Trilhos Serranos

HISTÓRIA VIVA

Póvoa do Montemuro é uma aldeia aninhada na encosta sul da serra de que tomou o nome, lá quase no topo, não longe das Portas.

ENSINO À DISTÂNCIA

Passou-se algum tempo sem eu ter "novas" do meu ex-professor e saudoso MESTRE DR. Francisco Cristóvão Ricardo. Foi, portanto, com grande alegria e proveito que recebi na minha caixa do correio, um "Olá, Abílio, há muito que não nos "vemos", para me penitenciar deste silêncio, envio-lhe o meu último "passatempo", em anexo, um abraço". 

E sabem qual era o anexo? Qual era o passatempo a que ele alude? Tirando as figuras que o ilustram (que fui buscar ao GOOGE) e os sublinhados a negrito que são da minha lavra, para melhor destaque, era a lição que vos deixo, aqui, tal qual, para cada um de vós ajuizar por si, se é exagero meu, tratá-lo por MESTRE. É-o e, seguramente, assim será até ao fim dos meus dias. Já tenho 78 anos de idade. Olhem só para isto!

HISTÓRIA VIVA

Eis o último lanço da jornada. O sétimo, simbólico e sacramental número este. Nele cabe dizer que do matrimónio de António Pereira Amador com Líbia Cândida de Jesus (no casamento:, dita Silva) realizado em 1879, 4 anos depois do nascimento de  Florinda Correia, filha de Felismina de Jesus, nasceu a seguinte prole:

HISTÓRIA VIVA

Sabido isto, cientes de que António Pereira Amador era uma pessoa estimada na vila de Castro Daire ao ponto de, em 1908, ser acompanhado à sepultura pela gente grada do burgo e a sua urna ser acompanhada e coberta com as mais diversas coroas de flores (nativas e exóticas) e, bem assim, digno de tão laudatório elogio fúnebre publicado no jornal local «A Voz do Paiva"» difícil é compreender que ele não tenha perfilhado a filha Florinda, concebida com Felismina de Jesus antes do seu casamento com Líbia Cândida de Jesus, já que, a fazer fé na  narrativa oral e nas relações amistosas entre todos os membros da família Amador, nomeadamente as filhas legítimas, Ema e Dulce que sempre consideraram Florinda sua irmã e, ainda, dois filhos da Ema, como já referi antes, seus netos,  terem aceitado ser padrinhos de batismo de dois bisnetos de Cujó, assumidamente primos, sabido tudo isto, dizia,  não era de esperar que, nesta narrativa oral autêntica, eu não visse em António Pereira Amador,  o  «cavaleiro de bela figura"»  o meu bisavô paterno, omisso, como tal, e pelas razões que apontei no princípio deste retorno ao passado, nos cartórios tabeliónicos da época.

HISTORIA VIVA

Neste meu incansável calcorrear os trilhos serranos investigando a História Local (factos políticos, cultura, usos, costumes e gentes) tropecei numa notícia publicada no jornal «A Voz do Paiva» nº de 22 de novembro de 1908, anunciando o falecimento de ANTÓNIO PEREIRA AMADOR, seguida de um extenso elogio fúnebre assinado por Camilo José de Carvalho. Reproduzi-lo-ei mais adiante, mas, antes disso, direi que, sabendo-me eu ligado à FAMÍLIA AMADOR por parte da minha avó paterna, cujo nascimento e infância não estavam muitos bem esclarecidos na história familiar, li a notícia com avidez, sem contudo dela extrair algo que preenchesse os hiatos existentes. Retive a informação e, quando anos mais tarde, vim a saber que o meu primo Amadeu Duarte  Pereira  andava a tentar fazer a ÁRVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA,  sugeri-lhe que investigasse as origens e vida desse cidadão por me parecer que ele teria algo a ver connosco, pois tratando-se de um marceneiro com excecionais «aptidões artísticas», o associei imediatamente ao nosso tio José Tereso, nascido no Brasil, que revelava iguais «aptidões» e bem podia transportar consigo os genes do falecido. Eu explico melhor.