Trilhos Serranos

ÇEDILHA




Escrever “çedilha” com a dita

É um erro flagrante

Escrever “força” sem cedilha

Não é coisa semelhante

Nem é coisa bonita,

É enforcar num instante

O burro, a albarda e a “çilha”.

DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

No dia cinco p.p. escrevi e publiquei no meu mural e no mural de DOUTOR Amadeu Carvalho Homem, Professor jubilado da Universidade de Coimbra, “LITERATURA E POESIA”, um texto relativo ao MOSTAJEIRO que existe no meu quintal, plantado por mim, trazido da Serra da Nave, ainda pequenino.

Chegado à idade adulta, com a idade das minhas duas netas MAFALDA e MARTA, cujas iniciais estão gravadas no troco, já me prendou com os seus frutos em anos passados, , mas nunca o vi tão florido, vestido de branco, como este ano de 2023. Daí se tornar notícia e eu o associar à roca de linho da minha mãe. E tudo o mais que se segue, tal qual:

PALAVRAS

Rompidas

E corrompidas

As palavras estão.

TESTAMENTO DE ANDRÉ ASCENSO

Na crónica anterior vimos o demorado e circunstanciado TESTAMENTO DE MARGARIDA RODRIGUES onde se alude a pessoas GRADAS e menos gradas (pobres e viúvas)  do concelho de Castro Verde, nomeadamente Marcos Viseu, cidadão de grande prestígio local sobre o qual já discorri bastante em trabalhos publicados.

Desta vez, volto ao manancial histórico-social e religioso como é todo o TESTAMENTO, instrumento que, como historiador, comparo a um filão de ouro perseguido pelo mineiro, sempre escavar até que ele se esgote, para trazer à luz da digitalização o TESTAMENTO DE ANDRÉ ASCENSO e sua mulher, ambos instituidores de uma CAPELA, onde nem Papa, nem Rei podiam meter o bedelho.E só ler.

Isto tudo, postura esta, graças aos MESTRES que me calharam em sorte na Universidade, por exemplo Joaquim Barradas de Carvalho, professor que foi na Sorbone e na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.

TESTAMENTO

Durante a última visita que o meu filho Valter, nascido em Beja, me fez aqui, em Fareja, tivemos a oportunidade de ambos  revisitar e dar arrumo aos arquivos com fichas manuscritas e textos dactilografados relativos à investigação que eu e a minha mulher, Mafalda, sua mãe, levámos a efeito em Castro Verde, com aquela avidez de professores de HISTÓRIA que sentem a necessidade de preencher a lacuna que ali encontrámos, relativamente ao conhecimento da HISTÓRIA LOCAL.

Creio até que fomos o primeiro casal de professores (ela natural de Castro Verde e eu natural de Castro Daire) que ali se dedicou a essa meritória tarefa. 

Mas, injustiça seria deixar de fora o professor Alves da Costa, um filho da terra, licenciado em Filosofia, docente que era no Liceu Camões, em Lisboa, que, antes de nós, já se tinha dado ao cuidado de vasculhar os arquivos locais e, com entusiasmo, partilhar connosco as descobertas feitas (não publicadas) e incentivando-nos a prosseguir a descoberta e a publicar o que fossemos descobrindo.