CORRELIGIONÁRIO
No artigo com o título "IRMÃOS ASSIMÉTRICOS" usei a palavra CORRELIGIONÁRIO no plural. Pessoa amiga, tendo-me por pessoa que escreve bem (e julgo ser sincero naquilo que me diz) apressou-se a telefonar-me, advertindo-me para um eventual erro ortográfico, pois entendia que a palavra se escrevia CORRELEGIONÁRIO, com "e" e não com "i", como eu escrevi.
FACEBOOK 9
Esta é a nona vez que me refiro ao papel do Facebook. O Facebook é uma lição. E como é a nona vez, aproveito o momento para tornar público que o número NOVE me persegue. Nasci no ano 1939. Na tropa atribuíram-me o número NOVE. E NOVE é o número da minha morada. TRÊS NOVES se ligam assim à minha pessoa e, como nos ensinavam na escola primária, nas contas de somar, 3+3+3=9, FORA NADA, concluo que nada valem as reflexões e os posts que aqui vou colocando, no Facebook.
Já lá vai um bom par de anos que, baseado nos livros de «fiados» ditos «borrões» das casas de comércio, deixei no meu velho site «trilhos-serranos.com» o texto que se segue. Parece-me nunca ser demais difundir, por todos os meios, a história das nossas gentes, estas que, realmente, considero os genuínos «CONQUISTADORES e POVOADORES» deste Portugal que somos e estamos prestes a NÃO SER.
Saio da cama, abro a janela e com ela aberta vejo um corvo empoleirado mesmo em frente. Reparem. Ele agita a cauda, faz leque dela, sacode as asas, baixa e levanta o pescoço, abre o bico quá...quá...quá.. e junta o seu grasnar ao da mais família alada que traça os ares, sozinhos ou aos pares, num matinal alvoroço.
OLHE QUE SIM, SENHOR DR., OLHE QUE SIM...
Setenta e seis anos de vida. ASSISTI ao discurso de António Costa, via TV, a dar conta à COMISSÃO NACIONAL das negociações que fez à ESQUERDA. ASSISTI, em beleza, regalado e contente por saber, seguramente, que ainda há políticos da craveira de António Costa com a lucidez de interpretar sem tabus, nem reticências os tempos históricos e, com isso, fazerem a diferença entre o que é um CHEFE e o que é um LIDER. Rebuscou afirmações suas, ditas nas DIRECTAS, no CONGRESSO, na PRÉ-CAMPANHA e na CAMPANHA sobre a rejeição consistente do velho e relho conceito do ARCO DA GOVERNAÇÃO, sublinhando a inclusão de todas as forças políticas com assento no PARLAMENTO.
Tem sido um deleite ver e ouvir as nossos adivinhos (pitonisas/bruxos) a debitarem palpites depois das eleições legislativas. A classificação ajeita-se conforme se queira tratá-los com mais erudição ou mais terra-a-terra, isto para não nos BALDARMOS totalmente do léxico nativo que se presta a jogos de palavras e pensamentos que servem todos os gostos alguns deles ao sabor dos ventos.
Anda o diabo à solta, mesmo à porta da igreja. Ele pertencia à escolta do Criador, mas, por inveja, querendo ser também SENHOR, revoltou-se contra o pai e este, num ai, estava-se mesmo a ver, vingativo, de castigo sem igual, em modos pouco ternos, fez dele Lucifer, senhor do mal e dos infernos.
Tenho para mim que as palavras por nós ditas e/ou escritas, em qualquer circunstância, são os elos de ligação do nosso pensamento íntimo com a realidade exterior, concreta, visível e mensurável. São os sinais exteriores da estrutura da nossa personalidade e caráter, a saliva que, sem necessidade de laboratório, conduz os especialistas ao nosso ADN.
A INVASÃO 1
Eles aí estão. Às nossas portas. Decididos a entrarem contra as vontades e as forças que se lhes opõem. Não entram a bem, entram à força.
Mas ... enganam-se os meus amigos se pensam que estou a cogitar na vaga de REFUGIADOS que, nestes nossos tempos conturbados, deixam os seus países de origem e se veem obrigados a buscar paz e vida nesta velha Europa.
A INVASÃO 1
Eles aí estão. Às nossas portas. Decididos a entrarem contra as vontades e as forças que se lhes opõem. Não entram a bem, entram à força.
Mas ... enganam-se os meus amigos se pensam que estou a cogitar na vaga de REFUGIADOS que, nestes nossos tempos conturbados, deixam os seus países de origem e se veem obrigados a buscar paz e vida nesta velha Europa.
DESABAFO
Solitário, sentado à mesa, espero a refeição da noite. Cumpro a obrigação de me alimentar, para manter a carcaça viva, andante e pensante.
ACORDO ORTOGRÁFICO
A partir de hoje, segundo rezam os "ditos" de soalheiro e conselhos governativos e académicos, torna-se obrigatório o uso das regras da escrita estabelecidas no NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
ACORDO ORTOGRÁFICO
A partir de hoje, segundo rezam os "ditos" de soalheiro e conselhos governativos e académicos, torna-se obrigatório o uso das regras da escrita estabelecidas no NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
ANONIMATO OU MEDO DA DITADURA?
Com o título em epígrafa "postei" na minha página do FACEBOOK, no dia 08 de maio de 2013 o texto que se segue e que fui repescar às MEMÓRIAS de um amigo que o PARTILHOU. Ele aí vai tal qual:
Já aqui disse que quando me não apetece fazer NADA, nem a ler, nem a escrever, nem a filmar, nem a fotografar, nem a falar, simplesmente disposto a fazer NADA (isto é, tornar-me conscientemente um INÚTIL SOCIAL) meto-me nos meus ARQUIVOS de documentos inéditos e ou PUBLICADOS à procura de inspiração. Navego na Internet à procura do que é DITO E FEITO sobre Castro Daire.
25 DE ABRIL
Aproximando-se mais umaniversário do 25 de Abril, resolvi colocar neste meu espaço um texto que alojei no Facebook em 29-04-2014. Aquilo que escrevi há um ano continua a ter actualidade, pois o ANONIMATO é a toca onde se mete todo o cagão armado em valente, sendo que alguns Valentes se chamarão.
CAÇA, QU'É DELA?
Neste tempo digital em que se escreve sem uso de caneta, papel e tinta, tempo em que a minha caixa de correio analógico me aparece atafulhada de folhetos publicitários, avisos das Finanças sobre o EMI, os selos dos veículos, seguros, cartas de pagamento da água e da luz, da MEO a ameaçar-me que cortam televisão, telefone e Internet, se não pagar a tempo, tudo, para mim uma grande chatice, neste tempo dizia, ainda aportam neste meu porto de abrigo, longe do mar, embarcações sobre as quais navego com gosto e nelas vou até outros tempos, outros espaços e outras gentes.
O PROFESSOR DOUTOR AMADEU CARVALHO HOMEM, com página aberta no Facebook, vai colocando naquele seu espaço temas de reflexão e, inteligentemente, vai levando os seus amigos e/ou visitantes a servirem-se e a degustar o que ele põe na mesa, assim como quem não quer a coisa. Um dos últimos acepipes foi colar-se à postura de António Arnaut, defendendo (como ele) que todos os maçons se deviam assumir publicamente, o que logo levantou opiniões PRÓ, CONTRA e OUTRAS, provando assim a pontaria certeira do ARQUEIRO.
PAGAMENTOS |
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AUTORES |
RÉUS |
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ENTRADA PARA CUSTAS |
REEMBOLSO DAS CUSTAS |
HONORÁRIOS DO ADVOGADO |
APOIO JUDICIÁRIO |
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€ 869.40 |
€ 703.80 (a) |
€ 1.535,00 (b) |
€ 734.40 (c) |
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (14)
9.2 – CAMINHOS E REGOS
A mandatária da ré esposa, pelas intervenção que acima referi, bem tentou saber «quantas vezes» a testemunha Maria José vira passar os AA na eira. Já conhecemos a resposta e vimos o sabonete que, em plena audiência, uma pessoa humilde e de poucas letras, deu a uma jurista encartada, tal como estava segura da verdade vista e vivida, durante muitos anos.
O outro mandatário do réu marido, depois de negar liminarmente, na suas contestações/reconvenções, como vimos na grelha acima, que nem os AA, nem ninguém, fazia uso de tal caminho, apesar de na acção posta os AA terem referido e anexado, desde o início, uma sentença transitada em julgado, mostrando que os RR deviam caminho à D. Conceição para uma pequena hora contígua, esse mandatário, dizia eu, admitindo agora, a existência dessa sentença, tentou, em plena audiência, montar a tese de que essa senhora, enganava os RR e a sua antecessora, fingindo ir para o terreno dela com as vacas, mas indo efectivamente para o quintal dos AA.
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (13)
9- TESTEMUNHAS (2)
9.1 – A LIÇÃO
Depois do tribunal estar mais do que informado, através dos depoimentos das testemunhas, que a «eira da Dona Nazaré» devia «caminho e rego», como se alegou na petição inicial, para o «logradouro e quintal», sitos nas traseiras da minha casa, caminho e rego usados pelos AA e seus antecessores, directamente ou por terceiros, sem quaisquer obstáculos, os advogados mandatários dos RR persistiam em saber, pela boca das testemunhas arroladas pelos AA, se tinham visto passar por ali «professor Abílio».
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (11)
7 - TRIBUAL DA RELAÇÃO DO PORTO
Claro que os RR, com APOIO JUDÍCIÁRIO disponível (da forma como já vimos concedido e declinado) não se conformaram com a sentença. Deram de barato as fundamentações da Magistrada, deram por inútil a sua visita «in loco» para melhor ajuizar a situação real e objectiva e recorreram para o Tribunal da Relação do Porto.
Mais argumentação, mais papéis apresentados pelos RR/recorrentes e pelos AA/recorridos, mais dinheiro para custas e honorários por parte dos AA/recorridos. Soma e segue, pois os RR/recorrentes, a esse respeito, tinham as «custas» garantidas pelo Estado, essa «coisa» abstracta em que nos diluímos todos nós, os contribuintes. Mas desta vez os RR estavam representados apenas por um só mandatário, o Dr. Adriano Pereira, de S. Pedro do Sul. Manifestamente de algo serviu o «reparo» feito pela Meritíssima Juíza, relativamente aos dois advogados na mesma causa de um casal com «apoio judiciário». Há coisas que,de tão broncas, não se aceitarem num Estado de Direito.
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (10)
6 - CÍCULO JUDICIAL DE LAMEGO
Posto o que disse, entra em acção Meritíssima Juíza do Círculo Judicial de Lamego, Drª. Maria de Fátima Cardoso Bernardes.
Juntou-se ao processo tudo o que foi, administrativa e juridicamente, solicitado, a par das custas e honorários exigidos, aos AA. pois nestas coisas, tudo soma e segue,
Os RR, com apoio judiciário (obtido e declinado pela forma como já vimos)podiam dormir descansados. Os seus mandatários estavam atentos e sabiam muito bem que diligências teriam de fazer e como pagar-se dos serviços prestados.
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (8)
4.5 - DESPACHO SANEDOR (2)
Apreciada a forma e a linguagem usada pelas partes, em 1831, retornemos ao meu processo.Quando tomei conhecimento do «despacho saneador» proferido pelo Meritíssimo Juiz da Comarca, em 05-05-2011, Dr. Lino Daniel Ramos Anciães, como já vimos mais acima, fui eu que tive de «sanear» imediatamente um «lapso» nele incluso. Digo lapso com a tolerância com que um ancião, de 71 anos de idade, vê, presumivelmente, um magistrado no início de carreira, que um ancião vê com a complacência que encerra a máxima latina «errare humanum est», apesar de saber muito bem que, na gíria forense, se tratou de uma «choca» e na gíria informática, hoje tão em voga e em moda, se trata de «copy/paste».
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (6)
4.2. CONTESTAÇÃO/RECONVENÇÃO
Os réus ANA PAULA DE JESUS CORREIA DE ALMEIDA e seu marido, ANTÓNIO MANUEL LOURENCÇO DE ALMEIDA, notificados que foram, apesar de possuírem duas casas, quase contíguas, dois carros, dois tractores, charruas, respectiva galera, equipamento acoplado para rachar lenha, bem como uma mota de alta cilindrada usada pelo filho mais velho, como ficou expresso nos autos, pediram ambos APOIO JUDÍCIÁRIO, apoio esse que foi concedido ao casal, pela Segurança Social.
Os advogados nomeados foram para a ré esposa, a Drª Joana Sevivas e para o réu marido, Dr. Fernando Oliveira. Mas, vá lá saber-se porquê, depois das nomeações feitas o marido desistiu do apoio solicitado e concedido e constituiu advogado, a saber, o Dr. Adriano Pereira, pagando-lhe, certamente, os honorários respectivos. Tudo isto, ao que parece, muito normalíssimo na Secretaria do Tribunal de Castro Daire e Ordem de Advogados, por onde, necessariamente, todos estes papeis passaram. Apresenta-se documentação justificativa do APOIO JUDICIÁRIO solicitado e concedido. Apresenta-se documentação a desistir do apoio judiciário concedido. Desiste-se do advogado distribuído para o efeito. Constitui-se advogado próprio e tudo isto não suscita interrogações aos Serviços de Secretaria do Tribunal. Está-se mesmo a ver a Troika entrou em Portugal por muitas brechas. Digamos que isso era tudo com a Segurança Social e a Ordem dos Advogados. A secretaria do Tribunal não tinha, nem tem nada a ver com isso. Quer dizer, o Tribunal de Castro Daire já era uma «extensão» da Segurança Social e da Ordem dos Advogados, antes de o ser a «Secção de Proximidade» em que foi convetido pela nova reforma Judiciária.
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (4)
Resumidamente: discorri a partir do volumoso processo arquivado na Capela de S. João de Fareja, que nos dá a saber que os moradores desta aldeia obtiveram, no ano de 1755, uma sentença favorável à sua causa no tribunal de 1ª instância de Castro Daire, confirmada depois pelo Tribunal da Relação do Porto, em 1759 e por aí não há de ficar, como veremos.
Por essa sentença era-lhes reconhecido o direito às águas que desciam desde o Porto Meal e Vale de Vila, junto da povoação de Vila Pouca, para irrigação e outros usos, não podendo os moradores de Baltar de Cima desviá-las da Levada de Fareja, sob a pena cominatória de 6$000.
DA FICÇÃO À REALIDADE
PARA UMA MELHOR JUSTIÇA (2)
3 – A REALIDADE
3-1 - Tudo isto, muito antes da tão reclamada reforma da Justiça em Portugal; tudo isto, muito antes dos casos mediáticos que puseram na rua da amargura um dos pilares do Estado de Direito: o Poder Judicial; tudo isto, antes da tão badalada justiça com dois pesos e duas medidas, uma para ricos e outra para pobres, uma a prender os «pilha-galinhas» e a deixar em liberdade e em «vida boa» os corruptos, os burlistas e os falsários; tudo isto antes de existir um programa televisivo «Justiça Cega», cujos intervenientes (um deles Meritíssimo Juiz Desembargador) não deixam dúvidas quanto ao mau funcionamento dos nossos tribunais e até a suspeita de que algumas fugas de informação para a imprensa sobre determinados processos judiciais, partem exactamente dos agentes que os manipulam.
MÕES
a) - Passados todos estes dias após as eleições autárquicas, realizadas no dia 29 de Setembro p.p. e ignorando eu, até hoje, dia 8 de Outubro, qualquer tomada de posição pública por parte da COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DO PARTIDO SOCIALISTA DE CASTRO DAIRE, de apoio, repúdio ou de desvinculação do EMBUSTE praticado por um elemento das suas listas - o candidato à Junta de Freguesia de Mões - isto é, ele ter usado o meu NOME, a minha FOTOGRAFIA e um TEXTO em seu apoio a mim atribuído (texto que nunca escrevi, nem subscrevi) facto que me apressei a denunciar aqui, nos «trilhos-serranos», onde já foi lido centenas de vezes (presumo que por centenas de pessoas), volto ao terreno do ESCLARECIMENTO por saber que o autor do EMBUSTE persegue na senda de dizer aos seus eleitores que o texto publicado no meu site é FALSO e que ele era «incapaz de fazer coisa daquelas». Procedendo assim, o INTELIGENTE nem se dá conta de que, segundo as suas conveniências, em bem pouco tempo, converteu em MENTIROSO, o fabiano que tinha PRESTÍGIO e notoriedade pública bastante para, sem o seu consentimento, dele se servir na decoração de um folheto de propaganda política apelativo ao voto em si. (CONTINUA)
MÕES
1 - O meu currículo público reza que fui militante do Partido Socialista em Castro Verde e em Castro Daire. Que fui membro das comissões políticas concelhias locais, até me retirar voluntariamente do aparelho partidário, por razões que tornei públicas na imprensa local. Saído assim do aparelho, nem por isso deixei de sofrer com as derrotas do meu partido e de me alegrar com as vitórias dele, ao nível local, ou nacional. E os quilómetros de escrita dispersos pela imprensa confirmam esse ideário político assumido por convicção, assente nos valores doutrinários preconizados, onde cabem a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, a Seriedade e a Ética Republicana. Mostram que, abdicando eu de possuir um cartão com o símbolo do punho fechado, plastificado ou não, não me descartei, por não ser descartável, desse ideário que, com raízes alma transpira à flor da pele ao longo dos anos
1 - BRASÃO DA FREGUESIA
Disse ontem na minha página do Facebook que «em tempo de eleições autárquicas, deixo à nova Junta da Freguesia de Cujó que vier a ser eleita, a sugestão que fiz, há anos, ao actual presidente da Junta e que ele não realizou, talvez por não achar interessante ou necessário. A sugestão, feita em sessão pública, foi que as «armas» da freguesia feitas no chão, em cubos pretos e brancos, junto à parede dos Vicentes, onde ninguém as vê, fosse feito na calçada antes do Cruzeiro da Independência, no sentido de quem sobe. Assim, sendo a calçada inclinada, quem entrasse em Cujó, ido de São Joaninho, tinha uma recepção informativa que agora não tem. E basta chegar à entrada da Várzea da Serra para ver a diferença de como o autarca daquela freguesia se preocupou em informar e receber os visitantes.
Também já tinha dito noutro sítio e a propósito de outro candidato a uma união de Freguesias do concelho de Castro Daire, que «na política, para lá das amizades e da seriedade, é preciso algo mais» e que «há quem erradamente pense que só se pode exercer a cidadania em benefício dos interesses públicos integrando uma qualquer lista partidárias concorrente às eleições, locais ou nacionais. Eu tenho demonstrado há muitos anos que não é assim».
TRADIÇÃO E A MODERNINDADE -1
Se é citadino, se, de quando em quando, ciranda por estes «trilhos serranos» se ainda não se cansou do uivo solitário deste lobo ibérico em vias de extinção, suba cedinho ao topo da serra do Montemuro e verá levantar-se, lá para os lados da serra da Nave, o Sol num resplendor de cor, de energia e de vida.
E quando esse braseiro de Vulcano tomar altura a iluminar o mundo verá também as velhas muralhas, verá o que resta do Muro que, implantado neste Monte, não se sabe desde quando, deu o nome à serra: monte do muro, mais tarde, Montemuro.
«É FRAQUEZA DESISTIR DE COUSA COMEÇADA»
Luís Camões
Na saga da preservação das fontes e águas públicas perdidas entre silvedos e barrocais, à semelhança da Fonte de Nossa Senhora, no Alto da Lapa, e também a Fonte da Lavandeira, de que já falei em artigos anteriores e vídeos colocados no Youtube, começo esta crónica com as mesma palavras que escrevi sobre a Coluna Secular e o Cruzeiro de Alminhas, à entrada da Sobreira, palavras que levaram à alteração da obra feita e, com isso, à salvaguarda do nosso património material e imaterial histórico. Assim:
Acabei de ler um texto no Facebook cujo autor se lamentava de haver gente que só se lembra dos Bombeiros como da Santa Bárbara: dos Bombeiros quando há fogo e da Santa Bárbara quando troveja. Esse texto não deixou de «bulir» comigo e levou-me a transcrever para aqui parte do capítulo «NA HORA DO RESCLADO» do meu livro «Castro Daire, Os Nossos Bombeiros, A Nossa Música», editado em 2005. Isto para que o autor do texto, escrito num momento muito dramático para as corporações dos soldados da paz, saiba que há quem se lembre dos BOMBEIROS não apenas nos momentos de aflição, pois (em Castro Daire) também há quem tenha consumido anos a estudá-los e a oferecer-lhes «grátis» uma obra que, como foi notório e público na imprensa local, em vez de ser lida, e acarinhada pouco faltou para acabar numa fogueira. Mas isso é «fogos» de outros tempos. Ora façam o favor de ler e calculem as horas, dias e anos dedicados à investigação de uma obra de 500 páginas, assim rematada:
A COERÊNCIA
1 - Em tempo de campanha eleitoral convém ter memória, para lembrar aos candidatos aquilo de que falaram, do que prometeram, do que cumpriram e não cumpriram. E quando memória se não tem, não há outro remédio senão recorrer-se a documentos, artigos e crónicas publicadas ao tempo e assim sermos fieis às ideias e aos factos que se prestam a comentar quatro anos depois. Dito isto, à semelhança do que já fiz trazendo a terreiro a serra do Montemuro como bandeira turística partidária de todos os partidos concorrentes às cadeiras municipais, hoje transcrevo do meu velho site para este novo (actual e activo) parte da minha primeira crónica que teve por assunto principal o PROGRAMA do MIC, que no acto da sua apresentação, no Largo do Coreto, cujo apresentador sintetizou os seus objectivos colocados a seguir entre aspas.
DEBATES ENTRE CANDIDATOS
1-1 - O PRIMEIRO DEBATE
Estive a ouvir com atenção o debate entre o candidato do CDS-PP e do PSD que teve lugar na Rádio Limite, hoje, com início às 19 horas. Felicito o moderador e os candidatos pela forma cordata e civilizada como eles apresentaram as suas ideias para o concelho. Prestei especial atenção ao capítulo da CULTURA e ambos falaram do Grupo de Teatro do Montemuro e, quanto baste, dos grupos folclóricos e das bandas filarmónicas que existem no Município. E por se ficarem por aí, lembrei-me de transcrever algumas palavras que o Presidente da Câmara de Castro Verde (Alentejo) escreveu no editorial de "O Campaniço", o Boletim Municipal daquele concelho, que me é remetido sempre que sai. Assim diz ele: «temos um município que não confunde formação, cultura e educação com foguetório, apitos e flautas».
Claro, que eu penso como ele. A formação, a CULTURA e a educação, não se podem confundir com «FOGUETÓRIO, APITOS E FLAUTAS». Transcrevo estas palavras pois elas vem mesmo a calhar para mostrar o conceito de CULTURA que os dois candidatos apresentaram. Só para reflectirem.
Nota: este texto foi colocado nas páginas do CDS-PP e do PSD, (dos dois candidatos em presença) logo após o término da primeira parte do debate.
DEBATE NA RÁDIO LIMITE
1 - CULTURA
Estive a ouvir com atenção o debate entre o candidato do CDS-PP e do PSD que teve lugar na Rádio Limite, hoje, com início às 19 horas. Felicito o moderador e os candidatos pela forma cordata e civilizada como eles apresentaram as suas ideias para o concelho. Prestei especial atenção ao capítulo da CULTURA e ambos falaram do Grupo de teatro do Montemuro e, quanto baste, dos grupos folclóricos, das bandas filarmónicas que existem no Município. E por se ficarem por aí lembrei-me de transcrever algumas palavras que o Presidente da Câmara de Castro Verde (Alentejo) escreveu no editorial de «O Campaniço», o Boletim Municipal daquele concelho, que me é remetido sempre que sai. Assim diz ele: «temos um município que não confunde formação, cultura e educação com foguetório, apitos e flautas».
Creio ser de inteira justiça repor aqui, na integra, o texto que, em 1997, publiquei no «Notícias de Castro Daire», referente ao bate-chapas, Victor Amando Monteiro dos Santos, vulgarmente conhecido por ZAPA, agora falecido e cujo óbito referi no meu «estado» do facebook, no dia 17 do corrente. Às vezes marginalizado, senão mimosedado com dichotes devido às suas excentricidades, é em memória dele que o faço e também para divulgação do fabuloso poema que ele recitou, servindo-se do martelo e do tais como instrumentos musicais a marcar ritmo do trabalho e da recitação. Assim:
Neste ano de 2013, ano de eleições autárquicas, reportando-me ao entrecruzar de objectivos programáticos dos vários partidos concorrentes às cadeiras dos órgãos municipais e de freguesia, em 8 de Agosto do corrente ano, escrevi o seguinte na minha página do Facebook, com remissão para o meu site:
«(…) como as intenções e objectivos genéricos expressos nos programas se entrecruzam e misturam, à semelhança dos elementos que integram as listas do PSD, do CDS, do PS (em eleições passadas e presentes), seria bom que se aclarassem ideias e valores, já que os partidos políticos, em geral, e em Castro Daire, em particular, deixaram, há muito, de serem instituições agremiadoras de pessoas identificadas com o mesmo ideário político e social, para serem unicamente trampolins de pessoas que deles se servem para atingir os seus fins e interesses pessoais. Depois queixam-se da Democracia Representativa chegar ao que chegou e do descrédito dos políticos».
Há uns anos, por força de integrar uma Associação Recreativa e Cultural concelhia, fui convidado a participar num jantar de aniversário, tal como ouros sócios. Entre eles estavam dois amigos que comigo se sentaram à mesma mesa. Comemoração bem comida e bem regada, nesta, como em todas as festas, os convidados, barriga cheia, vão desaparecendo sorrateiramente e com eles se vai o alarido do convívio, dos odores e efeitos etílicos que preencheram a sala. Eu e os meus dois amigos, ficámos. E notei que, à medida que passava tempo e o tinto mudava de vasilha, aumentava a alegria e a eloquência. Eu destoava claramente do trio. Eles bebiam e falavam e eu somente ouvia. A conversa entre eles variava de assunto para o outro com a rapidez com que uma borboleta se move de flor em flor, resultando daí que muitas dessas conversas não tivessem sentido, nem conclusão. O que não era para admirar!
PERGUNTAR NÃO OFENDE
1 - Tenho lido os textos produzidos pelas candidaturas dos pretendentes às cadeiras do Município. Mas, por razões óbvias, tenho-me focado mais nas palavras de Luís Alberto da Costa Pinto (também conhecido por Aveleira) publicados no desdobrável que me foi metido na caixa do correio e no jornal «Notícias de Castro Daire». Tenho feito isso pela simples razão de, não obstante ele ter sido presidente da Junta da Freguesia de Pinheiro, há uns anos atrás, ter agora emergido nas hostes do partido da chaminé (PSD), que só nas últimas eleições autárquicas, depois de muitos anos à frente do Município, com o Dr. César da Costa Santos, o senhor João Matias e a Engª Eulália Teixeira, à cabeça, viu fugir-lhe o poder para Fernando Carneiro, cabeça da lista do PS.
FONTE DA NOSSA SENHORA – OUTEIRO DA LAPA
No meu livro «Lendas de Cá, Coisas do Além» editado em 2004, escrevi, entre outras, a «Lenda da Nossa Senhora» e refiro o penedo a que ela se ligava, sito no outeiro do alto da Lapa, entre Lamelas e Vila Pouca. Publiquei nesse livro uma foto tirada em 1999, aquela que também aqui publico hoje (foto 1), onde vemos a água a esguichar do penedo, terreno baldio, não muito distante da EN2. Chega-se lá, ainda hoje, a partir desta estrada, por um caminho rural perdido entre pinheiros, silvedos, giestas e mais abundante vegetação natural.
O penedo original com as «covinhas» e as marcas das ferraduras do burrinho (ver vídeo alojado no Youtube com o título «Penedo de NSenhora» em Lamelas) desapareceram.
Foi dinamitado nos anos sessenta do século XX e, em 1999, apresentava ainda o aspecto que mostra esta foto de que sou autor. Mais uns anos passados e a autarquia, a fim de melhor explorar a água como suplemento ao abastecimento domiciliário de Vila Pouca, procedeu à necessária captação e canalização, desde a nascente até ao destino.
Foi aproveitamento de pouca dura. A água foi abandonada e não tardou que os matagais do outeiro, hoje sem a pastorícia de outrora, tudo engolissem, fazendo desaparecer, temporariamente, as obras e a lenda, com as águas a correrem nos canos subterrâneos ou em céu aberto, até se perderem na valeta da EN2.
DE CABO A RABO
Num tempo em que as palavras perdem sentido na boca dos políticos e de alguns eruditos facebookianos, lembrei-me, vejam só, de dois diálogos ocorridos numa loja de ferramentas agrícolas, entre vendedor e clientes.
1 - A GADANHA
Um desses diálogos ocorreu em torno do cabo de uma ganhanha de segar feno, das antigas, cabo de madeira que terminava em bisel, onde a gadanha se lhe unia por meio de um aro metálico mais uma cunha de madeira. Dizia uma senhora, na sua condição de mulher sozinha em casa:
- Compro-lhe este, é jeitosinho, tem um perno à medida de minha mão, mas tem de ir a minha casa encabá-la, que eu sozinha nãofaço isso.
- Está bem, onde é que mora? Eu vou lá encabá-la, mas só o faço a si, pois já viu o que seria de mim, se fosse atender todas as clientes que me pedissem para ir a sua casa encabá-la?
- É um grande favor e só lhe peço isso porque o meu marido está na França, pois se cá estivesse quem a encabava era ele.
2 - A ENXADA
Um outro cliente regateava o preço de uma enxada e, mirando-a daqui e dali, a largura da pá, a medida do olho, qualidade do aço, acabou por dizer ao comerciante:
- Eu levo a enxada por esse preço, mas tem de me dar o rabo.
- Ora essa, dar-lhe o rabo, isso é que não dou.
- Pronto, se não me dá o rabo, fique lá com a enxada. Agrada-me, tem bom olho, mas para que a quero eu, se não me dá o rabo?
O cliente desandou porta fora e comerciante ficou a murmurar:
Dar-lhe o rabo, era o que faltava!
Este comerciante de ferragens e ferramentas agrícolas, com loja aberta em Castro Daire, era um homem espirituoso, sempre pronto a aproveitar e fazer piada com o que "viesse à mão" no quotidiano da vida. Daí, ter-se virado para mim e dizer-me:
- Já visto isto? Aquela mulher, com o marido em França, pediu-me para eu ir a casa dela encabá-la. Este agora, queria que eu lhe desse o rabo. Se isto continua assim, vou mas é mudar o ramo de negócio.
Não mudou, não senhores. Aposentou-se fazendo piada com os ditos, com as expressões genuínas e sãs, saídas da boca da gente simples do campo, mais preocupa em ter ferramentas boas e seguras para granjearem o pão, do que com a polissemia das palavras. Isso é para gramáticos e linguistas que, sabendo de cor todas as parónimas, antónimas e sinónimas, não sabem o que é uma gadanha, um engaço e uma enxada. Em boa verdade não sabem, nem sonham, o que é lavrar um campo de semeadura da cabo a rabo. Isso é para políticos que somam leis e mais leis a esmifrar impostos de rabo a cabo. Nisto, é tudo a eito. Comem todos.
É por tudo isso que me agrada passar a letra redonda estes dois diálogos, ocorridos numa vila rural, e mostrar a pobreza e a riqueza da língua, ora na boca dos eruditos, ora na boca dos simples.
Abílio/2013