Prometi contar uma "estória" ocorrida durante um evento desses e ela aqui fica, já. Nessa circunstância acorria ali toda a gente, incluindo um moço um pouco lerdo no entendimento.
Ora, quem conhece bem a cidade, quem tem presente a sua localização a beijar o rio, sabe que na outra margem, fica o Matundo. Hoje esses agregados humanos estão ligados pela ponte sobre o rio, o que permitiu o desenvolvimento que nos mostra a foto panorâmica aqui recentemente postada e comentada.
E a "estória" é que nessa altura, quem estivesse em TETE e olhasse para o Matundo, a única coisa que sobressaía na linha do horizonte, era uma torre metálica que suportava uma ventoinha cujo movimento giratório trazia à superfície da terra a água potável que abastecia o lugarejo.
E foi essa torre e essa ventoinha que prendeu o olhar e as interrogações desse rapaz lerdo de entendimento. Perguntou o que era aquilo, ali no ar, sempre a girar, sempre à roda, à maneira da ventoinha que tinha em casa.
A resposta foi-lhe dada por um dos meus companheiros, um daqueles que se divertia com todo o tipo de patifarias: "então não sabes? Aquela ventoinha é para refrescar as redondezas, é ela que amaina o calor do Matundo e de Tete. Graças àquela ventoinha é que nós podemos suportar estas temperaturas". Resposta do puto: "então devem pôr mais, pois ainda há aqui muito calor".
Lerdo no entendimento, lá no fundo, aquele rapazola, mostrou o desejo do desenvolvimento técnico e humano que permitisse uma melhor qualidade de vida às populações que ali habitavam.
Nunca me esqueci disso e quando um professor universitário, durante as aulas, disse que muitas vezes a "ciência avança apoiada em disparates", é desse disparate que me lembro ao ver agora TETE e arredores. Não puseram mais "ventoinhas" mas puseram outras coisas. Quem diria? Que será feito desse moço? E do "Bolinhas" com quem me deixai fotografar, mais o engenheiro Serejo, num momento de convívio?
NOTA: Foto importda da Internet com uma atracagem.Esta tinha o nome «Tete».