Trilhos Serranos

 “O ÚLTIMO DOS MOICANOS”

Após publicação dos vídeos e do texto que fiz sobre a OSSADA que restou de um TEIXO que existiu em LAMELAS DE LÁ, essa árvore mítica e sagrada dos Celtas, tão «amada quanto odiada» que virou altar cristão de Santa Bárbara, a grande defensora contra as trovoadas, recebi, via MESSENGER, algumas fotografias vindas de “BARRÔ LAMELAS”(identificação facebookiana) sem qualquer nota explicativa.

Face à gentileza e cedência de tão precioso material fotográfico, ignorando eu a verdadeira identidade do remetente, apressei-me a agradecer-lhe pela mesma via, tal qual se mostra nos “prints” ao lado, cujo texto reproduzo para melhor leitura:

DOCUMENTOS HISTÓRICOS

Uma pessoa amiga, de Folgosa, o Mário, sabendo-me apreciador de documentos antigos, papéis manuscritos ou impressos, objetos utilitários, vários, saídos da inteligência humana para a humanidade servirem, ofereceu-me um GASÓMETRO MINEIRO  (e doméstico) num estado lastimável. Na rodela metálica do “registo” enroscado na parte superior, depois de limpa, ainda consegui ler a marca “DOCAM” e a chancela da firma CAMPOS & CORREIA”.

 

Devido à falta de papel que se tem notado no país, facto de que se queixaram todas as tipografias (por notícias veiculadas nas televisões, rádios e jornais) foi difícil o parto do meu último livro “Pegadas Minhas”, que jazia no prelo há um par de meses. Mas, graças aos esforços da ÉDEN GRÁFICO S.A. DE VISEU no sentido de satisfazer os compromissos assumidos e simpatia da senhora D. Cristina Costa e do senhor João Pousa, a primeira, chamando a si as responsabilidades burocráticas e o segundo a função de compositor gráfico (em teletrabalho e tudo), aos dois se deve ele já estar à venda na PAPELARIA MONTEMURO, em Castro Daire.

 

SURPRESAS DE AMIGOS

Como é notório e público, a minha falecida esposa, MAFALDA DA BRITO MATOS LANÇA CARVALHO,  era natural de Castro Verde, monte das Fontainhas, e ambos lecionámos naquela vila alentejana e também na cidade de Beja. Lecionámos e investigámos sobre a HISTÓRIA LOCAL, desde 1976 a 1983/84, ano letivo em que retornei ao meu concelho de origem. A minha esposa fá-lo-ia no ano seguinte.

Ambos deixámos naquelas terras as nossas pegadas e, para além dos familiares diretos (tias, tios, primas e primos) julgo termos deixado também alguns amigos.  e De dois deles me chegou agora a SURPRESA que dá conteúdo a este apontamento.


 MEMÓRIAS MINHAS

Como bem me lembro! Lá, na minha aldeia de Cujó, povoação iluminada apenas e somente com a luz do sol, da lua e das estrelas, semelhantemente às demais aldeias serranos, nesses anos 50 do século XX (onde iam os históricos tempos medievais?)  sendo eu menino, o meu pai, como já escrevi em longo texto, braço estendido, dedo apontado à luminosa e larga ESTRADA DE SANTIAGO (a Via Látea), à Ursa Maior, Ursa Menor, seguir a cauda desta última e dizer: «olhem bem, aquela estrelinha que remata o rabo da Ursa é a estrela norte».