CORONAVÍRUS
Nas abordagens que tenho feito sobre a PANDEMIA do momento, quer em texto escrito, quer em vídeo, nada disse ou mostrei por acaso. E a aceitação que os meus trabalhos tiveram junto de alguns amigos, foi um teste ao estado de lucidez em que ainda estou e, portanto um incentivo a prosseguir. Há um amigo que usa mesmo esse termo e me diz: “prossiga”.
É o que faço para lembrar que não foi por acaso que evoquei todas aquelas figuras históricas, ligadas a batalhas, guerras e expansionismos territoriais e de domínio. Não foi por acaso que, sozinho, me meti por silvedos dentro para filmar (pela última vez, sinto) aquele castanheiro centenário, um monumento natural invejável, um hino à vida longa e lição perene de humanidade. Não foi por acaso que recordei o tempo em que “uma sardinha” se dividia por três. Fi-lo neste tempo que tanto jovem se amedrontou com o racionamento dos bens de primeira necessidade. Não foi por acaso que lembrei o pensamento do filósofo, afirmando que o “HÁBITO É A SEGUNDA NATUREZA DO HOMEM”, face a tantos MAUS HÁBITOS consumistas que proliferam entre nós. Não foi por acaso que recuei aos meus tempos de trabalhador-estudante e lembrei que o toque de silêncio emitido por uma estação de rádio punha a dormir Moçambique inteiro. Então não havia notícias de desacatos e mortes de jovens às tantas da matina, dentro ou fora das discotecas. Não foi por acaso que fui buscar artefactos históricos ligados a higiene pessoal e familiar, em tempo que não havia saneamento básico nem água canalizada. Não foi por acaso que lembrei o número de vítimas da peste negra e da pneumónica. É que essas vítimas, para o historiador que, empaticamente, se relaciona com a matéria de estudo, eram também pessoas de carne e osso, com amigos e família. Não eram só números, nem gráficos estatísticos, a cores para impressionarem e criarem o perigoso VIRUS DO MEDO.
Não. Nada disso foi por acaso. Não foi por acaso eu ter dito que “Covid19” fez mais contra a POLUIÇÃO em menos tempo do que todas as manifestações de ecologistas, ao longo de décadas. Que, de rompante, matreiro e silencioso, ensinou à facilitista geração “ante” e “pós” “Erasmus” o que professores e pais não conseguiram, falando e transmitindo saberes de experiência feitos. Professores? Pancada neles. Pais? Ouvidos moucos. Não foi por acaso que falei no cancelamento de atos de culto e proibição de refúgio em lugares propícios a milagres. A contradição perfeita entre a doutrina e a “praxis”. Já cirandam por aí alhuns desenhos animados com suficiente carga e apelo de esperança e confiança no divino.
Não foi por acaso que aludi à “Guerra Biológica”, excluído que me considero de pertencer a qualquer movimento CONSPIRATIVO e/ou de CONTRA INFORMAÇÃO e/ou fazedor de FAKE NEWS, interessado em espalhar o pânico ou ao serviço de interesses ocultos. Não. A razão disso está no vício (hábito, direi melhor) que ainda não perdi de ouvir e aprender com gente mais bem informada do que eu. Gente que, para além de ter a preocupação de fazer fortuna nesta sociedade de CONSUMO, foi capaz de disponibilizar algum do seu tempo para refletir sobre as coisas más do mundo e, olhando o passado, encontrar nele lições que pudessem servir o futuro.
E nesta coisinha do “COVID19” não foi preciso recuar aos profetas bíblicos, a Nostradamo, a Bandarra e mais Zandingas domésticos para ouvir uma LIÇÃO dada em 2015 sobre as armas das futuras guerras. Aquela que hoje (cinco anos depois) nos “acagaça” a todos e a todos alterou as rotinas da vida.
Já irei às palavras desse “PROFESSOR”, mas antes quero lembrar um jogo recente de “brincar às guerras” que teve como intervenientes a Correia do Norte, a China, o Japão, o Irão e os Estados Unidos da América. Nesse jogo participaram sofregamente os nossos meios de comunicação social. Eram mísseis balísticos para aqui, mísseis balísticos para ali, ogivas nucleares para acolá, todos com o alcance de milhares de quilómetros, capazes de atingirem o alvo A ou B. O Irão não podia ter uma “BOMBA H”, era o terror do Médio Oriente, como se o MÉDIO ORIENTE não estivesse em guerra há décadas. Lembram-se?
Dito isto, retomo a lição. Foi a conferência dada por Bill Gates em 2015, na qual mostrou à sociedade e à saciedade que numa futura guerra, a arma mais poderosa não assumiria a figura do cogumelo, resultante da Bomba Atómica, mas sim a figura de um VIRUS, tal qual aquela que hoje enche páginas dos jornais, revistas e os ecrãs do nossos televisores. Falou mesmo em BIOTERRORISMO.
Quem o ouviu? Pois. Na ordem do dia continuou o URÂNIO, a BOMBA ATÓMICA e os MÍSSEIS. Os governos continuaram a destinar verbas dos seus orçamentos anuais para esse tipo de armamento, em vez de apostarem na CIÊNCIA BIOLÓGICA e formação de EPIDEMEOLOGISTAS. Discorria ele sobre o Ébola e os seus efeitos malignos numa zona circunscrita de África.
E, enquanto isso, nós por cá, estávamos entretidos nos canais de TVs a discutirem os milhões envolvidas na venda do jogador A ou B, o seu vencimento mensal e mais benesses anuais. Uma autêntica afronta à inteligência humana e contrário a uma sociedade mais justa, igualitária e solidária. “Os deuses devem estar mesmo loucos”.
Pois. E volto a mim. Quem conheceu e foi moldado, no PÓS GUERRA, em tempo de CARÊNCIA de tudo e mais alguma coisa. Fome incluída. Quem estudou e absorveu os efeitos das fomes, pestes e guerras históricas. Quem sobreviveu aos efeitos de uma guerra (1939/1945), nomeadamente os “racionamentos”. CÉDULAS concelhias a circularem em substituição de notas da Casa da Moeda. Quem aos QUARENTA ANOS de vida, por razões de outra guerra (1961/1974) ficou sem nenhum dos bens materiais que entretanto ganhou e, SEM NADA, foi obrigado a REFAZER NOVA VIDA, onde jamais esperou e granjear novos amigos, por perdidos serem os que tinha. Alguns deles para sempre. Quem aprendeu com a vida que ela não é só FACILIDADES, que é cheia de surpresas e alçapões e que uma das BENGALAS de apoio e segurança a ter em conta na caminhada não está na postura “CHAPA-GANHA, CHAPA-GASTA”. Quem passou por tudo isso, dizia, não entra em parafuso só porque, face aos imprevistos do momento, se vê tolhido de alguns movimentos e privado de algumas regalias a que se habituou e a que tinha direito.
E se a sabedoria popular, por mim evocada, apoiado em duas muletas, nomeadamente, “há males que vêm por bem” e “para grandes males grandes remédios”, expressões que remetem, naturalmente, para o estudo e pesquisa científica e, decorrentemente, para a postura dos governos nas políticas dirigidas a essa área de trabalho, subjacente tinha e tenho no pensamento a diferença que, nesta sociedade nossa, neste mundo nosso, existe entre o vencimento de um cientista ou bolseiro que nas universidades se dedica à ciência, à descoberta de algo que, a qualquer momento, sirva o BEM COMUM, e o vencimento e outras cabalas que ganham certos jogadores de futebol, esse desporto que é a entretenga do século e ocupa os espaços nobres da nossa informação e FORMAÇÃO.
O resto é chover no molhado. Mas eu, atento ao mundo, limitado aos meus curtos horizontes, pouco viajado, nunca me prestei a seguidismos e a deixar de dizer o que penso, seja isso do agrado ou desagrado de muitos ou poucos.
Alguns amigos têm-me dado provas públicas de apreço por aquilo que faço e publico, diferentemente de outros, cujo silêncio, sem garantia psicanalítica, corresponde, seguramente, ao desconforto que lhes causa o meu tipo de abordagem. Pouco me importa.
E, mauzinho, uma das coisas de que me sirvo para fazer urticária na pele e na mente de alguns desses “amigos” (que amigos se fizeram só para “espreitar” o que faço e digo) é expressar este meu hábito de dizer coisas e fazer perguntas incómodas, como por exemplo:
- Sei, de fonte segura, que o CORONAVIRUS não nasceu na horta do meu vizinho. Nela nasce o que ele lá semeia.
- Assim sendo, o CORONAVÍRUS” é um produto importado.
- Se é um produto importado, quem foi o almocreve que o importou?
- Que interesse público esteve na base da viagem feita ao mercado e/ou feira onde ele o meteu nos alforges, para trazer até nós?
Não basta falar, noite e dia, a cada momento, no “bichinho”, e alardear as consequências da sua disseminação pelo mundo. Não basta fechar um país inteiro, alterar a rotina e o sossego de tanta gente, sossegada e trabalhadora, sem se explicar concretamente a sua origem e os porquês que rodeiam a sua chegada aos pulmões daqueles que obrigados são a respirá-lo e respeitar uma QUARENTENA FORÇADA nos sítios mais esconsos do país e do mundo.
Eu, enquanto respirar, não deixarei na gaveta estas e outras interrogações por mais incómodas e estapafúrdias (melhor direi: estupidafúrdias) que sejam, ou pareçam. Fá-lo-ei antes de perder o pio e de ficar cansado de me ensinarem as LAVAR AS MÃOS. É que isso de “lavar as mãos” lembra-me logo Pilatos.
E tudo porque, repito, neste ano de 2020, chegou o “cavaleiro andante”, o “cavaleiro de triste figura” que Bill Gates, em 2015, anunciou numa profecia sapiente. Não foi uma pessoa qualquer, uma figura dessas que, hoje em dia, sem estudo nem ciência, emite opiniões aparentemente sábias, mas sem conta, nem peso, nem medida, nas redes sociais. Contra esse tipo de opiniões, atitudes e forma estar e de ver o mundo a girar serenamente e sem sobressaltos sobre as facilidades do CONSUMISMO, COMÉRCIO, TRANSPORTRS E VIAGENS, é que eu, provocatoriamente aludi ao “lado simpático” da chegada de “tão triste figura”. É que ela, em pouco tempo, dispensando o “toque de silêncio”, sem uso de qualquer clarim, pôs em sentido todo mundo e mostrou quanto vale este “bicho da terra tão pequeno”.