Trilhos Serranos

BERNARDOS

As recentes crónicas que publiquei sobre as ruínas das moradias, em Cujó, que foram dos meus pais, nas quais me criei, proporcionaram-me lançar um olhar arqueológico sobre elas, no seu conjunto e cada uma de per si, mais sobre as paredes meeiras entre os vizinhos e o capeado saliente nalguns alçados, em forma de “V” invertido, visando a proteger das águas a moradia ou palheiro situado a nível inferior.

HISTÓRIA 

Quem rodar na estrada 321 que liga Castro Daire a Cinfães e vice-versa, nas proximidades de Picão e da Carvalhosa, mais ou menos a meio desse troço, encontra os sinais de trânsito a apontar para o Rossão e a Gralheira. E seguindo essa estrada, irá encontrar as razões desta crónica.

PRIMEIRA: já em zona planáltica verá, à sua esquerda, um morouço de penedos coroado por uma AZEVINHO que fica mesmo em frente da estrada que, à direita, dá acesso ao “Parque Eólico Arada-Montemuro.

SEGUNDA: a cerca de 800 metros mais adiante encontrará a CAPELA DA CRUZ DO ROSSÃO que se levanta no cruzamento de estradas que levam ao Rossão, Carvalhosa e Gralheira.

 TERCEIRA: seguindo a estrada da Gralheira, cerca de 300 metros depois da Capela, deriva, à esquerda, um caminho carreteiro que leva às tapadas e lameiros existentes na vertente nascente da serra. No topo do primeiro outeiro, junto ao muro que separa a tapada do velho caminho, atualmente entupido de mato, por falta de uso, estão duas CAMPAS ANTOPOMÓRFICAS. Vamos por partes.

TAMBORES

Estou em Tete. Saio da cidade. Sozinho, à espinheira atento,

sigo o meu caminho e penetro mato  dentro. 

Temerária é a mocidade!

ALCUNHAS

Por este Portugal fora, todas as aldeias, vilas e cidades tinham a sua alcunha. Eram epítetos usados pelos naturais de uma povoação quando eles queiram ofender ou melindrar os da outra. Em tempos remotos eram um autêntico pendão de identidade colectiva pendurado na ponta de um varapau.

QUIJÓ>CUJÓ

Graças ao alerta chegado por parte de um amigo de Cujó, Agostinho Teixeira, em cujo equipamento pessoal não lia o texto integral, que aqui tinha publicado antes, corri a metê-lo agora no presente formato, por forma a corrigir o eventual erro ocorrido no decurso da cópia que fiz do velho site «trilhos serranos.com» para o novo site «trilhos serranos.pt».

Lembrava eu o que escrevi no meu livro «Cujó, Uma Terra de Riba-Paiva», editado1993 e o estudo que vim a fazer posteriormente sobre o topónimo da minha terra natal,  com a ajuda de um LATINISTA, especialista na GRAMÁTICA e na LINGUÍSTICA, tal qual se segue: