Trilhos Serranos

PELOURINHO

Uma informação preciosa que se encontra na obra de CARLOS MENDONÇA é a que dá corpo à QUADRA que se refere ao CRUZEIRO que existia no cimo de vila, vizinho do SOLAR BRASONADO que o viu nascer, ali mesmo ao pé da capela de São Sebastião, atualmente levantado do LARGO DO CASTELO conhecido pelo pomposo, mas errado, nome de PELOURINHO. 

«DOIDA NÃO E NÃO»

Quando me dispus a discorrer sobre o texto que me chegou recentemente às mãos entregue pelo Dr. Jorge Ferreira Pinto, disse, logo a começar, que não se tratava de "uma peça literária, do ponto de vista da forma e da métrica" mas, sim um texto onde o nosso concelho nos aparece em "verso humilde celebrado", no qual se regista para a posteridade "informação histórica, geográfica, costumes e até, aqui e além, traços de caracter de alguma gente", aspetos sobre os quais incidiu e se inclinou a lupa o observadora de CARLOS MENDONÇA.

O VELHO CAMINH0 DA SOBREIRA

Nesta minha saga de INTERPRETAR e divulgar o «hino» escrito e cantado por CARLOS MENDONÇA, um dos herdeiros do «brasonado solar» do cimo de vila, onde atualmente funciona o «CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO MONTEMURO E PAIVA» (como já vimos), aquele cidadão que, cirandando pelo concelho, disse ter unicamente a sua «sombra como pagem», hesito em afirmar se eu tomei o lugar da sombra desse cavaleiro andante ou se foi ele que assumiu o papel de SANCHO  PANÇA e se tornou o «pagem» deste D. QUIXOTE, deste «cavaleiro de triste figura» que ainda não desistiu de levar longe o nome de CASTRO DAIRE (através de textos e imagens) mesmo que, aparentemente, isso pareça uma luta «contra moinhos de vento» e, como tal, garantida esteja a batalha perdida. Ou talvez não!

SÃO BENEDITO

No hino, escrito em quadras (provavelmente nos anos sessenta do século XX) que CARLOS MENDONÇA cantou sobre "CASTRO DAIRE" (este é o título que ele deu à sua composição dividida em 13 CANTOS"), vem em primeiro lugar a "magnífica Igreja Matriz, sumptuosa, bela como uma Catedral", com enfoque no seu interior, assim:

 POESIA E HISTÓRIA 

Identificado o autor do texto anónimo que, através do Dr. Jorge Ferreira Pinto, me chegou às mãos dactilografado, autor de seu nome completo  CARLOS EMÍDIO DE MENDONÇA OLIVA, necessário se impõe que diga algo mais sobre tão «ilustre cavaleiro andante» pela vila e pelas aldeias do concelho. Trata-se, tal como já publiquei no meu site trilhos serranos (versão ".com" e versão «.pt» ) do filho mais novo de ANIBAL CORREIA DE MENDONÇA (06.11.1867 a 14.09.1928) e de DONA MARIA CELESTINA DE FRIAS OLIVA (21.01.1878 - ?) que, tal como os irmãos mais velhos, emigrou para o Brasil, onde residia, à data da escritura de doação, do Jardim das Camélias, em Folgosa,   como vimos.