Trilhos Serranos

PROTECÇÃO AO VINHO CONCELHIO

Agora que os nossos vinhos correm mundo, cada vez mais apreciados pela sua qualidade, agora, que, na América, acabam de receber um galardão em homenagem aos «EXPLORADORES PORTUGUESES», eu cá, no meu cantinho, também vou «explorando» e divulgando o que posso e devo sobre a História Local.
Por isso digo que, decorrendo o ano de 1768, no dia 20 de Julho, os representantes políticos e forças vivas do concelho, assinaram uma «súplica» dirigida a Sua Majestade, que é do seguinte teor:

SERRA DA NAVE

Disse há dias, e mantenho hoje, que o léxico oral campestre apetrechou o meu linguajar antes do léxico dicionarizado, usado por professores, padres e doutores, que, de cabo a rabo, não distinguiam uma enxada de um exchadão, nem a relha de um arado da sua rabiça. Não Aquilino Ribeiro que conhecia tudo isso muito bem, e disse ser desejo seu «morrer com a enxada na mão, como o cavador da sua aldeia». 

CARTA ABERTA AO SECRETÁRIO-GERAL DO P.S.

FUTURO 1º MINISTRO

Nas eleições autárquicas deste ano, o candidato do PARTIDO SOCIALISTA à Junta de Freguesia da Mões, concelho de Castro Daire, MARCO ANDRADE, num folheto de campanha eleitoral, atribuiu-me uma MENAGEM DE APOIO feita à revelia do meu conhecimento e vontade. 
No dia 28, vésperas das eleições, o candidato deu-me pessoalmente conhecimento do caso, mostrando-me o folheto na convicção de que o texto lhe tinha sido enviado (ou reenviado, não sabia bem) por e-mail, um texto genérico a que ele acrescentara o seu nome na condição de candidato. Neguei, de imediato, que lhe tivesse remetido tal mensagem, que era FALSA e algumas horas depois, fiz-lhe chegar, o e-mail, cujo «PrtScn» se anexa, e se pode ver mais abaixo, para leitura total da mensagem, do endereço electrónico do destinatário e do remetente e do dia e hora em que ela foi remetida. Não gosto nem aceito equívocos com esta gravidade.

MÕES

a) - Passados todos estes dias após as eleições autárquicas, realizadas no dia 29 de Setembro p.p. e ignorando eu, até hoje, dia 8 de Outubro, qualquer tomada de posição pública por parte da COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DO PARTIDO SOCIALISTA DE CASTRO DAIRE, de apoio, repúdio ou de desvinculação do EMBUSTE praticado por um elemento das suas listas - o candidato à Junta de Freguesia de Mões -  isto é, ele ter usado o meu NOME, a minha FOTOGRAFIA e um TEXTO em seu apoio a mim atribuído (texto que nunca escrevi, nem subscrevi) facto que me apressei a denunciar aqui, nos «trilhos-serranos», onde já foi lido centenas de vezes (presumo que por centenas de pessoas), volto ao terreno do ESCLARECIMENTO por saber que o autor do EMBUSTE persegue na senda de dizer aos seus eleitores que o texto publicado no meu site é FALSO e que ele era «incapaz de fazer coisa daquelas». Procedendo assim, o INTELIGENTE nem se dá conta de que, segundo as suas conveniências, em bem pouco tempo, converteu em MENTIROSO, o fabiano que tinha PRESTÍGIO e notoriedade pública bastante para, sem o seu consentimento, dele se servir na decoração de um folheto de propaganda política apelativo ao voto em si. (CONTINUA)

CASTRO DAIRE

Monumento imponente, de frontispício neoclássico, ele impressiona pelo seu volume. Este templo resultou de várias fases de construção ao longo da história. O frontispício actual, de uma só torre, foi conjecturado, nos princípios do século XIX, para ter duas torres gémeas, mas uma só delas subiu ao céu, assumindo as funções de sineira. Alexandre Alves, no livro «Castro Daire» alude a um desenho datado de 1805, assinado por «Calhs. f.», letras que ele traduz por «Calheiros, fez», acrescentando que «o risco do frontispício foi alterado nalgunes pormenores , notadamente nos vãos laterais do primeiro piso, destinados, na origem, a nichos para imagens, talvez, dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo». As Invasões Francesas, primeiro, e a Revolução Liberal de 1820, depois, associadas seguramente à instabilidade política, social e económica desses tempos, fizeram com que a outra torre ficasse truncada, ao nível do entablamento geral, sempre à espera de um dia subir às alturas da irmã. Nunca subiu, até à data em que escrevo este texto, neste ano de 2013.