Trilhos Serranos

CIOSO COMBATE

Um dia, a criada de um clérigo, que tinha por sua conta e risco rapar-lhe a coroa do tamanho de uma hóstia,  prestes a arrumar a tesoura, eis que, num rompante, emergindo da densa floresta cabeluda, entraram na clareira  três animais minúsculos, por si desde logo identificados. Dois deles brigando.

 

A IMPORTÂNCIA DA URINA


A maioria dos cidadãos, senão quase todos, que hoje metem a mão no bolso, puxam do telemóvel, dedilham uns tantos números e se põem a falar com um amigo(a), ali mesmo ao lado ou a quilómetros de distância, não fazem a mínima ideia da dificuldade que era duas pessoas porem-se a falar ao telefone, há meio século atrás, em zonas afastadas dos grandes ou médios aglomerados urbanos.

 


O FURÃO

Nos meus tempos de juventude, uma das armas usadas na caça ao coelho era o furão, aquele mamífero carnívoro da família dos mustelídeos. Para caçar com esse animal esguio, pelo aveludado, olhos cintilantes que tudo captavam em redor movidos por uma curiosidade sem limites, era preciso ter licença. 

 

 Contemporânea do chó, da ratoeira e do furão era a arma de carregar pela boca, não raras vezes parceira inseparável do furão e da rede, na caça furtiva. Caçadores havia que nunca a designavam por arma, mas tão somente por "ferro". Geralmente era de um só cano, mas também havia as de dois canos paralelos, predecessoras das de "fogo central" que posteriormente sairam das fábricas.

UM PROJECTO SEMPRE ADIADO (I)

Do muito que já investiguei sobre as Termas do Carvalhal, cansado de as ter visto, ao longo da história, sempre como bandeira política partidária em tempos de eleições autárquicas, tal como acontece neste ano de 2013, depois de muitos textos publicados e vídeos colocados no Youtube, não resisto a trazer a público o projecto de um cidadão que, interessado naquilo que é nosso, passou as suas ideias a  escrito e deixou para a História (distinta do «foguetório, flauta e pífaro») o seguinte texto, datado de 1912: