Trilhos Serranos

ENCONTROS INESPERADOS

Já contei aqui o meu inesperado encontro com o nosso conterrâneo, Adérito Duarte, numa sala de aula no Externato Marques Agostinho, em Lourenço Marques e aludi à minha surpreendente surpresa. Ele professor e eu aluno.

Mas outro encontro inesperado me esperava, lá, nessas terras distantes. E nem imaginam a reação emotiva que, tão longe da nossa terra, significam encontros desses. É como se fossemos todos da mesma família.

ELEIÇÕES

No dia 03/11/2020 postei no mural do meu Facebook a versalhada que se segue ilustrada com um daqueles canários de barrete, tipo rufia de bairro ou líder de gang. Assim

«NO MINÉRIO TRABALHAVA, TRABALHAVA, TODOS GANHAVAM, SÓ EU NÃO GANHAVA NADA»

O COMENTÁRIO feito ontem pelo conterrâneo SALVADOR relativo ao meu “post” com o título “ESGOTOU-SE O FILÃO”, referindo os últimos volframistas de Cujó que lá pelo ESPINHACELO esgravatavam a vida, nomeadamente o tio LAUREANO, o tio JOÃO CAMELITO, o tio ARTUR e os MADALENAS”, comentário a que eu respondi dizendo que também me lembrava deles, acrescentando que “no meu juízo, eram pessoas humildes, mas sérias”, faz-me voltar a eles por deles reter traços comportamentais dignos de nota, para a gente nova. Assim:

HOMEGAGEM AOS MESTRES DO MALHO E BIGORNA

 Nas CINCO crónicas que escrevi e publiquei, NESTE SITE, sobre a ARTE FORJADA, em “HOMENAGEM AOS MESTRES DA FORJA, DO MALHO E DA BIGORNA”, arte que ainda resta nas janelas e varandas do casario que se estende ao longo da ESTRADA NACIONAL Nº 2, no troço urbano da nossa vila, pode ler-se numa delas:

 “SETE PÃES”

Apesar de estar avisado pelo PROFESSOR DOUTOR Moisés Espírito Santo (sociólogo, etnógrafo e etnólogo) através do alerta por ele deixado no  “Ensaio Sobre a Toponímia Antiga”, colado ao seu livro “Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa”, editado em 1988, onde diz que “para a compreensão dos nomes exigem-se conhecimentos e métodos minuciosos ligados ao trabalho de terreno e sobretudo a atenção para valores que escapam a outros profissionais. Descobrir a significação desses nomes é penetrar na lógica do “batismo dos sítios”: quais o sítios e quem lhes atribuiu o nome; a funcionalidade desses nomes; a relação dialética entre os nomes, os sítios e as pessoas que neles moram; o critério da atribuição de um nome e não de outro, as resistências à evolução ou ao desaparecimento dos nomes antigos, etc” (pp 255/256), defensor que sou da preservação dos TOPÓNIMOS pela substância histórica que transportam, atrevo-me a pisar o trilho que me leva à “QUINTA SETE PÃES”, sita ali, entre os Braços e Vale de Matos.