DEVER DO HISTORIADOR
Recebi agora mesmo um ALERTA GOOGLE com uma notícia do JORNAL DO CENTRO informando-me do evento local dito TRANSUMÂNCIA promovido pela Câmara Municipal. E o jornal cumpre o seu dever de informar. Para isso existe. Só que, desde o princípio, eu tenho do conceito TANSUMÂNCIA o real sentido histórico e já deixei o meu pensamento em texto e em vídeo. Não pensava voltar ao assunto, mas cá vai:
Em 2015 dei-me ao trabalho de fazer o VÍDEO que se segue, alojado no Youtube. Ele é um documento histórico. Um pergaminho INFORMATIVO e FORMATIVO. E o HISTORIADOR que se preza de sê-lo, jamais, poderá dar o seu assentimento à deturpação da REALIDADE HISTÓRICA.
Os dicionários, dos mais simples ao mais elaborados, DIGITAIS e ANALÓGICOS, explicam o significado da palavra TRANSUMÂNCIA. Os jornalistas (pelo menos esses) deviam saber isso. Não vou substitui-me a qualquer deles. Sou professor APOSENTADO, mas não DESMEMORIADO. Mas sempre direi que adulterar o seu significado, quer na forma, quer no conteúdo, é travestir a PALAVRA com roupagem que nunca foi sua. E historiador PROBO não vai aí.
Mas já iria se essa designação fosse substituída pela “FESTA DO PASTOR”. O “PASTOR” (com subsídios ou sem eles) merece ter o seu dia, merece ter a sua FESTA. E para fazer isso, para lhe prestarem uma HOMENAGEM anual e reconhecer o valor do seu custoso (nada folclórico) “desempenho profissional” não é necessário recorrer a CONCEITOS e ACTIVIDADES que o tempo engoliu.
A HISTÓRIA É UM CASO SÉRIO. E neste caso, como outros, amplamente divulgados, não dou o flanco. ANTES SÓ, DO QUE MAL ACOMPANHADO.
O tempo tem-me dado razão. Eu dou-me bem com Fernand Braudel e os seus conceitos de história de curta, media e longa duração. Pelo que ciente estou de não haver MOIRAL, nem REBADÃO que tenham LONGA DURAÇÃO. Digo isto em 2019, (DOIS MIL E DEZANOVE) tal como o diria quando saí da FACULDADE.