Já desenvolvi o assunto no meu livro “MOSTEIRO DA ERMIDA”, para onde remeto os interessados e curiosos. Mas deixo aqui alguns exemplos: ele era as “três” badaladas repetidas das TRINDADES; ele era as NOVENAS, as «nove» voltas, os “nove” dias, em torno dos templos no cumprimento de promessas; ele era os “nove” meninos a rezarem e receberem, por isso, um tostão cada, que todos somavam “nove” tostões; ele era os “nove” responsos referidos nos testamentos; ele era os “três vinténs” perdidos pela moça “desonrada” e “soma e segue, rompe e rasga, em frente marche”.
A força de certos números é tal que, no verbo e na ação, se reproduz nas comunidades viventes, como o escalracho em terra de pousio.
Neste começo de primavera, 20-03-2019, dei por mim a olhar o limoeiro que tenho no meu pátio. Carregado de limões, dá-me gosto apreciar a árvore que plantei e os frutos que produz. Tem anos de idade, mas só hoje reparei que alguns dos seus ramos rematam com “três” limões. E lá veio a lembrança do “três, a conta que Deus fez”. E lá vieram com “três” pontinhos, como remate daquela assinatura, cujo fac-simile deixei na crónica que publiquei no meu site com o título “CASTRO DAIRE, REPÚBLICA,, MAÇONARIA, DITADURA” E, mais recentemente, em vídeo, por forma a não ser desmentido.
São as coisas da natureza e a natureza das coisas. Agarrei na câmara fotográfica e captei as imagens. Não vão os céticos pensar que a idade (não tardam aí os 80 anos de vida) me levou ao delírio e que, fora da realidade, vejo o invisível.
Não. Não é da idade. É do vagar, do poder de observação e da conexão que este meu computador pessoal faz dos dados registados em memória desde que foi ligado à corrente da vida e da natureza. É isso e repito: é a natureza das coisas. São as coisas da natureza.