Trilhos Serranos

HISTÓRIA COM GENTE DENTRO

Em agosto de 2015, publiquei aqui, neste meu espaço, um texto ilustrado com documentos manuscritos, dando conta de um «diferendo» existente, em 1888, entre os moradores da freguesia de Monteiras e de São Joaninho, que, então incluía a povoação de Cujó.

É o texto que constitui a PRIMEIRA PARTE da crónica que se segue, à qual adicionei uma SEGUNDA PARTE, feita neste ano de 2022, por força dos elementos que fui acumulando nos meus arquivos, ao longo do tempo. Assim:



Com estes dois «desdobráveis» (acabados de sair do «prelo»), de seis faces cada um, dei por terminado o trabalho de que me incumbiu o vereador a tempo inteiro do Executivo Municipal de Castro Daire, Leonel Marques Ferreira. Fi-lo de bom gosto e «graciosamente» em benefício do conhecimento e divulgação do nosso património histórico.


«O hábito é a segunda natureza do homem», aprendi esta sabedoria, já adulto, nos compêndios de filosofia, feitos por doutores.

As fotos que ilustram este texto são os rostos da «transumância» da Serra da Estrela para o Montemuro, em 1990. Eles são os protagonistas de uma narrativa de trabalho e sacrifício com data certa. Olhem bem as suas idades e feições!


Quando me criei, em Cujó, não havia energia elétrica. Mal caía a noite, fosse em trabalho ou fosse para divertimento num qualquer serão, todos nós, os habitantes, novos e velhos, rompíamos os tamancos a dar pontapés no escuro. Não sei se devo a essa realidade o facto de, ainda hoje, ter horror ao ESCURO. Só me sinto bem em lugares bem iluminados e, de certo modo, acompanhado de pessoas que resplandeçam alguma luz.