Trilhos Serranos

Chamaram-lhe um ESCÂNDALO, um PRETO, um JOGADOR DE FUTEBOL, um HOMEM COM SAIA e até um LADRÃO a fugir do templo, depois de praticar um assalto. Tolo. Com duas janelas ao lado e atravessou a parede sem a esbarrondar. Um milagre, por certo.

Já disseram quase tudo sobre a novel ESCULTURA de JOSÉ LUIS LOUREIRO posta no rosto da sacristia da IGREJA MATRIZ DE CASTRO DAIRE.

AS COISAS E AS GENTES

De há uns tempos para cá, tenho interrompido o telejornal das 20 horas, levanto-me do sofá, desligo a televisão e dou corda aos chinelos até Farejinhas, passando a ponte do rio Paivó, aquele que nasce no Monte dos Testos (Cervela) arredores da Relva (Monteiras),  desagua no Paiva, este no Douro que vai banhar-se no Atlântico, a caldeira que liga continentes e gentes.

IGREJA MATRIZ DE CASTRO DAIRE

Em perfeita consonância com o PAPA FRANCISCO, que é o desejo de ver uma IGREJA CRISTÃ renovada, mais “APOSTÓLICA E MENOS CLERICAL”, um iluminado escultor castrense, PROFESSOR, de seu nome completo JOSÉ LUIS LOUREIRO, congeminou e fundiu em bronze a IMAGEM de um S. PEDRO remoçado, o jovem pescador, diferente daquele S. PEDRO que os crentes se habituaram a ver nos altares e nos andores em dias de procissão, um ancião, de barbas desgrenhadas e chaves na mão.

A ARTE

Não. Pespegado ali, assim mesmo, na parede frontal da Sacristia da Igreja Matriz de Castro Daire, em postura claramente oratória, não, não é Santo António a «pregar aos peixes». Quem se lembra de tal peça oratória escrita e da metáfora nela desenvolvida, pelo Padre António Vieira? Eu a lembro, aqui e agora, recorrendo à forma mais simples, disponível a toda a gente. O GOOGLE: