Sempre detestei que houvesse pensadores com o desplante de pensarem por mim, sobretudo a partir do momento em que sendo eu a mesma PESSOA, no Alentejo, (território maioritariamente vermelho) fui tido algumas vezes por FASCISTA e, depois, aqui, em Castro Daire (território maioritariamente laranja) por COMUNISTA, sabendo eu que nenhuma classificação dessas me assentava.
A coisa ideológica voltou a terreiro, agora, por causa do ORÇAMENTO e a bandeira anticomunista, no plano doméstico, anda por aí desfraldada como nos tempos de SALAZAR.
À falta de argumentação política desenterram-se os velhos fantasmas e o medo ainda colhe nos sectores sociais que, em quarenta anos de democracia, passaram a maior parte do tempo agarrados ao livro de quarenta folhas, isto é, ao baralho de cartas, a bater a sueca ou a bisca lambida, estando-se nas tintas para a POLÍTICA.
Mas esses coitados, são o que são, e não se pode esperar muito deles. Há que lamentar, mas aceitá-los. O que não pode perdoar-se é a uns tantos arrivistas, esclarecidos a tentar convencer-nos que o mal do mundo está no facto do Partido Socialista estar no Governo com o apoio da ESQUERDA (PCP/PEV e BE).
Quem não viu e ouviu Paulo Portas ter o desplante de dizer aos seus CORRELIGIONÁRIOS, em Évora que, pediu ao senhor Junker para ser INTRANSIGENTE com o O.E. Português.
Vejam ao que ele chegou. Perdendo cá dentro, essa direita reaccionária e trauliteira tudo faz para ganhar lá fora, desacreditando o governo e o país. Ou eles, A BEM DA NAÇÃO, ou o caos. Uma miséria, senhores, uma miséria!
Abílio/fevereiro/2016 (colocado no Facebook, neste dia e ano)
terça, 09 fevereiro 2016 15:25
Escrito por
Abílio Pereira de Carvalho
A LAMÚRIA
A LAMÚRIA
Penso que toda a pessoa normal (e no seu juízo perfeito) se lembra bem do clima político PRECIANO apregoado pela DIREITA portuguesa durante a campanha eleitoral para as últimas legislativas e a agitação que fez da bandeira do medo, pois estava aí a chegar novamente o COMUNISMO.
Publicado em
Crónicas
Abílio Pereira de Carvalho
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.