A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA
BOMBEIROS - CRONOLOGIA DOS FACTOS E DAS ATITUDES
Decorria o ANNO DOMINI de 2006, dia 24 de abril, quando eu deixei nas colunas da Imprensa Local/regional, numa das crónicas relativas ao IMBRÓGLIO que envolvia o meu livro “Castro Daire, os Nossos Bombeiros, a Nossa Música”, o texto que transcrevo em itálico e negrito, para melhor e impressiva leitura:
“O «Notícias de Castro Daire» e os seus leitores merecem outro nível, outra elevação de comportamento, de pensamento e de argumento. Aqui ficam, para o presente e para o futuro, registadas a postura e as preocupações de quem está empenhado no progresso do concelho, no desenvolvimento das suas gentes e instituições e daqueles que, pespegados aos parâmetros culturais de que dão fé em tudo quanto fazem, dizem e escrevem, apostam no contrário. A comunidade e os tempos ajuizarão da postura, dos factos, das ideias, da forma, do conteúdo, da palavra e do caracter dos protagonistas de toda esta história. Neste jornal estão a escrever-se páginas de HISTÓRIA que serão a honra ou a vergonha de quem as escreve. Basta, para tanto, que haja HONRA que haja VERGONHA”.
Com efeito. Sem efeito. Tal qual. E tal qual se escreve hoje para o futuro, a postura TRANSPARENTE OU OBSCURA das DIREÇÕES E COMANDOS que, posteriormente a essa data, tiveram acerca do mesmo IMBRÓGLIO. Então como agora, tanto os CORPOS SOCIAIS como o CORPO ACTIVO (comandante incluído) não podiam ignorar a MÁ GESTÃO que era levada a cabo sob o telhado de uma HISTÓRICA E PRESTIMOSA INSTITUIÇÃO, por parte de quem se SERVIA DELA. em vez de SERVI-LA.
Então, como depois, até hoje, de nada valeram o CONTEÚDO DO LIVRO e as avisadas e qualificadas palavras dos Drs. Costa Pinto e Cristóvão Ricardo, (que já vimos mais acima) falando em “gestão danosa”, pois, sob o mesmo telhado da Instituição, ninguém tugia, nem mugia. A CONIVÊNCIA e o SILÊNCIO PÚBLICOS manifestados entre os órgãos responsáveis por aquela INSTITUIÇÃO era por demais EVIDENTE, com involvência clara do EXECUTIVO MUNICIPAL, que nela investia montantes anuais assinaláveis.
Por mim (com todo o respeito que me merecem os meus amigos que adoram BACO) fechei a “tasca”. Calei-me e não entrei mais naquela ASSOCIAÇÃO. Autoexcui-me de sócio, tal como excluí a ideia de ser carne que se deixa «cozinhar em lume brando».
Passaram anos e foi com agradável surpresa que no dia 26 de junho de 2016 (UM DOMINGO), no Restaurante Rocha, o senhor 2º Secretário da então Direção dessa Associação, com a gentileza e educaçao que sempre lhe reconheçi, me entregou o meu RENOVADO CARTÃO de sócio com o nº 330, com fotografia actualizada e tudo.
Tinham passado dez anos e interpretei aquele facto como um manifesto gesto de BOM SENSO, de BOA FÉ e DECÊNCIA por parte de quem tal iniciativa tInha tomado. Uma forma da DIREÇÃO e demais ÓRGÃOS SOCIAIS e CORPO ACTIVO (comandante incluído) se desvincularem do “palavreado malfeitor” e «maldizente» que envolveu o meu nome, a minha pessoa e a minha obra, anos antes. Uma forma da INSTITUIÇÃO, na pessoa dos seus RESPONSÁVEIS, repelir o BOEMERANG atirado na minha direção e, não acertando no alvo, retornar à procedência por sentença lavrada em TRIBUNAL, mostrando quem, efectivamente “não batia bem da tola”: se era o autor de um livro de 514 páginas, feito “pro bono” em benefício dos BOMBEIROS, ou os responsáveis da ASSOCIAÇÃO que rejeitaram esse livro e as verbas provenientes da sua venda.
Só que a louvável atitude desta DIREÇÃO tomada para comigo, não resolvia o problema pendente, o mesmo que arrastou pela lama o meu nome, a minha pessoa e a minha obra. A questão não era pessoal. Era e é institucional.
Por isso com a mesma boa fé e decência, escrevi, de imediato, uma carta à Direção, agradecendo-lhe o nobre gesto de não ter sido EXCLUÍDO de sócio e pedindo alguns esclarecimentos suplementares. E aguardei pacientemente a resposta.
Dando tempo ao tempo, com o claro sentido da BARRA CRONOLÓGICA da HISTÓRIA (sem prescindir de deixar aos meus filhos e netos um NOME e um ROSTO enxutos) passado que foi um ano sem RESPOSTA alguma chegada por qualquer via, resolvi publicar essa CARTA no meu site. É a que se segue, já que nas gavetas dos meus arquivos, nada se esconde, pois nada há a esconder.
CARTA SEM RESPOSTA (clique no link: