Trilhos Serranos

INSTANTÂNEO

Um instantâneo 

Oportuno

Será Poeisedon

Será Neptuno?

Ele das ondas sai

E pés na areia

Num momentâneo

Olhar, eia!

Parece-me conhecê-lo.

E a sê-lo,

Eu vos digo,

É um amigo

Visto por outro amigo

Os dois primeiros

Que comigo

Fazem os “três mosqueteiros.”

Abílio/2020

 

GENTE DA TERRA

Na minha crónica anterior relativa aos meus ascendentes remotos e próximos por parte da minha mãe - OS BERNARDOS - veio a talhe de foice falar do tio FORTUNATO DOS SANTOS, um vizinho meu, e, de caminho, aludi às aventuras que ele me contava enquanto soldado incorporado nas tropas portuguesas que participaram na PRIMEIRA GRANDE GUERRA.

BERNARDOS

As recentes crónicas que publiquei sobre as ruínas das moradias, em Cujó, que foram dos meus pais, nas quais me criei, proporcionaram-me lançar um olhar arqueológico sobre elas, no seu conjunto e cada uma de per si, mais sobre as paredes meeiras entre os vizinhos e o capeado saliente nalguns alçados, em forma de “V” invertido, visando a proteger das águas a moradia ou palheiro situado a nível inferior.

HISTÓRIA 

Quem rodar na estrada 321 que liga Castro Daire a Cinfães e vice-versa, nas proximidades de Picão e da Carvalhosa, mais ou menos a meio desse troço, encontra os sinais de trânsito a apontar para o Rossão e a Gralheira. E seguindo essa estrada, irá encontrar as razões desta crónica.

PRIMEIRA: já em zona planáltica verá, à sua esquerda, um morouço de penedos coroado por uma AZEVINHO que fica mesmo em frente da estrada que, à direita, dá acesso ao “Parque Eólico Arada-Montemuro.

SEGUNDA: a cerca de 800 metros mais adiante encontrará a CAPELA DA CRUZ DO ROSSÃO que se levanta no cruzamento de estradas que levam ao Rossão, Carvalhosa e Gralheira.

 TERCEIRA: seguindo a estrada da Gralheira, cerca de 300 metros depois da Capela, deriva, à esquerda, um caminho carreteiro que leva às tapadas e lameiros existentes na vertente nascente da serra. No topo do primeiro outeiro, junto ao muro que separa a tapada do velho caminho, atualmente entupido de mato, por falta de uso, estão duas CAMPAS ANTOPOMÓRFICAS. Vamos por partes.

TAMBORES

Estou em Tete. Saio da cidade. Sozinho, à espinheira atento,

sigo o meu caminho e penetro mato  dentro. 

Temerária é a mocidade!