CUJÓ – OS FERREIROS
A relação estreita entre a agricultura, a indístira e o comércio, bem como a tríade «terra, homens e animais» nasceram há cerca de 7.000 anos, no NEOLÍTICO, com a sedentarização dos primitivos povos, até aí nómadas, RECOLETORES, dependentes dos frutos sazonais.
Cujó, aldeia serrana e beiroa que vivia essencialmente da agricultura e da pastorícia, enquanto comunidade agro-pastoril, na sua luta pela sobrevivência, teve de deitar mão aos recursos, às invenções e técnicas que vinham de lugares e de tempos idos.
E é assim que a aldeia, em meados do século XX, se pode considerar, praticamente, auto-suficiente no que respeita aos mesteirais, mesmo que, nenhum deles, exercesse a profissão a tempo inteiro. Temos lá os ferreiros, carpinteiros, pedreiros, tamanqueiros, alfaiates e sapateiros e, até, quando chegou o relógio mecânico a substituir a «meridiana» de madeira e bússola, apareceu, regressado do Brasil, o relojoeiro.