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terça, 14 fevereiro 2017 18:52

BOMBEIROS DE CASTRO DAIRE

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BOMBEIROS DE CASTRO DAIRE



HISTÓRIA VIVA

Não é uma questão de tirar «esqueletos do armário». É uma questão de honra, do valor das palavras e das atitudes públicas assumidas, válidas a qualquer tempo. 
A imprensa tem dado nota de que a atual direção dos Bombeiros vai proceder judicialmente contra as anteriores direções, alegando que os dinheiros da instituição terão sido desviados para a« empresa do antigo presidente».  
Convém, pois, avivar a memória de muita gente que se julga honrada e séria, mas que «assobiou para o lado» aquando, em 2006, no «Notícias de Castro Daire», uma pessoa, colocando-se do meu lado, disse que se lhe afigurava haver «gestão danosa» por parte da Direção, face ao procedimento que teve sobre a edição do livro da minha autoria, o livro mais badalado em Castro Daire, mesmo sem cerimónia de apresentação. 
Deixo aqui o excerto da crónica publicada nesse jornal e no meu site «www.trilhos-serranos.com» para que conste e todos saibam. Na altura não havia Facebook: 


« Por mais bondade que haja nos objetivos que uma Instituição persegue, os seus dirigentes não são os seus donos, não são intocáveis nem imunes à crítica. Na história, os acontecimentos têm os seus protagonistas e o historiador, ontem, hoje e amanhã, não pode deixar relatá-los e de comentá-los. Goste-se ou não. E os «desagrados» de dois ou três indivíduos, não podem sobrepor-se aos interesses da Instituição, prejudicando-a.
Mas vamos às palavras do senhor Gama a quem pedi autorização para publicá-las:

«Que trabalho! Que por'menores! e que por'maiores! enriquecem as 514 páginas. Sim, pois as notas bibliográficas e o índice também são história!
Que paciência! Quantos meses e meses de procura, busca intensa de jornais antigos, lidos e relidos! Que Deus conserve ainda por muitos e bons anos e com esse espírito agudo e acutilante tanto talento».

Este homem, acrescentei ei, sabe ler e escrever. Vejam como ele conseguiu resumir 514 páginas numa preposição simples « por » e dois adjetivos «pequeno e grande» no seu grau comparativo sintético «menor e maior» De facto é disso mesmo que o livro trata. Dos «menores» e dos «maiores», dos «pequenos» e dos «grandes», de «gente humilde» e de «gente grada», do «povo» e das «elites». De «pequenas» e «grandes» coisas, «agradáveis» e «desagradáveis», «sucessos» e «insucessos», de «glórias e sombras», nas palavras televisivas do Professor Hermano Saraiva. E outra coisa não é de esperar de quem escreve a «História» e não a «estória» de uma instituição, de um concelho, ou de um país.
Ora eu, que me considero um soldado raso incorporado no exército das letras «Batalhão da História» que, nesta eterna batalha travada entre o esquecimento e a memória, estou familiarizado com a ortografia e a semântica da nossa Língua, apetece-me fazer continência a este general, a este ancião, não sei se «da estirpe de David» que, com três palavras apenas, provavelmente encontrou a «maneira de desatar os sete selos» que bloquearam, até agora, o entendimento daqueles que veem no livro somente «aspetos negativos». Daqueles que dizem que o livro «nada tem a ver com a Associação», como se as 271 notas bibliográficas que nele constam, se referissem à documentação de uma instituição desconhecida, incógnita, a vaguear, algures, no espaço interplanetário. Simplesmente ridículo!»


 

Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho Escrito em 2015 e aqui reposto hoje, convém atualizar a informação: O SENHOR GAMA já faleceu e o Presidente da Direção aqui referido foi CONDENADO A QUATRO ANOS DE PRISÃO. Só a atual DIRECÇÃO, ainda que um membro tenha falado respeitosamente comigo pessoalmente sobre este assunto, não respondeu por ESCRITO a uma CARTA QUE LHE DIRIGI POR CORREIO ELETRÓNICO. Ficava-lhe bem fazê-lo. Mas, ontem, hoje e sempre, as BOAS e MÁS acções ficam com QUEM AS PRATICA. Eu tinha RAZÃO em 2006 e reitero que continuo a tê-la 10 anos depois.

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NOTA: texto e foto colocada no FACEBOOK em Fevereiro de 2015 e REPOSTO hoije mesmo, chamado que que foi à MEMÓRIA pela respetiva equipa.

 

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.