Trilhos Serranos

CRUZADOS, PATACOS E REIS

Iniciado nos estudos da ARQUEOLOGIA pelo Professor António Cavaleiro Paixão, na Faculdade de Letras de Lourenço Marques, durante as exploração que fizemos numa estação PALEOTÍTICA no sítio do MASSINGIR, que ficaria submerso logo que enchesse a barragem que então ali se estava a construir, ficaram-me na memória as técnicas dessa “ciência” e os artefactos que enriquecem o espólio pré-histórico daquela Universidade. E também os quilómetros de estrada que separam aquele sítio de Lourenço Marques, percorridos destemidamente sozinho, durante a noite, metido no meu carro IZUZU BELET.  Zona de fauna selvagem e estradas de terra batida, ao ponto do carro ter mudado de cor ao fim do percurso. Os quilómetros andados, deixo-os para os curiosos e aventureiros que se metam a corrê-los nos mapas da Internet. Isto para memória dos meus filhos e netos, quando um dia, puserem os olhos naquele território e poderem dizer: “o meu avô esteve e passou por aqui”.

O VALOR DA HISTÓRIA

Ontem, um programa que vi na televisão, cerca das 21 horas (já não sei em que canal, nem estou para ir confirmar), levou-me até TRESMINAS (Trás-os-Montes), sítio de exploração de ouro levada a cabopelos romanos durante o seu domínio territorial.

APRENDIZAGEM

Com 81 anos de idade, eu posso dizer que passei muitos deles a APRENDER e outros a ENSINAR e APRENDER simultaneamente.

E como professor, não raro fui surpreendido com certas “tiradas” de alguns dos meus alunos, capazes de me fazerem reformular a pergunta sobre a matéria programada, ou mesmo mudar o plano de aula e seguir pelo caminho sugerido e mais conveniente ao bom aproveitamento da aula.

ERMIDA DO PAIVA

Creio ser corrente, hoje em dia, o uso dos NÚMEROS para, através deles, sejam produto de sondagens científicas, sejam simples recolha de opiniões, tomarmos conhecimento (bem ou mal)  da realidade política, económica, sociológica, cultural, etecetra, coisa e tal.

Foi na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa que fui iniciado na “MATEMATIZAÇÃO DO REAL”, conhecimento que devo ao PROFESSOR JOAQUIM BARRADAS DE CARVALHO, o mesmo que, na cadeira que regia, a fim de melhor se entender a caminhada humana na sua trajetória histórica, sublinhava, vezes sem conta, a HISTÓRIA DAS MANTALIDADES e a NOVA UTENSILAGEM MENTAL advinda da difusão do ALGARISMO. A si se deve o artigo com esta entrada no DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL.

PROFESSOR É PROFESSOR

Dois dias depois de eu ter feito 81 anos de idade, caiu-me na minha caixa do correio eletrónico um texto remetido por um SENHOR que tive a honra e o orgulho de ter como PROFESSOR de LATIM, de PORTUGUÊS GRAMATICAL e de LITERATURA PORTUGUESA. Vivo, e de boa saúde, dá pelo nome de FRANCISCO CRISTÓVÃO RICARDO e não tenho o desplante de lhe perguntar a sua idade.