SEM TÍTULO
Nesta grande cidade de velho e novo casario que, pelo rio, viu partir Portugal inteiro para as Índias, Áfricas e Brasis, como se diz, para outros mundos... cidade capital de muitas igrejas, capelas, cúpulas, torreões e mais o castelo, coração da antiga cidadela, eu, solitário e sonâmbulo aldeão, não encontro nenhum encanto nos cantos e recantos no chão dela. Por avenidas, quelhos, ruas e ruelas me passeio, por elas passo o tempo a deambular e nelas vejo, de braço dado, ranho e asseio. E, nesta minha deambulação, todos os dias leio as repetidas páginas do livro que, neste meu mutismo, pelas avenidas, ruas e ruelas folheio.