Ondas!
O que terão elas,
Aquelas ondas,
Neste seu vem e vai
Que tanta gente ali cai
Junto delas
E de ao pé delas
Ninguém sai
Ninguém arreda?
Aquelas ondas,
São dinossauros
Ressuscitados
Que, de tempos distantes,
Chegam atravessados
À Terra.
E tão possantes
Quanto frágeis
No rochedo,
Se desfazem
Em espuma
Uma a uma.
Ondas!
Belas como são
Sob a sua beleza
Escondem, as vezes,
O selo
Da morte
A sepultura sem caixão.
Ondas!
Mas aquelas ondas,
No ano de 2010
Mais quatro,
No seu retrato
Feito sem tintas nem pincéis
São também um hino
Ao amor e à vida:
São o beijo columbino
Do Mar e da Terra
Impetuoso, agressivo
A derramar a saliva
Da sua paixão
Da sua união
ETERNA!