SERRAÇÃO DE LAMELAS
ABÍLIO CARNEIRO PEREIRA
A “Serração Moderna de Lamelas”, fundada em 1962 por Abílio Carneiro Pereira e mais quatro sócios não pôde dispensar a tecnologia do tempo. Uma “Clayton & Shuttlewort”, usada, cuja proveniência não foi possível apurar, vai dar o melhor de si até 1967, data em que rebenta, arrastando consigo para a morte dois homens que estavam junto dela. Nesse mesmo ano tomou o seu lugar uma “Ruston” de dois cilindros, onde se manteve a laborar até 1972, ano em que é remetida para a sucata e substituída por um motor Diesel Engine, novo, marca G.M, modelo 60-4, de 2100 TPM e 137 CVA.
A eletrificação da fábrica vem imobilizá-lo em 1978, e a serração entra numa nova fase de expansão, como aliás todas as outras, desde que passaram a dispor da tecnologia possibilitada pelo uso da energia elétrica.
Assm ficou descrita no meu livro «CASTRO DAIRE. INDÚSTRIA, TÉCNICA E CULTURA», editado pela Cãmara Municipal, em 1995, há muito esgotado. Foi obra donde foram extraídas estas palavras.
Neste ano de 2023, de todas as Fábrias ligadas à INDÚSTRIA DE MADEIRAS que tiveram rosto e vida no solo de LAMELAS, é a única que se mantém em, franca laboração, como bem demonstram as fotas anexas.
Ora, tendo sido a INDUSTRIA DAS MADEIRAS a mais representativa e empregadora do concelho, nisto como em tudo, o tempo deixou as suas marcas na fita da história concelhia e é dever do HISTORIADOR lembrar isso. EMPRESÁRIOS que, mais do que fazer política e servirem-se dela, deixaram a sua pegadas nas marca materias do progresso e desenvolvimento que nos legaram, em prol das populações. A HISTÓRIA deve-lhes, portanto, uma grata HOMENAGEM. A todos eles. Vivos ou falecidos.
Assim o pensou, por sugestão minha (um socialista com intervenção política no concelho), o ex-presidente da Camara Dr. César da Costa Santos, elito nas listas do PSD, ao mandar restaurar e colocar em lugar nobre a MÁQUINA A VAPOR, que trabalhou na Serração dos Casais de Dona INÊS, cedida grátis ao Concelho pelo seu proprieátio, Manuel de Almeira. A história dessa pela arqueológica de museu (unica no concelho) está descrita em pormenor no meiulivro acima referido e do qual aqui se deixa a foto da CAPA como LEMBRETE de HUMANIDADE aos autracas atuais, já que a HISTÓRA É DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS, daquelas que se estudam nas universidades, CIÊNCIA à qual recorrem frequentmente os políticos quando lhe é conveniente.