E, nesta minha tarefa,
Arado vai, arado vem
A terra mãe
De entranhas reviradas
Mostra prodigalidade
Cabonde
(Nunca tal vi)
Na restituição
Das sementes espalhadas
Que, dentro de si,
Que no seu ventre esconde.
Feita a sementeira
Limpado o suor
Miro toda a leira
E ciente
Daquele ditado antigo
Que anda comigo
Cheio de verdade
E altos pensamentos,
Tal qual digo:
“Quem semeia ventos
Colhe tempestades...”
Eu se amor
semeei,
Amor colherei
Seguramente.