu pai.
A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS
Este é o "oitavo apontamento", melhor diria, o "oitavo andamento" que aqui deixo sobre a «ESTRADA NACIONAL N. 2», aquela (cujo percurso atravessa Portugal de lés a lés, no sentido longitudinal) que tem para mim um profundo significado histórico e humano de tal modo vivenciado que me dispensa de compará-la à mítica Route 66 nos EUA.
A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS
Tenho vindo a referir as minhas relações afetivas e utilitárias com esta rodovia que, ao longo de séculos, não só mudou de nome, mas também, aqui ou além, foi sujeita a acrescentos e pequenos desvios nos seus elos de ligação ao seu longo percurso CHAVES-FARO.
Artéria principal a rasgar o país de cabo a rabo, os topógrafos modernos, com toda a parafernália de equipamentos ligados à profissão, nunca se desviaram muito das linhas traçadas pelos romanos que, cosendo a Península Ibérica nas mais diversas direções, deram substância à expressão "todos os caminhos vão dar a Roma" com a qual abri o QUINTO APONTAMENTO.
A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS
No último apontamento mostrei a minha relação afetiva com esta via rodoviária que liga Portugal de lés a lés no sentido longitudinal: CHAVES-FARO. Referi os quilómetros que, há anos, rodei sobre ela vencendo a distância que separa Castro Verde/Castro Daire e vice-versa, ao volante da minha carrinha Citroen Dyane. Ilustrei o texto com uma foto tirada num momento de pausa, à sombra de um sobreiro no Alentejo. Eram os meus filhos mais bebés do que são hoje os filhos deles: os meus netos.
Aos setenta e sete anos de idade (bem perto de usar a bengala) recordo muito bem estas duas expressões que os adultos me diziam a mim, e aos meninos da minha idade, para incutir-nos confiança e, sem medo, calcorrearmos os carreiros, caminhos e veredas que rasgavam os montes e as serras onde nós íamos guardar gados. Ali, em plena liberdade, sem os cuidados paternalistas e vigilantes dos nossos pais a fazermos as mais incríveis e arriscadas brincadeiras.
ESTRADA NACIONAL N. 2 (QUARTO APONTAMENTO)
Ontem, dia 04 de novembro, repescando os apontamentos que eu tinha feito nos dias 12 e 27 de outubro sobre a tão falada REQUALIFICAÇÃO da ESTRADA NACIONAL n 2, alojados no meu site "Trilhos Serranos" e nesta página, estava longe de pensar que um dia depois, hoje mesmo, voltaria a falar no assunto, ilustrando o texto com um vídeo que alojei no Youtube em 11-10-2012.
ESTRADA NACIONAL N. 2 (TERCEIRO APONTAMENTO)
No dia 12 p.p., num texto que coloquei nesta minha página, aludi ao debate de RESOLUÇÃO que, nesse mesmo dia, teve lugar na ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA sobre a REQUALIFICAÇÃO DA ESTRADA NACIONAL N.2 que liga CAHVES a FARO.
ESTRADA NACIONAL N. 2
Hoje (dia 12 de outubro) estive na Assembleia da República. Assisti ao debate dos PROJETOS DE RESOLUÇÃO (PSD, CDS-PP, PS) sobre a REQUALIFICAÇÃO DA ESTRADA NACIONAL N. 2, a grande via que atravessa Portugal de norte a sul, de Chaves a Faro.
O EIXO DO BEM
"O EIXO DO MAL", programa semanal da SIC NOTÍCIAS foi hoje "ouvisto" e gravado por mim. Um moderador e quatro sábios da política nacional, melhor dizendo, três sábios e uma sábia, botam ali faladura. Sei o nome te todos, mas não digo. Digo apenas que me identifiquei, em absoluto, com as convicções e argumentos de dois participantes e me criou um certo asco o raciocínio e argumentos dos outros dois. Por serem sobejamente subjectivos.
O QUE SOMOS
Ainda pequenino - quanto tempo já la vai? - agarrado à mão do meu pai, com toda a vida pela frente (que longe estava a velhice! ) era isto que eu ouvia - que chatice, que ameaça feia - na proclamada homilia do cura da minha aldeia, ou na boca do pregador encomendado em dia de sermão e missa cantada, num domingo ou num feriado.
PELA RUA ABAIXO, 2
Junto ao quelho e estrada, a casa de duas irmãs padeiras. Uma ficou para tia solteira e outra foi a mãe do Padre António Silva, que, inteligente, a deixou, depois, às suas criadas.
PELA RUA ABAIXO, 1
Nascido em 10 de Março de 1907, CARLOS EMÍLIO MENDONÇA OLIVA, um dos herdeiros do solar brasonado do cimo de vila, frente à capela de São Sebastião, emigrou para o Brasil com 19 anos de idade. Na década de sessenta do século XX, depois ter visitado pela última vez a terra natal, escreveu um conjunto de QUADRAS nas quais deposita relevante informação histórica sobre CASTRO DAIRE, o seu concelho de origem, poesia sobre a qual tenho vindo a discorrer nestas minhas crónicas. Esta é a nona, uma espécie de decalque do trabalho que me chegou às mãos através do Dr. Jorge Ferreira Pinto, seguro de que eu não deixaria de reflectir sobre as informações escritas e legadas.
MUNDO DO AVESSO
Ele pensava que ao SÉTIMO descansava. Enganou-se. Com a ideia ferrada na cachimónia de que as pessoas no FACEBOOK não apenas se desnudam, mas se põem do AVESSO, entrei consultório dentro e perguntei: já viu uma pessoa do avesso? Eu não, tenho passado a vida profissional a tentar vê-las por dentro, mas do avesso, isso não. Já tenho visto ideias e pensamentos arrevesados, retorcidos, falsos, meadas difíceis de desenrolar, mas pessoas do avesso, isso não. Pois eu esta noite vi o mundo todo do avesso.
BANDA FILARMÓNICA
Em 2005, no meu livro «CASTRO DAIRE, OS NOSSOS BOMBEIROS, A NOSSA MÚSICA» deixei a «HISTÓRIA da BANDA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS» nas suas raízes designada por "ORQUESTRA", «BANDA FILARMÓNICA» e «FILARMÓNICA CASTRENSE». Desse livro são as 4 fotos que ilustram esta crónica, com destaque para a de 1957, a preto e branco, pelas razões que mais adiante se entenderão.
O CRUZEIRO
«Trin...trim...trim...» é o telemóvel que toca. Atendo e tenho do outro lado a voz do Dr. Jorge Ferreira Pinto a comunicar-me que já tem mais "versalhada" do autor anónimo, proveniente dos familiares de Lisboa. Autor a cuja identificação eu cheguei através do verso em que ele se refere à doação do Jardim das Camélias, em Folgosa, por escritura pública. Lembra-se, amigo leitor? É ele CARLOS EMÍDIO DE MENDONÇA OLIVA.
INVESTIGAÇÃO
Tive um professor de liceu, em Lourenço Marques, conhecido entre os alunos pela alcunha "o Carocha". Julgo que na altura desemprenhava as funções de Director ou sub-director do Museu Álvaro de Castro, museu que veio a mudar de nome após a independência para Museu de História Natural de Maputo.
Advinha-lhe a alcunha do facto de ele se dedicar à investigação de tais "bicharocos" e à consequente publicação ilustrada de obras afins. O seu nome próprio, foi engolido pela alcunha e daí a injustiça de me ter esquecido dele, ainda que bem recorde o seu perfil físico e pedagógico.
Pessoa tão sábia, quanto humilde, ele não dava aulas, no sentido geral do termo, isto é, não subia ao estrado e debitava dali para baixo a matéria compendiada e programada. Não. Ele tinha "conversas" connosco e, creio que nessa sua postura informal, estava o encanto que me levou a gostar dos bichos, a mim, homem do campo. Lembro que no rol de fotos tiradas por mim e por mim publicadas no meu espaço do Facebook está uma "vaca loira", com uma cornadura que faz inveja a qualquer ganadeiro, criador de gado bravo.
Ele tinha por hábito não largar o cachimbo. Sempre com ele entre os dentes, só o tirava da boca para ajustar o tabaco na "fornalha", não me lembro se com o dedo polegar, se com os apetrechos que para isso havia e há, apetrechos que também eu usei, enquanto esse vício me perseguiu. Hoje esses apetrechos são peças decorativas da minha biblioteca. Morreu de cancro, morte que foi sentida, penso eu, por todos aqueles que com ele trataram.
E vem isto a propósito daquele insecto que aparece pintado no busto daquela estatueta da República, publicado no meu livro "Implantação da República em Castro Daire-I", em 2010 (a preto e branco) e, recentemente, no meu espaço do Facebook e também no mural do DOUTOR PROFESSOR Amadeu Carvalho Homem.
Fosse ele vivo e, em 2010, quando fotografei aquela estatueta, dadas as interrogações que me pus sobre aquele insecto pespegado no busto da
República, ter-me-ia dirigido a ele, a perguntar-lhe que "carocha" era aquela. Não o podendo fazer e ligando a estatueta a um republicano que integrava a ala "democrática" dos republicanos, em terra onde existiam as outras duas correntes (evolucionista e unionista) fiquei-me com a ideia de que se tratava de uma marca distintiva entre os grupos republicanos. E mais nada.
Mas o problema levantado agora pelo PROFESSOR DOUTOR Carvalho Homem fez-me voltar à questão e acho que este PROFESSOR, não sei se ciente disso ou não, ao publicar uma capa de livro com uma estatueta semelhante, levantou uma boa via de investigação que urge desenvolver.
Cá por mim já fui ver tudo quanto existe na Net sobre bustos da República. E entre tantos, com o tal bichinho ao peito, desenhados e pintados em posições diferentes, só aquela estatueta que faz capa de livro e aquela que eu próprio publiquei.
Quanto a mim, a primeira coisa a averiguar, seria saber que os dois proprietários pertenceram ao mesmo partido. Se ambos viviam em meio rural, pois tratando-se de um insecto, ele estava ali como símbolo e com um significado tal, que os camponeses apreendiam de imediato.
Devo confessar que nestas minhas interrogações não descartei a possibilidade daquela joia, pegada assim, solitária (de momento não me lembro do nome que se dá a uma jóia dessas) no peito da República, não era a forma irónica e cáustica de criticar os adornos peitorais da Rainha D. Amélia. A República tinha de ser popular e um adorno silvestre, um besouro bem conhecido por camponeses, ajudava bastante. E mais ainda, a estatueta que eu fotografei tem o tamanho de uma "boneca" daquelas que então se davam às meninas, pelo que também não descartei a ideia de os republicanos, divulgarem a imagem da República, através de um brinquedo, mesmo que sendo de barro.
E mais ainda. Um dos bustos que fotografei está tal qual saiu da cozedura, dando a impressão que os "barristas" coziam a peças e vendiam-nas assim, virgens, deixando ao proprietário a liberdade de pintar a seu jeito e gosto os elementos decorativos que integravam o molde.
Parece que há mesmo muito que investigar e o PROFESSOR DOUTOR Carvalho Homem, assim a modos que não quer a coisa, abre vias de investigação. PROFESSOR É PROFESSOR! E o FACEBOOK É UMA LIÇÃO.
NOTA: posto no FACEBOOK em 7 de outubro de 2014
PELOURINHO
Uma informação preciosa que se encontra na obra de CARLOS MENDONÇA é a que dá corpo à QUADRA que se refere ao CRUZEIRO que existia no cimo de vila, vizinho do SOLAR BRASONADO que o viu nascer, ali mesmo ao pé da capela de São Sebastião, atualmente levantado do LARGO DO CASTELO conhecido pelo pomposo, mas errado, nome de PELOURINHO.
«DOIDA NÃO E NÃO»
Quando me dispus a discorrer sobre o texto que me chegou recentemente às mãos entregue pelo Dr. Jorge Ferreira Pinto, disse, logo a começar, que não se tratava de "uma peça literária, do ponto de vista da forma e da métrica" mas, sim um texto onde o nosso concelho nos aparece em "verso humilde celebrado", no qual se regista para a posteridade "informação histórica, geográfica, costumes e até, aqui e além, traços de caracter de alguma gente", aspetos sobre os quais incidiu e se inclinou a lupa o observadora de CARLOS MENDONÇA.
O VELHO CAMINH0 DA SOBREIRA
Nesta minha saga de INTERPRETAR e divulgar o «hino» escrito e cantado por CARLOS MENDONÇA, um dos herdeiros do «brasonado solar» do cimo de vila, onde atualmente funciona o «CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO MONTEMURO E PAIVA» (como já vimos), aquele cidadão que, cirandando pelo concelho, disse ter unicamente a sua «sombra como pagem», hesito em afirmar se eu tomei o lugar da sombra desse cavaleiro andante ou se foi ele que assumiu o papel de SANCHO PANÇA e se tornou o «pagem» deste D. QUIXOTE, deste «cavaleiro de triste figura» que ainda não desistiu de levar longe o nome de CASTRO DAIRE (através de textos e imagens) mesmo que, aparentemente, isso pareça uma luta «contra moinhos de vento» e, como tal, garantida esteja a batalha perdida. Ou talvez não!
SÃO BENEDITO
No hino, escrito em quadras (provavelmente nos anos sessenta do século XX) que CARLOS MENDONÇA cantou sobre "CASTRO DAIRE" (este é o título que ele deu à sua composição dividida em 13 CANTOS"), vem em primeiro lugar a "magnífica Igreja Matriz, sumptuosa, bela como uma Catedral", com enfoque no seu interior, assim:
POESIA E HISTÓRIA
Identificado o autor do texto anónimo que, através do Dr. Jorge Ferreira Pinto, me chegou às mãos dactilografado, autor de seu nome completo CARLOS EMÍDIO DE MENDONÇA OLIVA, necessário se impõe que diga algo mais sobre tão «ilustre cavaleiro andante» pela vila e pelas aldeias do concelho. Trata-se, tal como já publiquei no meu site trilhos serranos (versão ".com" e versão «.pt» ) do filho mais novo de ANIBAL CORREIA DE MENDONÇA (06.11.1867 a 14.09.1928) e de DONA MARIA CELESTINA DE FRIAS OLIVA (21.01.1878 - ?) que, tal como os irmãos mais velhos, emigrou para o Brasil, onde residia, à data da escritura de doação, do Jardim das Camélias, em Folgosa, como vimos.POESIA E HISTÓRIAHá dias, passando eu junto do coreto, alguém, lá do fundo, chamou por mim. Era o senhor General José Agostinho Melo Ferreira Pinto, irmão do Dr. Jorge Melo Ferreira Pinto. A finalidade do chamamento era felicitar-me pela autoria do livro «O HOMEM DA NAVE, DEVOTO DE DIANA», que o seu irmão, médico, lhe oferecera pelos seus anos».1 - ESTACIONANDOPrometi voltar a esta página com uma «crónica devidamente ilustrada com fotografias» e, com ela, dar por finda esta ROMAGEM A COMPOSTELA, começada no p.p. mês de maio epenosamente prolongada até este final de outubro. Parafraseando Aquilino Ribeiro, direi que, «esgotado o bornal e esvaziada a cabacinha, vergado sobre o bordão» prometi e cumpri, tal como fez o senhor Vereador do Pelouro do Trânsito do Município de Castro Daire, Leonel Marques Ferreira, face ao problema que lhe coloquei sobre a falta de um espaço na vila de Castro Daire para estacionamento de motociclos.Com efeito, no seguimento do e-mail que me remeteu em 11-08-2016, a dar-me conhecimento de que «em reunião ordinária» desse dia o Executivo Municipal tinha deliberado criar um espaço destinado ao estacionamento para motociclos, ele, no dia 16/08/2016 17:47, remeteu-me novo e-mail informando-me da localização do espaço que foi escolhido pela sua «centralidade e fácil acesso». Assim:
UMA LIÇÃO
Pegando nas palavras de Chico Buarque para quem a " solidão é quando nos perdemos nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma", nesta minha postura solitária, mas também solidária (ao contrário de outros que pediram para serem meus amigos, mas nunca mais apareceram, apesar de eu saber que, silenciosamente, me entram porta dentro e bisbilhotam todos os cantos da minha casa) continuo a navegar e a divagar no Facebook, onde todos os dias aprendo algo de novo sobre o ser humano, desde o que ele tem de mais sublime ao mais sórdido, da mais apreciada sabedoria e bom senso, à mais rasa e rasca banalidade. Veja só, passados todos estes anos (estamos em 2016 e pergunto, há quanto tempo não nos vemos?) cá estou eu a dirigir-me a si em "carta aberta" publicada nesta minha página que, há tantos anos , mantenho aberta na web.Por quê só agora? Eu lhe explico: não é para dirimir-me do pecado de nunca lhe ter agradecido a amável e inteligente dedicatória que lavrou na testada do livro que teve a gentileza de me oferecer, mas para agradecer-lhe, isso sim, algumas informações históricas que nesse livro deixou sobre o concelho que administrou durante vários mandatos que exerceu como Presidente da Câmara.O Executivo Municipal, por proposta fundamentada do senhor Vereador do Pelouro do Trânsito, LEONEL MARQUES FERREIRA, na sua reunião ordinária do dia 11-08-2016, deliberou criar um espaço destinado ao estacionamento de «ciclomotores, motociclos e velocípedes» num local privilegiado pela «centralidade e fácil acesso». Cito:Para poupar os meus neurónios fui ao GOOGLE e eis o que copiei sobre FRUSTRAÇÃO E FRUSTRADOS. Tudo a propósito de todos os fabianos que anonimamente, sem nome nem rosto (ou mesmo com nome e rosto) se acomodam, anos seguidos, nas ESQUINAS da vila de Castro Daire a lamuriarem-se contra a gestão municipal. Não perco o meu tempo a ler tais lamúrias, ainda que pessoa amiga me diga que algumas dessas lamúrias estão cheias de conteúdo e de oportunidade. E não leio, porque me recuso a "gastar fósforo" inutilmente. A minha bitola crítica, com nome e rosto públicos, visa resultados públicos de interesse colectivo (veja-se o caso do parqueamento para MOTAS deliberado recentemente pelo Executivo Municipal, ao lado das QUATRO ESQUINAS) e renega a projecção pura e simples de "egos" frustrados e frustrantes, por inúteis que eles são. É que a CIDADANIA exige nome e rosto, exige credibilidade, exige comportamentos que conjuguem LIBERDADE/RESPONSABILIDADE cívicas. Tão só. Mas, vamos ao GOOGLE: I - RODANDO1 - Decorre o mês de agosto. E, como bem se lembram aqueles que me seguem nesta minha página, no dia 24 de maio p.p., (repito, maio p.p. ) após o pagamento de uma multa de €60 euros no Posto da GNR local, por alegadamente ter a mota de que sou proprietário «estacionada na praça de táxis», redigi e dirigi, devidamente ilustrada com fotografias, uma exposição de protesto ao Exmo. Senhor Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, em Lisboa, via e-mail, texto que, igualmente, e pela mesma via, remeti, de imediato, ao Exmo. Vereador do Pelouro do Trânsito do Município, senhor Leonel Marques Ferreira.
O FACEBOOK É UMA LIÇÃO
Com o título em epígrafe, assinado pelo Dr. JOAQUIM DUARTE, cidadão que não tenho o prazer de conhecer (ou se conheço, não estou, de momento, a associar o nome à pessoa) foi publicado no último número do "Notícias de Castro Daire", de 10 de julho do corrente ano, um pequeno-grande e honesto "comentário" alusivo ao que se vai passando no nosso concelho, terras e gentes.A MÍSTICA DO FUTEBOL E DOS NÚMEROSNo meu livro "Mosteiro da Ermida" publicado em 2001, acerca das misteriosas SIGLAS inscritas nas pedras daquela igreja, concelho de Castro Daire, discorri sobre o significado aquela que aparentemente, tem a forma de um 9.Creio não ser despropósito revisitar esse texto, pois nele podemos encontrar alguma explicação para ser o EDER a arrumar, de vez, a "mala-pata" que os portugueses tinham com os franceses no domínio do futebol. Ora vejam o que escrevi nesse livro:O texto que deixei nesta página relativo à multa de €60 euros que tive de pagar recentemente por presumivelmente ter infringido o« artº tal e tantos» do Código da Estrada, levou a que me aconselhassem a recorrer para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), conselhos que me recusei a satisfazer por dever de princípio que, qual «chip» de identificação, me foi introduzido sob a pele e faz parte da minha personalidade e do meu carácter.A LOUCURANão sabeis, mas neste ano de 2016, em hora e dia não fixado, entrou na órbita terrestre uma sonda vinda de planeta não identificado, perdido no espaço sideral. Repercutidos de onda em onda, de estrela em estrela, de planeta em planeta, cometa em cometa, todos os meteoritos que vagueiam sem destino no espaço infinito, a cada um deles chegaram marcantes e sonoros sinais. E apesar da lonjura, os cientistas siderais intrigados, usando ciência certa, física e matemática ignoradas por nós, construíram uma sonda, enviaram-na em direção à Terra e, terminada a viagem, ali anda ela em missão de espionagem.DESABAFOSolitário, sentado à mesa, espero a refeição da noite. Cumpro a obrigação de me alimentar, para manter a carcaça viva, andante e pensante.Ali ao lado, meia dúzia de amigos, bebericando o seu copo de vinho, picando a moela com o palito, falam alto, discutem, bebem, copo sucede a copo e, em cada gargalhada avinhada, eu confirmo a felicidade rural que via nos homens dos meus tempos de criança, encostados aos balcões das tavernas, tampos salpicados de rodas vermelhas, desenhadas pelos copos virados ao contrário, código que o taberneiro entendia como "encher de novo", pois a rodada continuava.Solitário, neste meu comportamento urbano (digamos que quase bisonho) atento a todos àqueles jeitos e trejeitos, neste minha posição de espectador, das coisas, dos tempos e das gentes, vejo-os virados de costas para a TV, alheios totalmente ao noticiário, às informações, às intervenções inflamadas dos políticos, uns a contradizerem outros, a propagandearem as formas diferentes de resolverem a crise, o desemprego e a fome já entrada em alguns lares do país.
"JUÍZES, TREMEI DO HOMEM..."
Nos tempos que devorava livros, passou-me pelas mãos "Breve Notícias de Sines" de Francisco Luis Lopes, editado em 1850. Dele destaco as linhas que dedica aos presos do tempo, dentro da cadeia daquela vila. Será que o texto tem algum sentido nos tempos que correm em Portugal, nas cadeias e fora delas? Assim: SETENTA E SETE = 77Tantos anos! Tantos quilómetros de «blá...blá...blá...», em prosa e versos dispersos pelos jornais e pelos livros...eu pouco atreito a comemorar aniversários (tão pouco lembrá-los) era o que faltava passar esta capicua em silêncio - 77 - quem é que a repete?- correndo, embora, o risco de alguns "amigos" me acusarem de já pender para o gá...gá... apetece-me discorrer sobre o significado que os entendidos na matéria atribuem ao número SETE.ARTESÃO DAS LETRASComo bem me lembro daquela expressão de Ramalho Ortigão que deu título à lição "Mãos que prestam, mãos que não prestam". Iniciava eu os meus estudos de liceu. E essa lição fez-me remontar aos tempos de menino e ver a minha mãe a fiar, a transformar a rocada de lã ou de linho em fio, à custa de muita saliva, à de força saber e jeito a rodar o fuso entre os dedos, aquele objeto oblongo, para mim um pião suspenso por um fio a rodar, sempre a rodar, cada vez mais barrigudo, mais atraente, graças ao jeito, torce que torce, dos dedos médio e polegar.
GNR EM CASTRO DAIRESou proprietário de um veículo de duas rodas desde 2002. Sempre estacionei junto do Jardim Municipal de Castro Daire, ao LADO da PRAÇA DE TÁXIS (e não nela) todos estes anos, tal como fazem os demais motociclistas que ali afluem no seu quotidiano.Respeitador das instituições e dos elementos que as servem, fui ontem surpreendido com uma carta registada com aviso de recção, proveniente da GNR. Estando os Correios fechados e, eventualmente, a carta ainda na mão do carteiro, corri ao Posto da GNR a fim saber do que se passava. Chegado ali e exposto ao que ia fui CORDIALMENTE informado que só depois de receber a carta e conhecer o seu conteúdo me podiam ajudar. Às tantas da tarde fui levantar a missiva e qual não é o meu espanto quando, dentro dela, tinha a informação de que fui «multado» por ter a mota «estacionada na Praça de Táxis de Castro Daire» (sic) multa assinada pelo senhor agente de giro, devidamente identificado na exposição a que seguidamente me refiro
OPERAÇÃO MARQUÊS
AS ALIMÁRIAS AS CRENÇASReferindo-me à "MEDICINA CIENTÍFICA" e "VETERINÁRIA" aplicadas em Cujó, numa relação estreita entre "terra, homens e animais", naqueles tempos situados no meio do SÉCULO XX, divaguei para outras aldeias e afirmei que as pessoas, para sobreviverem nestes meios adversos de clima e riqueza/pobreza, se especializavam em certos ramos de saber e daí o surgimento dos "endireitas", das "benzedeiras", das mulheres "bentas", das "bruxas" e dos "entendidos" nisto ou naquilo, prontos a porem o seu saber à disposição de quem os procurasse. Subjazia ali um sentimento de pertença à mesma tribo, da mesma família, o espírito de entreajuda, a pontos de se tratarem todos por "tios" ou "tias" mesmo sabendo que o seu ramo familiar direto era outro.CUJÓParalelamente à prática de rezas, atalhes e benzeduras, conhecimento e uso de plantas em chás e curativos de superfície, em simultâneo com outros recursos pouco ortodoxos no âmbito da saúde, a população de Cujó passou a ter à sua disposição, sobretudo a partir da década de trinta, com caracter permanente, os instrumentos da medicina curativa científica, ao nível dos primeiros socorros, na casa e na pessoa de Salvador de Carvalho, regressado da vida militar, em 1927.
PEDAGOGIA
Já lá vão uns anos. No Café que frequentava, todos os dias depois do almoço, a fazer horas para retorno ao trabalho, numa roda de colegas professores e de amigos relacionados com a educação, falávamos de tudo. Havia entre nós, um colega do Ensino Primário, com carreira firmada no Escotismo, da base ao topo, católico praticante. E por isso também vinham à baila as questões religiosas, as práticas da Igreja ao longo da História, o seu poderio político, religioso e económico, as suas reformas no fio do tempo e até o papel desempenhado por S. Francisco, contra o fausto, etc. etc. E longe estava eu de adivinhar que, muitos anos depois, um PAPA, tomando o nome Francisco, viria a dar respaldo a muitos desses meus reparos.ESTRANHA FORMA DE VER
PEDAGOGIA
O "ÁS"
JOÃO DA CRUZ M. Lourenço Mano, no seu livro "Entre Gente Remota, Crónicas e Memórias Históricas de Moçambique", editado no ano de 1962, com a chancela da "Minerva Central, de Lourenço Marques", em resultado das diligentes pesquisas, concluiu que o ferrador João da Cruz, referido por Camilo no "Amor de Perdição" é tão somente o João da Silva, ferrador, de Armamar, que foi degredado para Moçambique, em 1858, para cumprir pena de quinze anos de presídio, por morte de homem. Cidadão de mau feitio, zaragateiro, esfaqueou até à morte um "macua" às portas da fortaleza de S. Sebastião, na ilha de Moçambique, pelo que foi desterrado para o presídio do Bazaruto. Evadiu-se de lá, refugiou-se em terras de Sena, onde casou com uma degredada por ter evenenado o marido. E por ali viveu até morrer a negociar escravos, marfim e ouro. (pp. 73-79)
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