Trilhos Serranos

O meu amigo pessoal e virtual no Facebook, Albino Poças, lembrou-se de trazer ao seu mural a questão da TRANSUMÂNCIA ligada à serra do Montemuro. Foi à Internet, fez pesquisa e, por esse meio, procurou dar o seu contributo ao conhecimento do fenómeno que durou séculos e que o tempo, qual cordel onde se estende a história humana, a sua economia, organização política e social, etc, deu por finda na década de 90 do século XX.
Baseando-se em material recolhido naquele «mare magnum» de informação, alude ao fenómeno histórico da deslocação dos gados em todos os tempos e lugares, para se centrar na transumância dos gados da Serra da Estrela para o Montemuro e vice-versa, acompanhados dos seus pastores e dos seus cães.


Diana, era o nome dela
Perdigueira, híbrida raça
E em tantos anos de caça
Nunca tive melhor cadela

Tomei conhecimento de que a Junta da «União de Freguesias de Mamouros, Alva, Ribolhos» resolveu comemorar os «500 ANOS DO FORAL DE ALVA» dado por D. Manuel I, em 10 de Fevereiro de 1514.
Eu, que ando metido nestas coisas da HISTÓRIA LOCAL há muitos anos e que, sem qualquer interesse oculto (antes pelo contrário) fui um dos seus apoiantes públicos nas últimas eleições autárquicas, não podia deixar de felicitá-la pelo evento e, à minha maneira, dar-lhe o meu contributo «pro bono»,  isto é, elaborar um texto relacionado com ele, sem onerar num cêntimo os cofres da autarquia. Faço-o e digo-o por dever de cidadania e travar, desde logo, as más-línguas que, no âmbito destas coisas concelhias de interesse comum, só deslizam muito bem nos carris dos interesses pessoais, de família ou de amigos.

«Regozija-te pois, ó mancebo, na tua mocidade, e viva em alegria a teu coração na flor dos teus anos, e anda conforme as caminhos do teu coração e segundo os desejos em que põem a mira as teus olhos; mas sabe que Deus te fará ir a Juízo para dar conta de todas estas coisas». (Eclesiastes, XI, 9.) 

TOPÓNIMO

1 - Célio Rolinho Pires, o autor do livro «Na Rota das Pedras» (2011), mostra-nos que aos pés de um par de campas, sitas na zona que ele estudou, (distrito da Guarda) se encontra o nome do deus «ARYS», ou «ARES», dito deus dos Lusitanos