Trilhos Serranos

O HOMEM E O MEIO

Em 17 de novembro, p.p., fazendo uso o meu mural do Facebook (O FACEBOOK É UMA LIÇÃO) publiquei a cópia digitalizada do REGISTO DE ENTRADA na cadeia comarcã de Castro Daire de um jovem de 18 anos de idade, agricultor, natural dos Braços de Cá, “filho natural de Eufémia Ferreira” (v.g. “filho ilegítimo”) e, subsequentemente, lancei o DESAFIO aos meus amigos facebookeanos para, baseados nos dados lançados nesse registo, atentos aos “averbamentos” de repetidas “entradas” e correspondentes “saídas” deixados na margem direita da folha, darem continuidade a uma narrativa a que eu próprio dei início, assim:

ENCRUZILHADAS DA VIDA


Passeando-me, há anos, por todo o concelho de Castro Daire em trabalho de investigação, isso me permitiu falar com muita gente e ampliar os meus conhecimentos sobre a nossa terra e as nossas gentes. Conheci e falei com pessoas de diferentes níveis etários e de escolaridade. Algumas dessas pessoas dispensavam-me a “apresentação”. Quando eu me dispunha a fazê-lo antecipavam-se e diziam-me: “eu conheço-o do jornal e leio o que lá escreve”. Outros, para surpresa minha, não faziam a mínima ideia deste “bicho-careta”. Não liam o jornal nem lidavam com as História e com as Letras e edições locais.

REFLEXÕES

Presumo não haver serrano nato, calcorreador de montes e brenhas montemuranas, a guardar gados ou à caça, que não saiba distinguir uma “urgueira” de uma “giesta”, um “tojo” de um “codesso” e que, mesmo empiricamente, ignore o substantivo coletivo de cada um desses arbustos: um urgueiral, um giestal, um tojal e um codessal.

NA COSTA ORIENTAL DA ÁFRICA

Já há tempos, neste meu espaço, me reportei a um amigo e colega de estudos, lá nas longínquas costas banhadas pelo Índico. Era natural de Britiande, Lamego e os ares nortenhos que ambos respirámos por estas bandas, deram o seu contributo à nossa aproximação de companheirismo na luta que travávamos no campo da HISTÓRIA.

O MEU ASSOBIO

Creio não haver palmo de chão nos montes que rodeiam CUJÓ onde não estejam gravadas as notas do meu assobio labial. Menino ainda, tal como tantos outros meninos, cedo fui incumbido de levar os gados para os montes a comer matos e a beber nas fontes. Se havia companhia por perto era certo o jogo da malha, da carreirinha, do rebolo ou da cochina, ou outra brincadeira de canalha amiga e, às vezes, também briga.