HISTÓRIA VIVA
Sabido isto, cientes de que António Pereira Amador era uma pessoa estimada na vila de Castro Daire ao ponto de, em 1908, ser acompanhado à sepultura pela gente grada do burgo e a sua urna ser acompanhada e coberta com as mais diversas coroas de flores (nativas e exóticas) e, bem assim, digno de tão laudatório elogio fúnebre publicado no jornal local «A Voz do Paiva"» difícil é compreender que ele não tenha perfilhado a filha Florinda, concebida com Felismina de Jesus antes do seu casamento com Líbia Cândida de Jesus, já que, a fazer fé na narrativa oral e nas relações amistosas entre todos os membros da família Amador, nomeadamente as filhas legítimas, Ema e Dulce que sempre consideraram Florinda sua irmã e, ainda, dois filhos da Ema, como já referi antes, seus netos, terem aceitado ser padrinhos de batismo de dois bisnetos de Cujó, assumidamente primos, sabido tudo isto, dizia, não era de esperar que, nesta narrativa oral autêntica, eu não visse em António Pereira Amador, o «cavaleiro de bela figura"» o meu bisavô paterno, omisso, como tal, e pelas razões que apontei no princípio deste retorno ao passado, nos cartórios tabeliónicos da época.