Iooonnnn...iooonnn...brrruuu...
Face à inesperada ameaça
Resultante de tal amanho
Só o senhorio de Belém
Vendo sem cobertura a casa
Segurando no colo o menino
Poderia suster mal tamanho.
Sondou veredas, sondou caminhos
Para remendar a cobertura
E defender a sua mesnada
Prestes a cair na sepultura
Aberta sem qualquer arranho
Pela esquerda em conjuntura.
Iooonnnn....iooonnn...brrrruuuu....
Não conseguiu seus intentos
De Belém, o senhorio
E no meio de tantos lamentos
Houvesse calor, houvesse frio
A céu aberto ficou São Bento.
O vento a entrar por todo o lado
Arejando a velha guarida
Da direita e da esquerda
Assim manda a Constituição
Quer se ganhe, quer se perda
Quer se goste, quer não
Dos coices dados no telhado
Pela esquerda cooperativa
.Iooonnnn....iooonnnn....bruuu.....
Abílio/novembro/2015
NOTA: veja-se o dia e a hora em que postei aqui esta versalhada. Ela foi escrita depois e audições que o PR fez à s várias organizações económicas, políticas e sociais, para decidir da escolha de um novo governo após a queda do que apresentou Passos Coelho no Parlamento, com os votos da maioria ali existente. E lá vieram os representantes das forças sociais, da Finança e da CAP dizer os seus palpites. Este último não se coibiu de lembrar que os comunistas, em 1975, tinham tirado as terras aos proprietários, etc. coisa e tal.
E, já depois disso, à saída de Belém, Passos Coelho atirou claramente a toalha ao chão, dizendo que agora "competia ao Partido Socialista e António Costa apresentar uma alternativa consistente e duradoura". Ele o disse, mas mesmo assim, nas TVs, as luminárias do costume (mais papistas que o Papa) continuavam indecisos a esticar o elástico a acenar com papões e a mostrar os "inconvenientes" de um governo de Esquerda, cujo desfecho se desconhecia. Estávamos no "tempo do presidente", uma espécie de disco riscado a rodar a Mula da Cooperariva, num gramofone de museu.
São esses senhores a nossa "inteligência" política. Aqueles que elucidam e esclarecem o público, postos nos seus palanques. Pois eu, que não pertenço a esse rol de "comentaderos", que sou um anónimo cidadão, aqui deixo, desde já, a minha convicção. O PADRINHO da MESNADA da DIREITA ressabiada e vencida, mesmo contrariado, não tem alternativa constitucional e vai indigitar António Costa. Vai empossar o governo da esquerda unida, da esquerda cooperativa.