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segunda, 22 junho 2020 11:56

MATEMATIZAÇÃO DO REAL

Escrito por 

ERMIDA DO PAIVA

Creio ser corrente, hoje em dia, o uso dos NÚMEROS para, através deles, sejam produto de sondagens científicas, sejam simples recolha de opiniões, tomarmos conhecimento (bem ou mal)  da realidade política, económica, sociológica, cultural, etecetra, coisa e tal.

Foi na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa que fui iniciado na “MATEMATIZAÇÃO DO REAL”, conhecimento que devo ao PROFESSOR JOAQUIM BARRADAS DE CARVALHO, o mesmo que, na cadeira que regia, a fim de melhor se entender a caminhada humana na sua trajetória histórica, sublinhava, vezes sem conta, a HISTÓRIA DAS MANTALIDADES e a NOVA UTENSILAGEM MENTAL advinda da difusão do ALGARISMO. A si se deve o artigo com esta entrada no DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL.

Esculturaa

O seu exaustivo estudo incidiu sobre a NUMERAÇÃO ROMANA e NUMERAÇÃO ÁRABE usadas nas obras ligadas a EXPANSÃO PORTUGUESA. E depois de muito ler e investigar concluiu que o ALGARISMO foi usado, em percentagens mais elevadas na LITERATURA DE VIAGEM do que nos textos produzidos na Corte, por exemplo João de Barros e outros. Isto é, foram os cronistas embarcados e demais “homens práticos” do mar que optaram pelo uso mais frequente do ALGARISMO, diferentemente dos cronistas da CORTE que continuaram a usar preferencialmente a NUMERAÇÃO ROMANA, vinda da Idade Média.

A opção desses cronistas e “homens práticos” não foi uma coisa de somenos, nestes trilhos do homem sobre o GLOBO TERRESTRE e a perceção que ele passou a ter do mundo. A difusão do ALGARISMO seria um contributo decisivo à evolução de todas as ciências conexas. As operações aritméticas tornaram-se muito mais fáceis e, nessa linha de aplicação, também a física quantitativa. Ele serviu de trampolim para a humanidade dar um salto em frente em vários ramos de saber e com ele chegarmos aos tempos de hoje.

Mas, porque carga de água, perguntar-me-ão, eu boto mão aos números, e me ponho para aqui a somar à maneira da ESCOLA PRIMÁRIA, neste tempo das novas tecnologias, neste tempo de navegação nas AUTOS ESTRADAS DO CONHECIMENTO? O que me fez lembrar a MATEMATIZAÇÃO DO REAL e as aulas desse PROFESSOR, cujo curriculum académico está disponível no GOOGLE e eu me honro de o ler e citar aqui?

Fi-lo para, através dos números, melhor entrar no CAMPO ARQUEOLÓGICO DO PENSAMENTO castrense, pensamento revelado nos procedimentos que as pessoas vão tendo sobre a COISA PÚBLICA, nomeadamente nos quantificáveis LIKES e/ou GOSTOS deixados nas páginas do FACEBOOK, face às “postagens” que ali vão deslizando a cada momento, basta para tanto, ser ágil nos polegares e fazer correr a folha para baixo ou para cima. Não importa ser lerdo de raciocínio ou pouco atreito a ler e pensar, já que o pensar e o ler dá trabalho e cansa.

gostosDito isto, nesta minha saga de provar que o “FACEBOOK É UMA LIÇÃO”, pelo muito que nele aprendo a navegar neste “mare magnum” democrático, onde, como já disse noutras postagens, coabitam pacificamente a FUTILIDADE e o COMENTÁRIO elaborado e fundamentado, fruto de investigação e estudo, atento que estou à «espuma dos dias» e às ONDAS desse mar, eis-me de vela içada e disposto a subir ao mastro, soltar a vela e atracar num porto que muito bem conheço “de visu” e de estudo, a saber: o MOSTEIRO DA ERMIDA.

No dia 18 de junho foi prantada no DIÁRIO DE BORDO um conjunto de 15 fotos ligadas a esse monumento. A primeira, com destaque, mostra-nos a escultua humana lavrada num modilhão da cornija, um homem nu, com cabeça de ET e um volumoso par de tomates. As restantes mostram-nos várias peças arquitetónicas, das quais eu possuo fotos antes das chuvas ácidas nelas terem deixado mossa. É que nestas coisas da História e do património há sempre quem chegue primeiro. E não fica mal a quem chega depois, reconhecê-lo.p, bem pelo contrário.  Essa «postagem, como se mostra ao lado, hoje, dia 22, às 10,15 contava com 21 GOSTOS e nomes.

Mal aportei nesse cais, e vi a afluência de tantos passageiros, olhei em redor e, parecendo-me que o timoneiro do barco ignorava tudo o mais que, HÁ ANOS,  se conhece - via Internet -  desse porto  de chegada, dei-me ao trabalho de associar os estudos e reflexões disponíveis online, pelo que me foi muito fácil anexar os links que mais abaixo se repõesm, destinados aos curiosos e estudiosos nesta matéria de marinhagem e esteja interessado em aplicar no seu estudo a MATEMATIZAÇÃO DO REAL, acima evocada por mim. Será uma maneira de, através de NÚMEROS, entrar no CAMPO ARQUEOLÓGICO DO PENSAMENTO e, espaço devidamente esquadrinhado á superfície,  pá, picareto, crivo, peneira e pincél em ação, começar a escavar e, de estrato em estrato, ir ao fundo de estudo, ou ficar-se feliz e contente pelo o “achado” que surgiu no primeiro “estrato” escavado, v.g. o estrato à flor do solo. Ora vejam-se os links que colei no espaço destinado aos COMENTÃRIOS: 

 

1 - Abílio Pereira de Carvalho 

 https://youtu.be/Sz0PC8GtL4c

 http://www.trilhos-serranos.pt/.../410-ermida-do-paiva-6...

 

2- YOUTUBE.COM - ERMIDA DO PAIVA MODILHÃO ·  

Abílio Pereira de Carvalho   http://www.trilhos-serranos.pt/.../410-ermida-do-paiva-6...

TRILHOS-SERRANOS.PT - ERMIDA DO PAIVA -6

3 - ERMIDA DO PAIVA -6

Abílio Pereira de Carvalho   https://apha.pt/wp.../uploads/boletim2/ErmidaDoPaiva.pdf

4 -  Abílio Pereira de Carvalho       

5 - Abílio Pereira de Carvalho  https://youtu.be/9JY-D6x4tXY

YOUTUBE.COM

Mosteiro da Ermida.mpg

Mosteiro da Ermida.mpg

6 - Abílio Pereira de Carvalho  Pois. Vício meu, não me ficar pela SUPERFICIALIDADE DA HISTÓRIA. E à medida que pesquiso na INTERNET dou, de surpresa, com ”tesouros” lapidados por mim e que já tinha esquecido. Aqui os reponho, para quem goste de SABER.

       

7 - Margarida Rocha

 8 - Abílio Pereira de Carvalho  E vai mais outro TESOURO  http://www.trilhos-serranos.pt/.../397-siglas-da-ermida...

TRILHOS-SERRANOS.PT -SIGLAS DA ERMIDA DO PAIVA

9 - SIGLAS DA ERMIDA DO PAIVA

Ermida-edifícioPosto isto, como me orgulho de ter sido PROFESSOR a quem o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO reconheceu alguns méritos, atribuindo-me a classificação de EXCELENTE publicada no DIÁRIO DA REPÚBLICA (não foi propriamente no jornal da caserna) eu não podia passar adiante sem deixar para a posteridade mais este texto. Mais um  DOCUMENTO, cujos NÚMEROS (refletidos nos LIKS e GOSTOS) são a prova irrefutável do PENSAR e AGIR daqueles facebookianos que se deram ao trabalho de olharem e verem o que por cá, pelo concelho, se vai pensando e fazendo sobre HISTÓRIA e PATRIMÓNIO.

Que mais não seja, que alguém, no FUTURO, reflita sobre as preocupações deste cidadão com NOME e ROSTO  que, amando a sua terra, tem passado muito do seu tempo a investigar e a divulgar o nosso património histórico e a dar ROSTO e NOME às nossas TERRAS e NOSSAS GENTES, quer em texto escrito, quer em vídeo. 

Sendo que, face aos dados numéricos aqui deixados, sobre as competências e apetências culturais  desse grupo  consumidor dos conteúdos facebookianos, se recuássemos ao tempo da Monarquia ou, melhor dizendo, ao tempo de Camões, face ao exposto, bem colado e bem a propósito ficava aqui o desalento do poeta:: «um fraco rei, faz fraca a forte gente».



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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.