Trilhos Serranos

CASTRO DAIRE - PONTOS DE VISTA: AS GRAVURAS DO CÔA

30-07-2010 12:55:35

Passados 15 anos depois de tanto alarido sobre as gravuras do Côa, aí temos prontinho, inaugurado, hoje, dia 30 de Julho de 2010, o «Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa».

CAÇA - O VALOR DA FISGA

Nos meus trilhos da investigação, mira posta nas fontes de conhecimento, manuscritas e impressas, quando lecionava na Escola Preparatória de Castro Verde, assestei pontaria num documento  existente no arquivos da Câmara Municipal (um livro de atas) relativo ao ano de 1680.

A folhas tantas surgiu-me o registo de uma Postura Municipal reportada ao “ROL DOS PARDAIS”. Claro que, ávido de conhecimento, tal como o caçador disposto a saborear a peça em que põe a mira, não larguei o gatilho até chegar ao fim da leitura.

LEBRE É SEMPRE LEBRE.

Um «par do reino» (leia-se do território deste Clube) onde me considero enfiteuta isento de foros, esse «par do reino», dizia, dedicado a estas coisas da caça (quer coleccionando bibliografia, apetrechos atinentes a este desporto e informações que enriqueçam o seu espólio, olhando aos meus cabelos brancos, tem a gentileza de me perguntar, de quando em vez, algo sobre a minha experiência nestas andanças de «corta léguas» através de montes, serras e vales, nomeadamente, naquelas que dão corpo orográfico, cor e forma, ao relevo que rodeia o Montemuro e a Nave (na Beira Alta), às quais se soma a peneplanície alentejana, na zona de Castro Verde e Mértola.

LEBRE É SEMPRE LEBRE (2)

Num apontamento anterior com o título em epígrafe referi o episódio que me sugeriu o encontro que, nos anos 90, tive com duas lebres, ali, na serra da Nave, arredores de Carapito, Moimenta da Beira, aquelas que se me furtaram à pontaria, decidindo que eu prosseguisse a caçada sem o trabalho de as carregar à cinta ou dobradas no alforje que o meu colete tinha a toda a largura no fundo das costas.

VINHO E PRESUNTO

Serra da Nave. Arredores de Carapito, Moimenta da Beira. Anos 90 do século XX. Carro estacionado à beira do caminho, no acesso inclinado para um lameiro, abancámos no muro de vedação fronteiro. Mesa posta, farnel exposto pela parede adiante, parou junto de nós um Mercedes vermelho e o condutor, também caçador, cumprimentou-nos e fez a costumeira pergunta: “como vai isso? A manhã, correu bem?”.