Trilhos Serranos

TROPA, 2

JURAMENTO. Repare-se como ele começa. "Eu foão" (não é gralha, nem engano) é tão só o "F..." que chegou às minutas das nossas repartições, a iniciar qualquer documento. Lembram-se? Aí vai:

A TROPA, 1

Nesta página de militares para militares, com a aceitação civilizada de nela colaborarem alguns civis, entre os quais me conto, na sequência de uma extensa crónica que publiquei no meu site sobre a NOBREZA DE MÕES (Castro Daire)  na qual menciono o CAPITÃO-MOR daquela vila, não pude deixar de reler os "Regimentos Militares" Tomo II, Lisboa, 1797, nos quais me veio à lembrança expressão "topa-fandanga"  que, de quando em vez, o meu pai, lá na aldeia, usava para caracterizar algo desorganizado. O que não acontecia, seguramente, com as tropas que gastaram as solas na região de Tete e noutras terras de Moçambique.

MÉDICO
1 - Desde que, em 2010, fiz o DVD com o título "Um testemunho de vida", com 50 minutos de duração, relativo ao médico, Dr. Jorge Ferreira Pinto, que a minha consciência me acusava de algo em falta.
Nesse DVD, com entrevista direta (tanto em imagem como em áudio) classifico o Dr. Jorge como sendo o último JOÃO SEMANA que, acabada a Universidade, nos meados do século XX, se veio fixar em Castro Daire e por cá ficou até hoje.

HISTÓRIA VIVA

Na crónica anterior aludi ao estatuto social e funções desempenhadas por D. Henrique de Azevedo Faro Noronha e Menezes: «moço fidalgo», «fidalgo da Casa Real», «juiz de fora em Mirandela», «Governador Geral em Beja» durante o «Governo Liberal», deixando em aberto e ao raciocínio do leitor que a vida não era fácil até para a «nobreza» do Reino. Basta só ter em atenção as distâncias e os meios de transporte.

MEMÓRIAS VIVAS

De currículo académico e profissional disponíveis na Internet, nele está omissa  (por desnecessária) uma das tarefas que mais gostei de fazer na vida e durante a qual, a bem dizer, me tornei conhecedor dos REALIZADORES e PROTAGONISTAS das "fitas" (uso de propósito a palavra) exibidas nas salas de cinema, nos anos 60 do século XX. Fossem elas importadas da América, de França, da Itália, da Austrália, da índia e por aí fora. Não vou dizer nomes, pois longa e fastidiosa seria a lista. Mas direi que a diversidade cinematográfica a que eu estava habituado em Moçambique (onde não havia televisão) desapareceu do meu campo de visão, apetência e gosto, com a  exclusividade dos filmes americanos corridos na nossa RTP, quando era única e mesmo depois de  haver já outros canais, aqui, em Portugal. Vá lá, ultimamente a RTP1, em alguns domingos consecutivos, lá me levou novamente à India, permitindo-me apreciar aquelas coleantes dançarinas, desde os pés às pontas dos dedos das mãos, acompanhadas daquelas lânguidas e intermináveis canções, tão grandes como o país que é quase um continente. Chegou até mim aquele inconfundível odor a sândalo a que me habituei durante anos. Hei de voltar a eles, quando falar na CASA DAS BEIRAS em Lourenço Marques, onde fui membro da Direção e, em mandato nosso,  acoplámos ao solar da sede, uma sala de cinema, construída de raiz.