Esqueleto com quilhões
Puxa da pena
E como o povo diz
Zumba
Em verbo duro
Na tua própria grafia
(Eu cá não escolho)
Nos velhos do Restelo
Em todos esses pimpões
(Analfabetos ou lidos)
Que, presos ao presente
Noite e dia
Esquecidos
De tempos idos,
Coitados,
Temem o futuro
E, no discurso manhoso
Vociferam
No cais de partida
Dando hoje vida
Ao mar tenebroso,
Aos monstros
E às quimeras
Que o habitavam,
Quando vivo eras.
Abílio/outubro/2015