Trilhos Serranos

MESINHA DE CENTRO

Era uma peça de arte feita em pau preto, estilo indo-português. Tampo inteiriço, oitavado, na parte superior tinha desenhos em alto relevo lavrados por anónimo mas exímio artista no manejo da goiva, do formão e das ferramentas cortantes afins. 

Na parte inferior tinha um rebordo saliente para encaixar e para manter firmes as oito faces laterais rendilhadas. Cada uma tinha cerca de 50 centímetros de altura e 20 de largura. Eram faces articuladas e, retirado que fosse o tampo, elas dobravam-se sobre si próprias, assumindo uma forma plana de fácil acomodação e transporte.

MEMÓRIAS E DOCUMENTOS

É óbvio que os meus amigos (pouco atreitos às futilidades facebookianas diárias) sabedores e atentos «ao dito» e «não dito», repararam que ao título destas duas crónicas  «QUARENTA ANOS DE PODER LOCAL» falta o apêndice «DEMOCRÁTICO». Não se tratou de um lapso meu. A questão é que, por força dos preceitos constitucionais e leis deles decorrentes, ainda que o «PODER» tenha sido devolvido ao «POVO» através das eleições, «PODERES LOCAIS» houve (e há) que de «DEMOCRÁTICO» têm apenas a forma como foram atingidos. E claro está que não me refiro exclusivamente às «AUTARQUIAS». A «DEMOCRACIA» e a forma de chegar ao PODER alargou-se a muitas outras instituições nacionais. E creio todos hoje saberem quanto «compadrio», «clientelismo», «nepotismo»  e outros «ismos» enxameiam o país inteiro a coberto de eleições,  passados que são QUARENTA ANOS de «DEMOCRACIA REPRESENTATIVA». E ninguém ignora também  o grau de «CIDADANIA» refletido na «abstenção» verificada em cada ato eleitoral, v.g. eleições europeias, legislativas, autárquicas e demais instituições existentes.

MEMÓRIAS E DOCUMENTOS

Há dias, proveniente da ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE, assinado pela sua digníssima  "Presidenta", Maria Fernanda Coelho do Espírito Santo,  recebi um CONVITE para estar presente na «SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL EVOCATIVA DOS 40 ANOS DO PODER LOCAL DEMOCRÁTICO», a realizar-se no dia 12 p.f., CONVITE esse que se deveu, não só ao facto de eu ter integrado aquele órgão autárquico como membro eleito nas lista do PARTIDO SOCIALISTA, mas também e certamente, porque, durante alguns anos, exerci a profissão de professor naquele concelho, onde deixei familiares e amigos.

A ECONOMIA, OS AFECTOS, AS PESSOAS E OS POVOS

Nesta saga que me propus a rodar no asfalto da ESTRADA NACIONAL N. 2, integro hoje a minha última viagem a Lisboa, em carro próprio. 

A ECONOMIA, OS AFECTOS, AS PESSOAS E OS POVOS

Já demonstrei sobejamente (com textos e com fotografias) a minha relação afetiva e utilitária com a  ESTRADA NACIONAL N. 2 (e suas derivações) desde os 16 anos de idade, até aos 77  (idade que tenho), seja de carro, de mota  ou pedibus calcantibus. Às vezes com a FAMÍLIA INTEIRA (mulher e filhos), outras vezes com parte dela e, ultimamente, o mais das vezes, SOZINHO.