Trilhos Serranos

In “PICADAS DE TETE” em 13-04-2015

Que me lembre, todos os anos uma CANHONEIRA movida por uma máquina a vapor, força motriz transmitida à rodas munidas de palas a servir de hélices, metade dessas rodas mergulhada na água e outra metade fora dela (numas embarcações, colocadas lateralmente, noutras à ré) semelhantemente aquelas que se vêem nos filmes americanos a subir ou a descer o Mississipi, que me lembre, dizia eu, a cidade de TETE descia anualmente junto ao rio Zambeze a ver passar ou atracar a CANHONEIRA. 

PROFISSÕES E FERRAMENTAS

Neste meu afã de estudar o passado e trazer à luz dos tempos atuais algumas profissões antigas, certas delas já extintas, bem como as ferramentas usadas por esses mestres de ofício, sempre no sentido de enaltecer a imaginação e criatividade usadas pelo homem na luta pela sobrevivência, depois da crónica que deixei neste meu espaço sobre a profissão de AMOLADOR DE TESOURAS  e outras FERRAMENTAS DE CORTE e da ARTE da fazer uma SEBE de carro de vacas, com vimes entrançados, em Cotelo, chegou a vez de fazer um vídeo e, através do YOUTUBE mostrar ao mundo uma ferramenta, o “ZIC-ZAC”, cujo nome lhe advém da função exercida nas mãos daqueles profissionais que, de aldeia em aldeia, ofereciam os seus préstimos e saberes, no conserto de louça rachada ou partida - pratos, malgas e penicos - bem como “guarda-sóis” e outros utensílios domésticos.

O GOSTO DE COMUNICAR

 Este gosto de comunicar por escrito (ou oralmente)  sem ser jornalista encartado, nem ser usurpador de funções, nasce com a pessoa. Não é um simples documento passado pela mais prestigiada instituição que leva ao exercício da cidadania e nos empurra para a “notícia” ou para o evento digno dela. Algumas pessoas ligadas à imprensa conheço eu (coitados) que, à falta desse instinto natural, não veem, nem noticiam o que de importante ou insólito lhes passa à frente do nariz. Têm «carteira», mas não têm “faro”.

NARRATIVA VIVIDA

Hoje, num encontro inesperado, o meu amigo de liceu, em Lourenço Marques, Juiz Desembargador, Pedro dos Santos Gonçalves Antunes, natural de Figueiró dos Vinhos, fez questão de me apresentar pessoalmente um ancião com 91 anos de idade, de seu nome António Marques Boavida, mecânico de profissão, que passou a vida dentro de um fato macaco com as mãos pintalgadas de óleo e de ferrugem.

FUNERAL DE JOÃO DE VASCONCELHOS, NO GAFANHÃO

Foi esta expressão de Virgílio Ferreira, escrita no seu livro “APARIÇÃO”, que me ocorreu para título e começo deste registo escrito e audiovisual, alojado aqui, neste espaço e também  no Youtube.