Trilhos Serranos

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Logo que foram sabidos os resultados das últimas «ELEIÇÕES LEGISLATIVAS» apressei-me a colocar mo meu mural do FACEBOOK e também no mural onde se fala de LITERATURA E POESIA, (cujo administrador me tem dado a liberdade de ali deixar os meus desabafos cívicos, políticos  e culturais) uma versalhada alusiva ao evento e, neste momento de «perda» para o PARTIDO, entendi reiterar publicamente o campo ideológico em que me situo, apesar de ter abandonado, há muito tempo, por moto próprio, o APARELHO PARTIDÁRIO. E fazê-lo numa situação de VITÓRIA, essa minha atitude, seria, seguramente, entendida como oportunismo de ocasião, coisa que sempre combati e por isso mesmo saí do PARTIDO com a explicação dada no jornal  «Notícias de Castro Daire» a qual me dispenso de aqui repetir.

VELHA GUARDA

Pela via do costume, isto é, pela vitrina das “QUATRO ESQUINAS”, soube, hoje mesmo, dia 11 de março de 2024, do falecimento e fim de duas pessoas da minha estima. Uma, não fazia parte dos meus amigos de convivência diária, o Senhor  JOÃO AUGUSTO d'OLIVEIRA (mais conhecido por João da Adelaidinha), mas outro foi meu colega na Escola Preparatória, Prof. José Augusto dos Santos Ferreira, e posso garantir que éramos reciprocamente amigos.

TRANSUMÂNCIA

 A HISTÓRIA é uma planta que não pega de ESTACA. Tém raízes nos factos e nos documentos que a sustentam e lhe dão viço e autenticidade. E muito mal andam aqueles que pensam o contrário. Pois  mesmo que a “COISA” (com interesses disfarçados ou não) pegue e se mostre VIÇOSA  por algum tempo, está condenada a secar e a morrer por não ter sustentação real e verdadeira. Falta-lhe o chão e o húmus naturais, autênticos e próprios. Refiro-me ,concretamente, à “transumância” que os rebanhos da Serra da Estrela faziam para o Montemuro, passando pela vila Castro Daire, nos tempos em que a economia assentava no «SETOR PRIMÁRIO». Já falei disso em escritos anteriores, transcrevendo parte do manuscrito das “Memórias Paroquiais” de 1758, assinadas pelo Pároco de Ester.

ECOS QUE VÊM DE LONGE

 As mandas, demandas e bolandas feitas para se arranjar uma AMA DE LEITE que satisfaça as «conveniências» do empregador. Decorre o ano de 1871 e duas amigas, uma a viver em Castro Daire e outra em Lamego trocam correspondência acerca disso. Sem respeito pela «grafia» manuscrita, mas sim pela grafia atualmente em voga, qui deixo as duas cartas assinadas por Leopoldina Guedes, a senhora de Lamego que se mostrava muito grata com a sua amiga de Castro Daire.

SEM TÍTULO

Nesta grande cidade de velho e novo casario que, pelo rio, viu partir Portugal inteiro para as Índias, Áfricas e Brasis, como se diz, para outros mundos... cidade capital de muitas igrejas, capelas, cúpulas, torreões e mais o castelo, coração da antiga cidadela,  eu, solitário e sonâmbulo aldeão, não encontro nenhum encanto nos cantos e recantos no chão dela. Por avenidas, quelhos, ruas e ruelas me passeio, por elas passo o tempo a deambular e nelas vejo, de braço dado, ranho e asseio. E, nesta minha deambulação, todos os dias leio as repetidas páginas do livro que, neste meu mutismo, pelas avenidas, ruas e ruelas folheio.