Trilhos Serranos

TRÉNS, CARRETAS E DILIGÊNCIAS

Tendo estado a falar dos TRANSPORTES RODOVIÁRIOS, em Castro Daire e como  já falei da EMPRESA GUEDES e da «GARAGE CLEMENTE» que antecedeu aquela na fita do tempo, neste meu andar «ócêtrás», isto é,  relatar a história no sentido inverso da ocorrència dos factos que lhe dão corpo,  mal andaria se, falando dos transportes MOTORIZADOS, apagasse aqueles que os precederam durante séculos e séculos. Aqueles onde os animais, nomeadamente, bois, vacas, cavalos, machos, mulas e jericos tiveram um papel relevante, enquanto companheiros do homem no trabalho e no entretenimento.

Vou socorrer-me, também aqui, do que já deixei escrito no meu livro «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura», editado em 1995. E aqui se aplica também a letra da canção: “eu vim de longe, de muito longe...e o queceu andei para aqui chegar”.

Eis, pois, o que deixei escrito nesse livro, sem as ilustrações que hoje aqui trago, todas elas registadas poeteriormente. É que, nesse tempo (1995, ontem mesmo) não se manipulava a IMAGEM com a facilidade que fazem hoje as crianças e os adultos através da tecnologia dedilhada, polegares incluídos. Assim:

JOSÉ CLEMENTE DA COSTA

Há dias, por razões amplamente descritas e filmadas, regressei ao ano de 1933, para dar a conhecer (ou a lembrar) aos curiosos e estudiosos, o nascimento da EMPRESA GUEDES, uma espécie de BILHETE DE IDENTIDADE do concelho de Castro Daire. E basta atentar nos COMENTÁRIOS feitos pelos meus amigos, relativos ao texto e ao vídeo publicados, para concluirmos da EMPATIA dos castrenses que se manteve para aquém do fim da empresa,  enquanto MARCA CONCELHIA.

Mas mal andaria o HISTORIADOR se não recuasse a muitos anos antes e deixasse oculta a EMPRESA DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS que, NO FIO DO TEMPO,  antecedeu a GUEDES.. É trabalho que não me custa nada a fazer, pois ele feito ficou em 1995, no meu livro “Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura”, editado pela Câmara Municipal, há muito esgotado.

Ora, como manipulo, com alguma agilidade, as novas tecnologias, é só fazer “COPY/PASTE”, (copiar-me a mim próprio) e extrair do livro a matéria suficiente sobre o assunto, ilustrano-a, agora, com fotos que, na altura, não foram inclusas nas suas páginas. Faço-o hoje retirando-as do livro com o título A Vida de José Clemente da Costa», cujo autor é José Mário Clemente da Costa, familiar seu que, em boa hora, coligiu as imagens que eu aqui reproduzo, exceto o anúncio publicitário da inauguração da Carreira, em 1914, que extraí do jornal «A União» que, então, se publicava na vila de Castro Daire. Assim:

OS MEUS «TRILHOS SERRANOS»

Foi no longínquo ano de 2004 que subi ao espaço etéreo da INTERNET, ao comando da nave “TRILHOS-SERRANOS”, um site pessoal com o “LAYOUT” e conteúdos que se mantêm disponíveis -  espaço histórico - pois, entretanto, por razões a que fui alheio, tive de mudar de nave à qual dei o mesmo nome, só diferenciado na sua extensão terminal..

O DEVER DO HISTORIADOR

Em 1958, com 18 anos de idade, saí de Castro Daire a caminho de Viseu, viajando na EMPRESA GUEDES. Nela viajei várias vezes, ida e volta, mesmo quando, malas feitas, só ida, fui apanhar o comboio a Viseu com destino a Lisboa e dali, metido no “Pátria”, rumei a Moçambique.

O “Pátria” levou da Pátria um castrense solteiro, mas ele à Pátria regressou em 1976, “casado e professor” Professor que desempenhou até se aposentar, conciliando a docência dom a investigação da HISTÓRIA LOCAL. Retornado de Moçambique fui colocado em Castro Verde e, alguns anos depois, retornei a Castro Daire, o meu concelho de origem. Foi no ano letivo de 1983/84.

A VERDADE É COMO O AZEITE VEM SEMPRE AO DE CIMA

A vida não anda a correr muito bem para certos “reinóis de taifas” desta nossa «República, católica, apostólica, romana».  Eu comecei a falar deles no meu livro “Julgamento”, editado em 2000. Já decorreram, portanto,   DEZANOVE   anos. E a atestar isso mesmo, aqui deixo o «fac simile» de uma página integral (p.135) desse meu livro, início do capítulo com o título “SONHO”. Era mesmo um sonho...