Trilhos Serranos

MÁ LÍNGUA

Era uma vez...
Foi há muito, muito tempo quando eu, um artolas da gramática sabedor ensinava Português nas escolas, tal qual mandava o programa, nos cursos diurnos e noturnos. Certo dia, o assunto da lição, tinha de ser, lá recaiu sobre os sinais de acentuação:  o "acento agudo", o "acento grave", o "til" e o "circunflexo". Quatro apenas, quatro somente. Como e onde cada um deles caía ou cobria a letra. Tão simples como complexo era para quem na Língua se inicia e a escrever aprende que escrever não é nenhuma treta..

MASSANGANO-MOÇAMBIQUE

Sobre este tema sigo a CRONOLOGIA de que disponho graças ao laborioso trabalho de M. Simões Alberto e Francisco A. Toscano, deixada no livro «O Oriente Africano Português", editado em 1942, em Beja, nas oficinas da Minerva Comercial de Carlos Marques & cª Ldª. É uma CRONOLOGIA dos acontecimentos históricos que tiveram lugar em Moçambique, com o rigor de quem manuseou os documentos citados.

 DEVOTO DE DIANA (5)

Ora, eu que, depois de Aquilino Ribeiro ter mandado CAIR O PANO em o "Tombo no Inferno", desafiei o leitor/espectador a acompanhar-me neste proscénio, nesta cavadela de enxada feita num cantinho de terra que escapou ao bico da relha do experimentado homem da rabiça, vejo chegada a hora de, por minha conta,  mandar CAIR O PANO, definitivamente. E cai. Mas não sem primeiro eu estar convencido de que, se essa peça, por ventura, um dia voltar a subir ao palco nacional, não dispensará esta minha ADENDA. Precisará mesmo dela.

 DEVOTO DE DIANA (4)

Na linha do que deixei escrito no primeiro texto, onde aludi a questão da REGIONALIZAÇÃO e ao pecado secular da CENTRALIZAÇÃO que despovoa grande parte do território português, na esperança de que os meus amigos facebokianos se interessem pelo assunto e pelo LIVRO aqui reitero que urge educar, descentralizar, regionalizar, defender a coesão territorial e social. É preciso que cada um de nós ajude a manter de pé este Portugal periférico. É tempo de esvaziar o sentido a expressão queirosiana: "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem". Eu faço a minha parte. 

 DEVOTO DE DIANA (3)

Já deixei claro que, neste meu livro, em muitos passos, fui acompanhado por Aquilino Ribeiro, o meu escritor de eleição.  Várias foram as suas obras que me fizeram passear por cidades, vilas, aldeias, montes e serras do Portugal bárbaro do seu e do meu tempo, cujos habitantes, analfabetos, o não liam, mas que lhe serviam de matéria plástica para a sua escrita e pensamento. É ele próprio que o diz. Com ele estive na imponente Catedral de Córdova, com ele estive noutros monumentos nacionais citadinos e, com ele, acabei por fixar-me numa aldeia sem localização geográfica, pois mais não é que a designação de uma terra que integra uma sua peça de teatro: "Tombo no Inferno".