O “CAROCHAS”
Década 60 do século XX. Um professor. Um pedagogo. Um cientista, docente no “Externato Marques Agostinho”, em Lourenço Marques, Moçambique. Ali, no Largo “Heróis de Mocava”, largo em forma de “U”, de boca aberta para a Avenida Pinheiro Chagas, toda ela uma reta urbana com cerca de 5 Km de ponta a ponta. Ali, naquela cidade das acácias, poleiro certo e seguro de centenas de cigarras, sempre ocupadas na sua estridente, mas nunca irritante, cigarrela. Cigarras, uma orquestra de violas, violinos e guitarras, maestrinas à disposição do passante, em tempo constante, noite e dia, naquela terra distante onde deixei anos de vida.
NOSSAS TERRAS E NOSSAS GENTES
No dia 10 de fevereiro de 2017, num texto que escrevi e coloquei “on line”, neste meu espaço, deixei o parágrafo que se segue:
“Lá mais ao fundo, as Covelinhas (=Santa Margarida, como demonstrei em estudo específico) e a seguir os Mortolgos, nome próximo de "MORTÓRIO=FOGO MORTO" que significa "casal desabitado, reduzido a matos e sem cultura", tudo a lembrar o abandono e a MORTE, sítios a recordarem a grande batalha ocorrida naquele monte onde se levantou um cruzeiro gigante, em 1940”.
Referia-me ao MONTE DA CABEÇA sobranceiro a Lamelas, aos Braços e não muito longe de Vila Pouca.
ÇEDILHA
Escrever “çedilha” com a dita
É um erro flagrante
Escrever “força” sem cedilha
Não é coisa semelhante
Nem é coisa bonita,
É enforcar num instante
O burro, a albarda e a “çilha”.
Escrever “çedilha” com a dita
É um erro flagrante
Escrever “força” sem cedilha
Não é coisa semelhante
Nem é coisa bonita,
É enforcar num instante
O burro, a albarda e a “çilha”.