Apressei-me a comprar um exemplar impresso e, pela mão desse historiador, fiquei a saber das andanças e araganças que ESTUPIDEZ fez lá pelas Inglaterras e pelas Franças, donde foi corrida e, assim sendo, acolitada pela RAIVA, SUPERSTIÇÃO, FANATISMO E HIPOCRISIA, fez de Portugal o seu REINO e da Universidade de Coimbra o seu TRONO.
Lembrei-me disto a propósito da polémica que se levantou sobre as PRAXES, as quais, pese embora aos seus ilustres defensores, parece encaixarem bem em "O Reino da Estupidez", esse poema crítico-satírico que todos os professores e estudantes deviam ler antes de "botarem faladura" sobre coisa tão estúpida, e coisa não menos estúpida fazerem nas instituições que se presume serem de estudo, socialização, crescimento igualitário e não de embrutecimento, sobranceria e de humilhação.
Vi o debate de ontem à noite (22,30) na SICNOTÍCIAS precedido de algumas imagens. "Vocês os dois, baixem as calças, vá, não tenham vergonha, baixem os boxers, estiquem o dedo, assim como se fosse a apontar, metem, metam, gostam, gostam". Mas que porra é esta? É um exagero, é a praxe desvirtuada, é a exibição do poder e por aí adiante, tudo muito explicadinho, pelos pró, pelos contra e pelos assi-assim. Portugal tá bonito, tá!
Poema longo, este REINO DA ESTUPIDEZ. Portugal inteiro metido, à época, na Universidade de Coimbra, hoje disperso por outras cidades, Politécnicos e Universidades. Eis como acaba esse poema:
Com imensa alegria arrematada
A geral confissão de vassalagem:
- "Em paz gozai" - a Deusa assim profere -
"Da minha protecção, do meu amparo;
Eu gostosa vos lanço a minha benção.
Prossegui, como sois, a ser bons filhos
Que a mesma, que hoje sou, hei-de ser sempre".
Sim, sim! "bons filhos". A ESTUPIDEZ não se enganou e disse isto há cerca de 200 anos!
NOTA: publicado no Facebook em 29-01-2014, veio hoje ao mural no lembrete “VEJA AS SUAS MEMÓRIAS”. Procedi à migração dele para esta página hoje mesmo. O assunto não é inédito. Já o tratei mais demoradamente noutro texto, mas aqui fica este também.