Trilhos Serranos

O MUNDO SE VAI ASSIM

Semelhantemente às “CONVERSAS EM ANDAMENTO” que vou fazendo em vídeo, enquanto, a pé posto, por aqui ando e, a meu gosto, escrevo, falo e penso, se bem meço o espaço que separa o princípio do fim, a metro, à cancha ou a passo,  vejo o princípio do fim da picada. A velho cheguei e os calos e o suor de corpo e alma deixei pelos campos que cavei, pelos caminhos que pisei, direitos e tortos, veredas de encantos e desenganos a falar com gente, com animais, árvores, todos os seres vivos e mortos ao natural e nos livros.

MELHORAMENTOS LOCAIS

Mesmo com a experiência viva de haver por cá «investigadores“ que se aproveitam das fontes que cito nos meus textos, para aparecerem aos olhos do público como sendo eles a queimar as pestanas a descobri-las e a debruçar-se sobre elas, delas retirando a informação necessária à elaboração de HISTÓRIA séria, nem por isso deixo de cumprir a básica regra académica e científica: citá-las, identificá-las, por forma a que todo o investigador sério das «CIÊNCIAS SOCIAIS» possa confirmar e valorizar a honestidade que ponho em tudo quanto faço, sem a “atitude do chico-esperto” que, identificada a fonte depois de uma laboriosa investigação, recorre, pelo telefone,  à solicitação de fotocópias tiradas dos documentos originais, omitindo a os «trilhos» que seguiu para dar «ares de originalidade» nos trabalhos que publica.

GENTE NOBRE

Na busca de anúncios publicitários que me informassem sobre os fotógrafos existentes em Castro Daire, feitos nos jornais antigos que engrossam o meu espólio, encontrei no jornal “O Paiva” n. 23, de 3 de abril de 1890, de que era editor João Pereira Batista de Almeida e proprietária a afirma “Lemos & Almeida”. Um texto deveras interessante.

GEOGRAFIA SENTIMENTAL

Em 15 de junho de 2017, num apontamento crítico que fiz a um livro do meu amigo escritor Dr. Manuel de Lima Bastos, publicado nos meu site “trilhos serranos”, deixei o retalho que se segue, envolvendo Aquilino Ribeiro e Manuel da Fonseca. Trago a terreiro essa mancheia de letras, ceifadas assim, à maneira de ratinho que, de seitora curvada sobre ombro, desce até às ondulantes searas alentejanas, a propósito do livro que acabei de ler recentemente da autoria do meu amigo JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO, a que já me reportei, sem contudo, dizer tudo. Dizer o que merece ser dito, já que nesse meu escrito ficou omisso. Lá chegaremos. Por agora, esse tal respigo:

ESCRITA EM MOVIMENTO 

Os cinéfilos sentam-se, acomodam-se nas cadeiras postas em anfiteatro, olhos postos no ecrã. Aguardam somente que o projecionista ponha a bobine a rodar, que aproxime os eletródios, que o arco voltaico projete a luz sobre a transparência da fita e, no grande retângulo apareçam as imagens de cartaz. Começou.