Trilhos Serranos

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quarta, 08 abril 2015 08:45

ANONYMOUS VERSUS ANÓNIMOS

Escrito por 

25 DE ABRIL

Aproximando-se mais umaniversário do 25 de Abril, resolvi colocar neste meu espaço um texto que alojei no Facebook em 29-04-2014. Aquilo que escrevi há um ano continua a ter actualidade, pois o ANONIMATO é a toca onde se mete todo o cagão armado em valente, sendo que alguns Valentes se chamarão.

Não é a primeira vez que trago aqui o tema dos "anónimos", essa escumalha que, beneficiando da liberdade de expressão trazida com o 25 de Abril, se compraz a dizer mal de tão significativo dia histórico e das pessoas envolvidas nele. E, como se isso não chegasse, sem se darem, ao que parece, pela contradição em que caem (tal é o seu discernimento sobre os assuntos que abordam) debitam saberes e opiniões sobre tudo e todos, mas sem assumirem a responsabilidade de porem o seu nome nos textos que escrevem. E alguns disfarçam-se de mulheres (lá saberão, no seu íntimo, a feminilidade que têm dentro de si) e colocam nomes falsos, mas assumirem a responsabilidade do que dizem "é o tanas". Abrem blogs com títulos pomposos, o "Conde de...", o "Condado de...", "O Patriota...", "O Príncipe..." "O Rei Ninguém", mas logo se cansam de os manter activos. É que "comunicar" RESPONSAVELMENTE dá trabalho e é preciso ter algum "fósforo" nos miolos. Mais fácil é mandar bitaites, baboseiras anónimas nos espaços anónimos e irresponsáveis que se dispõem a isso. Aqui se consubstancia cabalmente o adágio popular: "diz-me com quem andas e eu te direi quem és".

Vem tudo isto a propósito do título em epígrafe: a diferença entre os "anonymous" que ultimamente vieram a terreiro, e estes de que vos falo. Os "anonymos", esses que entraram nos ficheiros do MP, não só mostram "capacidades" técnicas dignas de admirar por qualquer cidadão comum que preza a luz da inteligência, mas também não têm como alvo as "pessoas" enquanto indivíduos sociais. O seu alvo são as instituições. E o que disseram, emergindo à superfície do mar de podridão e corrupção em que temos vivido, é o que pensa a generalidade dos cidadãos portugueses. Sim digam-me cá, qual o cidadão que se não identifica com o texto que eles deixaram como justificação do "arrombamento" das portas do "edifício" que assaltaram?


"Isto é o descontentamento pela vossa inércia e cooperação com os marginais que tem levado Portugal a uma pobreza maior que 40 anos".

Não sei se a afirmação corresponde inteiramente à verdade. Duvido até que todos os magistrados caibam no mesmo saco. Mas quem assim fala, preto no branco, quem entrou nos ficheiros secretos, terá informações de sobra para assim proceder.  Vamos esperar pelo resultado da investigação, mas seria para mim uma desilusão, tremenda desilusão, que aquelas figuras da MÁSCARA (tão conhecida) se deixassem apanhar facilmente e deixassem de marcar a diferença entre "anonymous" e "anónimos".





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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.