Sem mais delongas, vou transcrever um pouco do muito que li sobre isso, deixando aos interessados o trabalho de se certificarem do que afirmo nas fontes que consultei, com parabéns para os autores, pois nesta página cultiva-se o gosto pela informação, pelo saber, pelo conhecimento, no respeito pelo velha máxima do meu pai, certamente herdada do meu avô, seguramente herdada dos seus avoengos e que anda por aí de boca em boca, quer de letrados, quer de analfabetos: «o saber não ocupa lugar». Ora vejam;
«O sete corresponde aos sete dias da semana, aos sete planetas, sete graus da perfeição, às sete esferas ou graus celestes, às sete pétalas da rosa, às sete cabeças da naja de Angkor, aos sete ramos da árvore cósmica e dos sacrifícios do xamanismo, etc.» (Dic. dos Símbolos, pp. 603)
«O número sete, chamado muitas vezes o número perfeito, teve um papel importante na Antiguidade pagã (as sete maravilhas do mundo, os sete sábios da Grécia) na Bíblia (descanso no sétimo dia; as sete vacas magras, as sete igrejas) e principalmente no calendário bíblico, na teologia católica (os sete sacramentos, os sete pecados mortais, as sete dores, etc. Tem também uma virtude particular no budismo, nos sistemas religiosos chinês ou japonês». (Lelo Universal, pp 889)
«Sete, número sagrado, místico e mágico, sobretudo nas tradições da Ásia ocidental, o sete simboliza a ordem cósmica e espiritual, assim como a conclusão de um circulo natural. A sua importância baseia-se na astrologia primitiva - em particular as sete estrelas errantes, ou corpos celestiais dinâmicos (o Sol e a Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus e Saturno), a partir dos quais os dias da semana, em muitas culturas, seriam designados. Outra influência consistiu nas quatro fases lunares de sete dias, que caracterizariam os 28 dias do calendário lunar. (...) o sete era também o número dos Pilares da Sabedoria e (...) estava ligado à mestria intelectual. O sete era sagrado para o deus Osíris, no Egipto (símbolo da imortalidade, para o deus Apolo, na Grécia (o número de cordas da sua lira), para Mitra, o deus persa da luz ( o número dos estádios de iniciação no seu culto) e para Buda (os seus sete emblemas) (Tresider, Os Símbolos e o seu significado. pp 167-168)
"Os planetas simbolizam os diferentes estados da força do conhecimento de Ser. Eles constituem os seus graus. Cortesãos do Sol, os planetas descrevem à sua volta os 'círculos' concêntricos da grande harmonia cósmica. Contam-se simbolicamente 7, como os astros (ou 'rishi') da Grande Ursa, as 7 crias do javali céltico, as 7 ciências, os 7 céus, etc. cada um destes septenários constitui o símbolo completo de um aspecto cósmico sob o qual a própria Ordem pode ser encarada. Aqui, neste caso, trata-se da 'cosmologia' acerca do 'mundo intermédio ': o 'relacionamento' mantido pela Terra com os 'outros mundos", infernal ou celestial". (David Gategno, "Símbolos", pp. 98)
Pois é... o SETE:
Sete filhos teve Gabrielina Pereira
Esposa de Salvador de Carvalho
Todos lhes deram muito trabalho
Desde o último até à primeira.
Quatro rapazes e três raparigas
Este casal sozinho pôs no mundo.
Foram sete bocas, sete vidas
Frutos de amor, num só segundo.
Eram sete encargos, sete sarilhos
Naqueles maus tempos da guerra
E culpa não tinham de ter nascido.
Mas esta família de pais e filhos
Tinha de monte sete palmos de terra
Prontinha a parir o pão pedido.
Abílio/10/06/2016
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela.....
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