Trilhos Serranos

HERÓIS DA SERRA (5)

Quem sair de Castro Daire em direção a Lamego pela ESTRADA NACIONAL N. 2 (ultimamente tão badalada), depois de passar a chamada Reta do Comprido e deixar, à direita, o Restaurante Parque, uns poucos metros adiante encontra, à esquerda, derivando para Cinfães, a estrada 221. Um pouco mais adiante, à direita deriva a estrada que leva ao Custilhão e, mesmo em frente, do lado direito, na curva que vira à esquerda, encontra-se, ainda de pé, mas já abandonada, a casa que foi do último GUARDA FLORESTAL. Um pouco mais à frente a A24 entronca na EN2.

APRENDER NOS LIVROS E FORA DELES

O título em latim usado nesta crónica fui buscá-lo ao Boletim Informativo que foi fundado em Castro Verde pelo Dr. José Francisco Guerreiro Colaço, boletim onde, enquanto docente que fui naquerla vila,  colaborei, até retornar ao meu concelho de origem: Castro Daire.

A profissão obrigou-me a saber e a ensinar o que era a ROMANIZACÃO em todo o território que constituiu o IMPÉRIO ROMANO. E o professor João Inês Vaz, falecido prematuramente, arqueólogo que foi, ex-governador Civil do distrito de Viseu, meu amigo e camarada no Partido Socialista, deixou na monografia “CASTRO DAIRE”, editada em 1986 pela Câmara Municiplal, matéria bastante sobre as marcas dela existentes no concelho. Em boa verdade, fora as pesquisas feitas por conta própria, a ele devo muito do que sei sobre os artefactos romanos que lhe serviram para dar corpo ao CAPÍTULO  dessa MONOGRAFIA, feita conjuntamente com os Drs. Alberto Correia e Alexandre Alves.

 

 



No dia 11 do corrente coloquei no meu mural do Facebook o seguinte texto, a propósito da baderna ocorrida em Brasília com o assalto aos edifícios dos TRÊS PODERES

DA MORALIDADE DOS “CENTAVOS” À IMORALIDADE DOS “MILHÕES”. 

 Na crónica anterior aludi à BROCURA de 16 páginas, elaborada e vendida por “TRINTA CENTAVOS” cada exemplar, pelo Dr. Pio Cerdeira d’Oliveira Figueiredo, “oficial do Registo Civil de Castro Daire”.

Aludi, igualmente, ao processo de distribuição e venda usado pelo autor, no sentido de, sem o markting comercial dos dias de hoje, ser prestável aos seus pares e mais funcionários do Registo Civil, explicando a forma como APLICAR a nóvel TABELA de EMOLIMENTOS, de 5-2-1920.

Aludi ainda aos BILHETES POSTAIS CARTAS que ele recebeu a solicitarem-lhe a remessa dos exemplares desejados em cada Repartição e esclarecimentos necessários, incluindo as diferentes interpretações que sobre alguns números e artigos da TABELA faziam alguns daqueles que tinham a responsabilidade de aplicá-la. Resultando daí que, neste primeiro quartel do século XXI, possamos aferir do valor fiduciário e moral dos CENTAVOS, a par da imoralidade dos MILHÕES de EUROS, de agora, ligados aos nossos governantes.

DR. PIO CERDEIRA D' OLIVEIRA FIGUEIREDO

Quando cheguei a Castro Daire, meu concelho de origem, retornado de África em 1976 e do Alentejo, em 1983, ignorando, por completo, a HISTÓRIA LOCAL, mas sabedor de ter havido na vila uma TIPOGRAFIA, onde tinham sido impressos vários periódicos com títulos diversos e presumindo que as suas páginas me dariam informações precisosas sobre tempos idos,  pus os pés a caminho e bati de porta em porta à procura dos exemplares que, por ventura, tivessem sobrevivido à voracidade do tempo graças ao zelo dos leitores e/ou assimantes.