Trilhos Serranos

CASTRO DAIRE - COMÉRCIO TRADICIONAL

Arreigado ao princípio de que «todo o povo sem memória é um povo sem história» de há uns anos a esta parte que dou por mim a recolher e a preservar livros e jornais antigos, esfarrapados, ratados, manuscritos legíveis e ilegíveis, fotos debotadas, artefactos ferrugentos e manetas que no passado eram escorreitos e sãos, cheios de vida e que vida da comunidade concelhia não dispensava. Atavismo meu que parece não tingir a sensibilidade dos responsáveis pelo nosso Museu Municipal, ao ponto do Prof. Hermano Saraiva dizer o que disse no seu programa televisivo sobre Castro Daire: «pobre, muito pobre»!

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CASTRO DAIRE - COMÉRCIO TRADICIONAL NA VILA - 1

Refiro-me às lojas comerciais sitas na vila de Castro Daire que vêm de tempos idos e cujos comerciantes, autênticos heróis que, neste tempo de globalização, resistem à lógica comercial das «grandes superfícies», continuam a manter com os seus clientes uma relação de afecto e de atendimento personalizado.

JOGO ETERNO

Tenho filmado e divulgado no mundo, mais do que uma vez, através do You Tube, o meu gado alado, neste meu trato camponês e rude. Sãos os melros e os pardais que, livres da minha fisga, no meu quintal, no meu telhado e beirais da casa, se acoita e se abriga. Mas esse gado alado, tão paciente e poeticamente cantado, ingrato tem sido para comigo, pois, fazendo poleiro dos peitoris das janelas e portadas resolveram deixá-las pintadas com pintura de que não gosto. E pensei: “não me passais a perna”. Pode ser pintura moderna, digna de exigente galeria urbana, exposta noite e dia, em Belém, mas não é qualquer pássarão sacana que, por bem, faz tela do peitoril da minha janela e das grades do meu portão. Ai pois não! E se tal bicharada não se pisga, se continua assim, outro remédio não resta a mim, senão ativar novamente a fisga.

A VIDA

Recentemente fiz eco, em vídeo alojado no Youtube e Facebook, da visita inesperada de um gafanhoto que se passeava sobre um dicionário e outros suportes de saber pousados num móvel doméstico.

Peguei na câmara de filmar (repórter é assim mesmo) e pus a mão a jeito, por forma a que ele, nestas suas deambulações domésticas, subisse para os meus dedos. E assim aconteceu. Mas, dispondo-se ele a mordiscar um deles, sacudi instintivamente a mão e ele perdeu-se, invisível, num qualquer canto do compartimento. E em vão foram as diligências que seguidamente fiz para encontrá-lo. Desisti.

O ÚLTIMO MOICANO

No dia 16 de junho p.p., a propósito da última viatura histórica que restou da frota que foi da EMPRESA GUEDES, de Castro Daire,  escrevi uma extensa crónica que publiquei no meu site “Trilhos Serranos”,e, bem assim, um elucidativo vídeo alojado no Youtuve, a que dei o título “O ÚLTIMO DOS MOICANOS”. Eis um excerto: