Trilhos Serranos

QUIJÓ>CUJÓ

Graças ao alerta chegado por parte de um amigo de Cujó, Agostinho Teixeira, em cujo equipamento pessoal não lia o texto integral, que aqui tinha publicado antes, corri a metê-lo agora no presente formato, por forma a corrigir o eventual erro ocorrido no decurso da cópia que fiz do velho site «trilhos serranos.com» para o novo site «trilhos serranos.pt».

Lembrava eu o que escrevi no meu livro «Cujó, Uma Terra de Riba-Paiva», editado1993 e o estudo que vim a fazer posteriormente sobre o topónimo da minha terra natal,  com a ajuda de um LATINISTA, especialista na GRAMÁTICA e na LINGUÍSTICA, tal qual se segue:

GENTE NOSSA

Não sou pessoa de me deixar arrastar pela enxurrada de circunstância v.g distribuir louvores e méritos a este ou aquele cidadão, só porque outros, com justiça ou sem ela, por amizade, compadrio político ou clientelar o fazem, neste nosso mundo onde, entre tanta gente séria, reina a hipocrisia social.

O AZEVINHO

 

Decreto-Lei n.º 423/89, de 4 de Dezembro - proíbe, em todo o território do continente, o arranque, o corte total ou parcial, o transporte e a venda de azevinho espontâneo, Ilex aquifolium L.

No concelho de Castro Daire, quem roda na estrada 321 em direção a Cinfães, se, logo depois da aldeia de Picão, virar à direita, em direção à CRUZ DO ROSSÃO, pouco antes de chegar a essa mítica e histórica ermida, vê, à sua esquerda, um destacado afloramento granítico fraturado em fatias disformes pelos guilhos e marretas do Tempo, esse artífice invisível que compete com os mais hábeis mestres na arte de partir pedra. Eu, por exemplo, sempre a partir pedra.

HERÓIS DA SERRA

Neste mês de setembro passei parte dos serões a ver cowboys e a apreciar as suas relações afetivas com o gado, vacas e cavalos à sua guarda, ou ao seu serviço. E, em cada coboiada na conquista do oeste, nariz virado ao futuro desconhecido, eu vi uma aventura de cada ser humano na conquista de um lugar ao sol, de algo que fosse seu, um pedaço de chão resguardado dos quatro ventos, com cobertura adequada para o desvio  das chuvas e as neves.

ENCONTROS E DESENCONTROS NAS ENCRUZILHADAS DE VIDA

Estaríamos nos anos 50 do século XX e eu rondaria os 10 anos de idade. Eram tempos do pós-guerra, de carência e racionamento em tudo quanto se comia e se gastava por este Portugal afora. Uns, para sobreviverem e outros para manterem o nível de vida que sempre tiveram.

Então, como hoje, a crise nunca é igual para todos e, nessas circunstâncias, regressando eu com o gado Touça fora, vindo dos lados do Rio Mau, encontrei pouco antes do Santo António, sentados e encostados a uns penedos, vários caçadores vindos da zona do Porto a desfazerem o seu farnel.