Trilhos Serranos

OLHAR E VER

Na parte sul do concelho de Castro Daire levanta-se o monte de S. Lourenço. Na vertente sul/poente desse monte,  quase aconchegada ao topo, alapa-se, soalheira, a aldeia de Casais do Monte, topónimo que lhe adveio, seguramente, do sítio onde nasceu.

Em todo o cimo, o afloramento rochoso que da terra sai crispado, laminado, cortante, lembra as barbatanas dorsais de um monstro adormecido, há séculos, nas margens do rio Paiva. Em cima duma dessas barbatanas, a rematar a cota 929, um marco geodésico. Miradouro natural, olhando à distância e seguindo o movimento dos ponteiros de um relógio, desde o norte ao poente, temos a serra do Montemuro, a serra de  Santa Helena, da Nave, da Lapa, da Estrela, do Caramulo e da Gralheira.

RITUAIS E PRAXES
O FACEBOOK É UMA LIÇÃO

No dia 10 do corrente coloquei no meu site "trilhos-serranos.pt" algumas reflexões sobre o topónimo "Castro Daire" e ali refiro que, os Lusitanos, segundo Estrabão, comiam essencialmente «cabritos e sacrificam a ARES um bode" e bode ou porco parece ser o quadrúpede esculpido na ARA votiva encontrada na antiga ponte Pedrinha, quando, em1877/78, foi demolida para dar lugar à que actualmente existe.

HISTÓRIA EDIFICANTE

Feita em 1954, digamos que a um “ai” dos anos da “independência da freguesia” verificada em 1949/1951 (civil e religiosa), o tio Domingos Pereira Vaz caprichou na sua feitura. E ela aí está para honra sua e orgulho nosso. Desconheço a madeira utilizada, mas que as suas mãos, manejando as ferramentas de carpinteiro/marceneiro, serrotes, plainas, formões, goivas e martelos, compassos e esquadros, projetaram, em talha, as suas geniais ideias, crenças, pensamentos e afetos, é verdade.

EMIGREM

O meu mestre de Português e de Latim, Dr. Francisco Cristóvão Ricardo, a residir no Algarve, invernoso de anos, mas primaveril de raciocínio, continua a prendar-me com pérolas escritas,  “críticas” eivadas de cidadania atenta e humana, tal qual se segue. Texto a remeter para o tempo que o inspirou, eis uma verdade incontroversa, vivida em todo o tempo, por isso aqui a publico:

 VALOR E SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS

Todos aqueles que viram o meu vídeo feito recentemente sobre a IGREJA MATRIZ de Cujó, (DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO alojado no Youtube) que mereceu os elogiosos comentários de António Martinho Santos Teixeira, natural da terra, a residir nos arredores de Viseu, Bártolo Ferreira, natural de Mões, a residir em Lisboa, e Nuro Carvalho, natural de Lourenco Marques, a residir nos arredores de Lisboa, todos se deram conta, certamente, de que referindo-me eu, pormenorizadamente, a quase todos os elementos presentes na narrativa, passei, como “gato por brasas”, sobre o arranjo vegetalista que ornamenta o frontispício da torre, não sem que o tivesse filmado devidamente e, assim, mostrado ao mundo. Nem podia deixar de ser.