Trilhos Serranos

A ECONOMIA, OS AFECTOS, AS PESSOAS E OS  POVOS

Para este NONO APONTAMENTO sobre a ESTRADA NACIONAL Nº 2  (a futura ROTA TURÍSTICA NACIONAL, ou como lhe queiram chamarescolhi a minha ida para Viseu, em 1958, com 18 anos de idade. Já aludi à minha ida a Lamego, dois anos antes, na companhia de um burro com umas cangalhas em cima, ESTRADA NACIONAL N. 2, abaixo eacima, buscar 40 litros de TRATOL para alimentar o motor LISTER que fazia girar a moagem do meu pai. 


A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS

Este é o "oitavo apontamento", melhor diria, o "oitavo andamento" que aqui deixo sobre a «ESTRADA NACIONAL N. 2», aquela (cujo percurso atravessa Portugal de lés a lés, no sentido longitudinal)  que tem para mim um profundo significado histórico e  humano de tal modo vivenciado que me dispensa de compará-la à mítica Route 66 nos EUA.

O NOSSO PATRIMÓNIO E OS SEUS TRATOS

Classificado «monumento nacional» por decreto nº 23.122 de 11-10-1933, (Alberto Correia, in «Castro Daire, Roteiro Turístico»,1987), o Pelourinho de Alva, vá lá saber-se quando, por quê e por quem, foi retirado do lugar público arejado onde se encontrava,  deixando de ser o símbolo da JUSTIÇA e da MUNICIPALIDADE, para ser metido num  curral a servir de suporte a uma trave de sobrado, numa casa em Souto de Alva. Prisioneiro e condenado a viver no escuro (nos pelourinhos, antes deles passaram à fase simbólica da Justiça, eram presos e expostos os delinquentes sociais,ao ar livre, em plena luz do dia) ali permaneceu durante décadas no escuro até ao momento em que foi resgatado v.g. no p.p. dia 22-11-2016.

A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS

Tenho vindo a referir as minhas relações afetivas e utilitárias com esta rodovia que, ao longo de séculos, não só mudou de nome, mas também, aqui ou além, foi sujeita a acrescentos e pequenos desvios nos seus elos de ligação ao seu longo percurso CHAVES-FARO.

Artéria principal a rasgar o país de cabo a rabo, os topógrafos modernos, com toda a parafernália de equipamentos ligados à profissão, nunca se desviaram muito das linhas traçadas pelos romanos que, cosendo a Península Ibérica nas mais diversas direções, deram substância à expressão "todos os caminhos vão dar a Roma"  com a qual abri o  QUINTO APONTAMENTO.

A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS

No último apontamento mostrei a minha relação afetiva com esta via rodoviária que liga Portugal de lés a lés no sentido longitudinal: CHAVES-FARO. Referi os quilómetros que, há anos, rodei sobre ela vencendo a distância que separa Castro Verde/Castro Daire e vice-versa, ao volante da minha carrinha Citroen Dyane. Ilustrei o texto com uma foto  tirada num momento de pausa, à sombra de um sobreiro no Alentejo. Eram os meus filhos mais bebés do que são hoje os filhos deles: os meus netos.