Trilhos Serranos

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sábado, 13 dezembro 2014 13:15

POESIA PERFUMADA

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POESIA PERFUMADA

Escrita no feminino
Já vi muita versalhada
E vendo, ouvindo e lendo
A poesia perfumada
Eis um autêntico hino
No meio de tanto nada.

 Hino à vida, à vila, à aldeia
Ritmado, sonoro, com medida
E vendo, ouvindo e lendo
A poesia da vida
Com verso solto, volta e meia
Esbarro nesta minha lida.

Não é poeta quem quer
Nem a poesia toda se escreve
Com caneta, tinta e papel.
E venha ela donde vier
De qualquer modo e jeito
O verso solto ou a granel
O verso pesado ou leve
Vou vendo, ouvindo e lendo
Mesmo o verso de ar feito

Verso solto com música e letra

É hino logo à nascença

E eu vendo, ouvindo e lendo

A ninguém peço licença
Para dizer bem alto e aqui 
Que alguns que por perto vi
Não são mais que veras petas
Enrolados na estranha melodia
Segundo se afirma por aí
Em notas troantes de pedofilia
Riscadas sobre infantis tetas
Na escola local do dó, ré, mi

Território conquistado
Mui difícil foi ocupação
E surge por todo o lado
Um casal, uma povoação
Na serra solitários eidos.
Trabalho abnegado
De épico herói esforçado
Indigno de ser cantado
Em singelas quadras, tipo Aleixo
E menos em canoros peidos 
Tal  qual aqui vos deixo.


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Poesia Perfumafda




 

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.