Trilhos Serranos

GENTE DA TERRA - JOAQUIM GUEDES

Mexer nos ARQUIVOS onde constam os nomes das NOSSAS TERRAS e das NOSSAS GENTES, é o mesmo que dar substância à expressão popular “as palavras são como as cerejas”, ou, na versão moderna muito bem escolhida e integrada no título de um livro seu, pelo meu amigo e Dr. Paulo Andrade, as palavras e as memórias são como um “Molho de Vides”, puxa-se uma e vem pegada logo outra.

O mesmo sucedeu com esta série de APONTAMENTOS ligados à “COMEMERAÇÃO DOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL”.

25 DE ABRIL DE 1974 “CINQUENTA ANOS DEPOIS” 2024 (4)

 

O nome do Professor JOÃO GONÇALVES SEVIVAS tornou-se-me familiar a partir de 1961. Foi ele que, na qualidade de Adjunto do Delegado  Escolar, manuscreveu e assinou o CERTIFICAFO comprovativo de eu ter feito o exame de SEGUNDO GRAUQUARTA CLASSE)  na ESCOLA PRIMÁRIA DE CASTRO DAIRE, (Escola António Serrado) no ano de 1950, ali, onde se deslocavam todo as crianças do concelho para atestarem esse grau de escolaridade.  Porquê, então, ser ele a passar um documento com a data 1961, a atestar um facto de teve lugar tantos anos antes?

RIOS PAIVÓ E PAIVA - UMA DUPLA  ICÓNICA

Desde o meu retomo ao concelho de origem, em 1983/1984, depois de alguns anos de vida a olhar largos horizontes, seja em terras de África - Moçambique - seja no Alentejo, mal cheguei a Castro Daire, vila encravada entre montes, com os rios Paivó e Paiva a seus pés, logo me dei conta da ligação de trabalho e de lazer que os habitantes do burgo vilão tinham com aquele espaço entre os dois rios, a montante da Ponte Pedrinha.

GENTE DA TERRA E FORA DELA

Nos dois apontamentos anteriores dedicados a este tema, o primeiro a discorrer sobre os PARTIDOS MÉDICOS, sublinhando o “qui pro quo” que envolveu o vogal da novel COMISSÃO ADMINISTRATIVA PROVISÓRIA, Dr. Jorge de Melo Ferreira Pinto e o Chefe da Secretaria da Câmara, João Guerra Cerdeira, e  o segundo, envolvendo essa  mesma COMISSÃO ADMINISTRATIVA que se recusava a assinar as CONTAS apresentadas pelo mesmo Chefe de Secretaria.

Deixei sublinhada a animosidade patente entre os intervenientes, animosidade que exalava dos documentos produzidos e dos apelos feitos superiormente por João Guerra Cerdeira, a fim de poder levar a “Carta a Garcia” no desempenho das suas funções. Para o seu bom sucesso até lembrou ter sido “uns dos primeiros subscritores do MUD, juntamente com o seu amigo Augusto de Almeida Pinto” e que o seu filho  «Tenente do Quadro Ativo das Forças Armadas, Manuel Guerra Cerdeira» juntamente com «o capitão Bento, comandou a Força que tomou a T.V. na Histórica Jornada da Madrugada de 25 de Abril”, não sendo seu desejo “por qualquer forma, entrar em conflito com a Comissão».

NOS TRILHOS DA DESCOBERTA

O meu colega de profissão e de empenhadas lides na busca de “saberes passados”, ocultos em arquivos mortos ou arquivos oscilantes e vivos em memórias orais de enciclopédias bípedes, andantes, ALTINO MOREIRA CARDOSO, fez-me chegar, como oferta, através de mão amiga, o seu último livro, com o título “O HOMEM E A OBRA” e subtítulo “BIO-BIBLIOGRAFIA”, editado neste ano de 2024.