Com o título em epígrafe, assinado pelo Dr. JOAQUIM DUARTE, cidadão que não tenho o prazer de conhecer (ou se conheço, não estou, de momento, a associar o nome à pessoa) foi publicado no último número do "Notícias de Castro Daire", de 10 de julho do corrente ano, um pequeno-grande e honesto "comentário" alusivo ao que se vai passando no nosso concelho, terras e gentes.
O Dr. JOAQUIM DUARTE teve a amabilidade de se referir, em termos elogiosos, à minha pessoa e ao trabalho que tenho desenvolvido no concelho, estranhando a minha AUSÊNCIA no programa "FOME DE VENCER" que a RTP1, realizou em Castro Daire, no dia 25 p.p.
Agradeço-lhe, publicamente e aqui mesmo, as despretensiosas e sinceras referências à minha pessoa, muito especialmente aquelas que o levaram a falar da minha estada em CASTRO VERDE, aquele outro concelho (também CASTRO, no Alentejo) onde desempenhei atividade docente e de investigação durante alguns anos e, como muito bem disse, o MEU NOME não ficou por lá para DESONRA minha, nem deste nosso concelho montemurano e de todos os seus naturais, incluindo o "meu amigo". Deixe-me tratá-lo assim, pois só uma pessoa "amiga" da sua terra e das suas gentes é capaz de reconhecer, objetivamente, o labor daqueles que, por imperativo profissional e/ou de cidadania, vão divulgando a sua história, cultura, usos e costumes e tradições a troco de coisa nenhuma. Por certo, nas viagens que diz fazer anualmente ao concelho, não escapou à sua lupa de detetive que alguns dos meus livros foram escritos "pro bono", tal como a colaboração que ambos damos a este periódico, no intuito objetivo de informar, de opinar e formar opinião esclarecida e crítica.
Dito isto, como é meu timbre «dar o seu a seu dono», que o mesmo é dizer «culpar quem deve ser culpado», não atribuindo a terceiros culpas minhas, ou que as minhas culpas fiquem a pesar em costas alheias, devo esclarecer o Dr. JOAQUIM DUARTE, em particular, e o público, em geral, que a minha AUSÊNCIA nesse programa da RTP1, a mim se deve EXCLUSIVAMENTE.
Com efeito, por telefonema direto realizado pelo senhor "vereador a tempo inteiro", LEONEL MARQUES FERREIRA, fui gentilmente CONVIDADO para participar nesse evento e, vejam só a coincidência, porque nesse dia pensava estar eu exatamente em CASTRO VERDE de visita aos meus amigos alentejanos, declinei o convite. Foi somente por essa razão que não apareci a falar do MOSTEIRO DA ERMIDA e, quiçá, do PRELO mandado restaurar pelo Município recentemente, sob minha orientação, hoje exposto no Museu Municipal. Uma AUTÊNTICA RELÍQUIA da indústria tipográfica. Uma peça arqueológica datada de 1855, saída da FUNDIÇÃO DE MASSARELOS, Porto. Uma peça rara, senão mesmo única, propriedade concelhia, à qual ainda não foi dado o conveniente valor e merecida divulgação, mau grado o livro e os vídeos que sobre ela publiquei. Estes disponíveis no Youtube.
Resta-me explicar as fotos que ilustram este registo.
A PRIMEIRA ilustração é o "fac-simile" do recorte do "Notícias de Castro Daire" sem o que este meu registo não seria feito. Aqui fica a prova de que, por estas bandas, não há só as MÁS LINGUAS ANÓNIMAS, de passeio em passeio, de café em café, de esquina em esquina. Há gente séria que põe o nome às coisas com o seu nome e aponta o que, eventualmente, não está bem ou está em falta.
A SEGUNDA foto, datada de 1983, mostra que fui apanhado a "conversar" com um senhor da GNR, em Castro Verde, creio que à entrada de uma EXPOSIÇÃO de arte local. Não sei bem se era um senhor, natural de EIRA QUEIMADA, concelho de Tarouca, familiar ou descendente da família LIMA, à qual pertencia um senhor muito amigo do meu pai. Curioso foi dois nortenhos, encontrarem-se em Castro Verde, baixo Alentejo, em serviço do BEM COMUM e serem descendentes de duas pessoas amigas. Perdemo-nos ambos de vista e hoje, passados tantos anos, já nem o seu nome sei. Se, eventualmente, ele ler estas linhas, espero não leve a mal a publicação deste nosso momento de conversa e convívio informal, mas agradável, tal qual se vê .